Mês de conscientização sobre a Alopecia Areata: O que é e como identificar



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26 de setembro de 2024

A Alopecia Areata é uma doença autoimune que causa perda de pelos em áreas localizadas ou em todo o corpo. Ela pode ocorrer no couro cabeludo, ou em qualquer região pilosa, como barba, cílios e sobrancelhas. Pessoas de todas as idades podem ser atingidas, desde a infância até a vida adulta. No entanto, aqueles com histórico familiar ou outras doenças autoimunes, como distúrbios da tireoide, artrite reumatoide e lúpus, têm maior propensão a desenvolver a condição, que costuma apresentar surtos ao longo da vida, exigindo monitoramento contínuo. 

Segundo a médica dermatologista Fabiane Brenner, membro da diretoria da SBD, os principais sintomas percebidos são áreas arredondadas com queda de cabelo, deixando o couro cabeludo liso, sem fios. A doutora explica que a abordagem pode variar conforme o grau da Alopecia em cada paciente. 

“O tratamento é variado e pode incluir produtos tópicos, como anti-inflamatórios aplicados diretamente nos locais afetados, bem como injeções de medicamentos nas falhas. Em alguns casos, são prescritos medicamentos orais que incluem anti-inflamatórios e imunossupressores. Recentemente, também têm sido utilizados medicamentos, chamados de Inibidores de Jak que ajudam a interferir na resposta inflamatória do organismo. O objetivo é estimular o crescimento e controlar a resposta inflamatória que está causando a perda.”, explica. 

Embora não haja uma maneira garantida de prevenir a Alopecia Areata, é possível minimizar o risco com o conhecimento dos fatores que podem desencadeá-la. A médica Rita Cortez, dermatologista e assessora do departamento de cabelos e unhas da SBD, relata que a doença pode ser provocada por diferentes fatores.

“A condição acomete 1 a cada 100 indivíduos, ou seja, 1% da população. Ela é influenciada por predisposição genética, mas também pode ser originada por fatores ambientais como estresse, infecções (como a COVID-19) ou mudanças drásticas na rotina. O médico dermatologista é o profissional capacitado para a avaliação dos sintomas e prescrição de medicamentos.”, destaca. 

Apesar disso, doutora Fabiane explica que, em alguns casos, é recomendado que o indivíduo procure por ajuda psicológica como suporte, pois o impacto na qualidade de vida pode ser significativo, principalmente em jovens e mulheres, devido a questões de autoestima.  

“É crucial que o tratamento não se limite apenas às abordagens médicas, mas que também inclua suporte psicológico para ajudar os pacientes a lidar com os efeitos emocionais. O dermatologista desempenha um papel fundamental na abordagem holística da doença, não apenas tratando as regiões afetadas, mas também avaliando possíveis condições autoimunes associadas e oferecendo suporte para melhorar a qualidade de vida.”, afirma a doutora.

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25 de setembro de 2024

Hoje, acontece o “II Fórum sobre Ato Médico” realizado pelo Conselho Federal de Medicina, em Brasília. Representam a SBD o Dr. Carlos Barcaui, atual vice e futuro presidente da instituição; a Dra. Rosana Lazzarini, primeira secretária; o Dr Dr. Sérgio Palma, diretor de mídias e a Dra Ana Claudia Soares, presidente da comissão de ética e defesa profissional. Na ocasião, juntamente com a Dra Luanna Caires, presidente da SBD-Regional DF, entregaram o Dossiê de Complicações ao CFM.

A invasão ao ato médico por pessoas sem formação em medicina é um grave problema de saúde pública que vem ocasionando lesões e mortes. Desse modo, a SBD tem o compromisso de alertar a sociedade, o ministério público e órgãos governamentais sobre o tema, através de trabalho conjunto com o judiciário, com o CFM e outros setores. A comunicação é assertiva em torno da complexidade do ato médico e da importância da formação médica de qualidade e da especialização através da residência médica.

A presença da SBD com grande representação neste II fórum de defesa do Ato Médico demonstra o compromisso com a saúde e a segurança dos pacientes, dialogando e trazendo proposições.

Nas fotos do carrossel, além do Dr. José Hiran da Silva Gallo, presidente do CFM, representam a SBD o Dr. Carlos Barcaui, atual vice e próximo presidente; Dra. Rosana Lazzarini, primeira secretária; Dr. Sérgio Palma, diretor de mídias; Dra. Ana Claudia Brito Soares, presidente da Comissão de Ética; Dra. Heliana Goes, da Regional PA; Dra. Luana Portela, presidente da Regional DF e o Dr. Gustavo Pinto Corrêa, da Regional RS.

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20 de setembro de 2024

O Dia Nacional da Conscientização sobre a Dermatite Atópica (DA) é celebrado em 23 de setembro. A data passou a fazer parte do calendário nacional recentemente, através da Lei 14.916/2024, publicada em 8 de julho de 2024. Visando dar luz ao tema, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) lança nas redes sociais a campanha “Ato do Médico Dermatologista – Se você tem dermatite atópica, o médico dermatologista deve fazer parte dos que cuidam de você”.  

A iniciativa, que alerta sobre a condição inflamatória crônica de milhões de brasileiros, vai contar com live para marcar a data, na próxima segunda-feira, às 19h, no Instagram @dermatologiasbd, com participação do presidente da SBD, Dr. Heitor de Sá Gonçalves, e da jornalista, influenciadora e apresentadora Michelle Loreto, que é portadora de Dermatite Atópica. 

“É fundamental que tanto pacientes quanto profissionais de saúde entendam sobre os sintomas, diagnóstico e tratamento, por isso a SBD se compromete a promover a educação e a disseminação de informações para que todos os portadores possam ter acesso a cuidados adequados e uma melhor qualidade de vida”, diz Dr. Heitor. 

Para a coordenadora da campanha Dra. Raquel Orfali, a iniciativa também é importante para enfatizar que o principal responsável pelo tratamento é o médico dermatologista.  

“Muitas vezes as pessoas não sabem a quem recorrer, por isso é fundamental conscientizar a população sobre o papel da área dermatológica, para que não percam tempo e consigam o diagnóstico o quanto antes. Dessa forma, terão um melhor manejo da enfermidade, beneficiando a própria qualidade de vida e de seus familiares”, diz a médica. 

A doença é caracterizada por áreas de descamação, que podem apresentar vermelhidão, pequenas vesículas e até saída de líquido claro durante as crises. Pode surgir em qualquer fase da vida, mas é mais comum em crianças, podendo melhorar na adolescência.  

“Os sintomas mais marcantes incluem prurido intenso, que é difícil de controlar. As lesões em geral estão mais presentes nas grandes dobras como, pescoço, dobras dos cotovelos e joelhos, mas pode cometer outras áreas como face, tronco e membros inferiores. Raramente, se manifesta na vida adulta”, explica Dra. Rosana Lazzarini, membro da diretoria da SBD. 

Os fatores que contribuem para o desenvolvimento da DA são variados e incluem aspectos genéticos, ambientais e emocionais. História familiar de outras condições atópicas, como asma e rinite, são comuns entre os pacientes. O diagnóstico é clínico e para o tratamento, a hidratação da pele é fundamental.  

“Banhos rápidos com água morna e o uso de sabonetes com pH adequado são essenciais. Em casos mais graves, corticosteroides tópicos e até imunobiológicos podem ser utilizados”, diz Lazzarini. 

Fique por dentro da campanha através do Instagram @dermatologiasbd.

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13 de setembro de 2024

A Sociedade Brasileira de Dermatologia vem se manifestar em relação ao uso dermatológico de exossomos. Os exossomos são vesículas extracelulares que contêm lipídios, proteínas e ácidos nucleicos e desempenham um papel crucial na comunicação entre células e no transporte de biomoléculas através das membranas celulares. Os exossomos podem ser encontrados em diversos fluidos corporais, incluindo sangue, urina, leite materno e saliva. Com uma estrutura composta por uma bicamada lipídica, proteínas e ácidos nucleicos, eles estão envolvidos em muitos processos fisiológicos, como a expressão gênica, a sinalização celular, além da progressão de doenças, crescimento tumoral e doenças autoimunes.

Recentemente, os estudos com produtos à base de exossomos tem crescido na dermatologia, atraindo atenção pelo seu potencial terapêutico na reparação e regeneração da pele, na redução da Inflamação e na cicatrização de feridas. No Brasil, esses produtos são classificados pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) como cosméticos, o que significa que seu uso é restrito ao uso tópico. Isso implica que tais produtos não podem ser aplicados em terapias injetáveis, independentemente da técnica, da indicação, da competência técnica do prescritor ou da qualidade do produto.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) segue a legislação vigente e as determinações da ANVISA e com base em evidências científicas robustas sobre a eficácia e segurança dos produtos à base de exossomos, estará em contínua interlocução com a ANVISA e o Conselho Federal de Medicina (CFM). O objetivo é garantir a melhor assistência aos pacientes e assegurar o direito ao exercício profissional dos dermatologistas, promovendo uma prática baseada em evidências e alinhada com as regulamentações em vigor.

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10 de setembro de 2024

A crise na cobertura vacinal que está levando ao retorno de doenças já erradicadas é um tema que preocupa a comunidade médica e foi um dos assuntos abordados durante o 77º Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que reuniu quase três mil especialistas em Natal (RN), no último final de semana, de 5 a 7 de setembro. 

De acordo com Dr. Paulo Oldani, que palestrou sobre “Vacinas em Dermatologia”, é essencial que todos os médicos estejam atualizados com o calendário de vacinação e incentivem a imunização, especialmente nos pacientes imunossuprimidos por medicamentos. 

“O Brasil, conhecido mundialmente por sua excelência em vacinação, enfrenta uma preocupante crise de baixa cobertura vacinal. A taxa de imunização caiu drasticamente de mais de 90% para cerca de 50 a 60% nos últimos anos, resultando no retorno de doenças que estavam praticamente erradicadas, como o sarampo”, explica o médico dermatologista. 

Apesar de muitas vacinas estarem disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), algumas, como a vacina contra o Herpes Zóster e a Pneumocócica 13, não estão inclusas. “É crucial que os pacientes estejam cientes das vacinas recomendadas, mesmo aquelas que não estão disponíveis no SUS, e busquem alternativas para se proteger”, orienta Dr. Oldani. 

Segundo ele, com o aumento no uso de imunossupressores e imunomoduladores para tratar doenças dermatológicas, como psoríase e dermatite atópica, os pacientes se tornam mais suscetíveis a infecções. “Aqueles que precisam fazer uso de medicamentos imunossupressores devem ser orientados sobre a importância da vacinação antes de iniciarem esses tratamentos”, diz o especialista. 

Pacientes imunossuprimidos devem ainda suspender os imunossupressores antes de vacinas com micro-organismos vivos, como a febre amarela. “Devido a essas pessoas possuírem baixa imunidade é necessário um planejamento cuidadoso para evitar riscos. No entanto, a maioria das vacinas pode ser administrada com segurança, mesmo nesses pacientes”, detalha Dr. Paulo Oldani. 

Avanços no tratamento do Melasma 

Outro tema abordado no Congresso foram os avanços no tratamento do melasma, que antes visto apenas como uma mancha, é agora compreendido como uma condição complexa e multifacetada, de acordo com a Dra. Denise Steiner, que palestrou sobre o assunto.  

Os avanços revelam que trata-se de um sinal de processos subjacentes que podem incluir estresse, inflamação e até mesmo condições metabólicas. “É um cenário que envolve danos nas fibras da pele e alterações nos vasos sanguíneos. Isso transforma o problema de uma simples marca para algo sistêmico que se reflete em complicações internas”, explica a médica dermatologista. 

Os tratamentos são variados e exigem uma abordagem individualizada. “Novos ativos tópicos têm mostrado resultados promissores no controle dos estímulos que provocam o melasma. Além disso, veículos com melhores absorção dos tratamentos tópicos tradicionais estão em constante pesquisa, a hidroquinona, apesar de excelentes resultados, tem sido cada vez mais substituída devido a efeitos colaterais”, explica Steiner. 

Recentemente, novas abordagens têm sido exploradas. Segundo Dra. Denise Steiner “esses tratamentos inovadores oferecem novas esperanças, mostrando que a pesquisa continua a avançar e melhorar as opções terapêuticas”. 

A prevenção compreende evitar a exposição excessiva ao sol, já que esse é um dos principais fatores que estimulam o aparecimento do melasma e contribui para o dano da pele. 

Também foram abordados no evento os novos tratamentos para doenças imunomediadas, efeitos colaterais de procedimentos estéticos e a inteligência artificial. 

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Heitor de Sá Gonçalves, debater esses e tantos outros assuntos foi uma oportunidade única para todos os profissionais da área.  

“A troca de experiências e o acesso a novas pesquisas são pilares para o avanço da nossa especialidade. O evento foi fundamental para a atualização contínua dos nossos conhecimentos e práticas, permitindo que os dermatologistas adquiram insights essenciais que contribuirão para o aprimoramento das técnicas e, consequentemente, para um atendimento mais eficaz e inovador aos nossos pacientes”, relata.

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29 de agosto de 2024

Com o apoio dos associados, a partir das denúncias que são feitas, a SBD tem atuado contra a propagação de profissionais não médicos que exercem atividades da dermatologia.  

“Combater as práticas ilegais que estão se sobrepondo à Lei do Ato médico é um grande desafio diário, mas seguimos firmes em prol da valorização da dermatologia e, principalmente, pela saúde e bem-estar da população, que, muitas vezes, sofre sequelas graves após fazer procedimentos invasivos com profissionais não habilitados”, diz Heitor de Sá Gonçalves, presidente da SBD.   

De acordo com o Departamento Jurídico da SBD, a lei 12.842/2013, após 10 anos de discussão no âmbito do Congresso Nacional regulamentou o exercício da medicina no Brasil e determinou quais são os atos que podem ser praticados somente por profissionais graduados em medicina.

Dentre esses atos, destaca-se que são atividades privativas do Médico a indicação da execução e execução de procedimentos invasivos, sejam diagnósticos, terapêuticos ou estéticos.

O Conselho Federal de Medicina por meio da resolução 2.373/2023 determinou ser competência privativa do médico a prática de cirurgia e procedimentos com finalidade estética e/ou funcional, que invadam a epiderme e a derme, bem como a inclusão de fármacos, produtos químicos ou abrasivos que invadam a pele, materiais aloplásticos ou qualquer outro procedimento com finalidade exclusivamente estética.

Destaca-se, ainda, o parecer CFM nº 35/2016, deixando claro o conceito do que é um ato invasivo, podendo ser descrito como:

“Aqueles que provocam o rompimento das barreiras naturais ou penetram em cavidades do organismo, abrindo uma porta ou acesso para o meio interno. Há que se ressaltar também que inexiste diferença entre procedimentos invasivos e minimamente invasivos. Nos termos da lei, o fato de ser minimamente invasivo não torna o ato legal ou menos invasivo. Assim, o ato invasivo é um ato privativo do médico, sendo vedada a sua prática por outra profissão.”

Diante das premissas legais acima, apesar de algumas profissões utilizarem de Resoluções (ato administrativo que não é lei federal) para atuarem com a realização de procedimentos estéticos invasivos, a SBD atua fortemente para que tais permissões sejam anuladas pelo Poder Judiciário por serem contrárias à legislação federal.

Confira as últimas ações do Departamento Jurídico: 

1. ENFERMAGEM: a SBD conseguiu liminar judicial para suspender parcialmente a Resolução 529/2016 do COFEN, portanto, o enfermeiro esteta está proibido de realizar os procedimentos de Micropuntura, Laserterapia, Depilação a laser, Criolipólise, Escleroterapia, Intradermoterapia/Mesoterapia, Prescrição de Nutracêuticos/Nutricosméticos e Peelings. 

2. FARMÁCIA: a SBD suspendeu, via judicial, a Resolução 669/2018, dessa forma farmacêuticos não estão autorizados à prática de procedimentos estéticos faciais ou corporais. Apesar de as Resoluções 616/2015 e 645/2017 que tratam do mesmo tema não estarem suspensas, a Resolução 669/2018 sobre estética é mais recente e já foi suspensa, dessa forma, em conclusão, farmacêuticos não possuem autorização para procedimentos estéticos faciais ou corporais. 

3. BIOMEDICINA: A SBD e o CFM obtiveram sentença favorável para suspender as Resoluções 197/2011, 200/2011, 214/2012 e 241/2014, mas após nova decisão judicial, a suspensão foi retirada temporariamente. No momento, aguarda-se decisão definitiva no processo. Além disso, em outro processo, o magistrado negou liminar para suspensão das resoluções 359 e 365/2023, mas a SBD já recorreu e aguarda julgamento. 

4. FISIOTERAPIA: há ação judicial para suspender a Resolução 394/2011 e o Parecer Técnico 06/2012 sobre Fisioterapia Dermatofuncional, e aguarda-se julgamento.

5. ODONTOLOGIA: a Resolução 198/2019 sobre a harmonização Orofacial como especialidade odontológica está em vigor, enquanto a ação judicial movida pela SBD está em curso.

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29 de agosto de 2024

A Mpox, infecção zoonótica anteriormente restrita à África, agora representa um desafio crescente para a saúde pública e exige a expertise dos médicos dermatologistas para uma identificação precoce e precisa. De acordo com a Dra. Regina Carneiro, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o manejo adequado da doença é essencial para controlar a propagação.  

“Com o aumento dos casos de Mpox, os dermatologistas estão na linha de frente da detecção e controle da doença, já que possuem o treinamento clínico que possibilita identificar as lesões e fundamentalmente em fazer o diagnóstico diferencial com outras doenças dermatológicas”, explica a médica.  

O início da infecção é geralmente marcado por sintomas inespecíficos como febre, dor no corpo e aumento dos gânglios linfáticos principalmente na região cervical, virilha e submandibular. Na pele podem surgir manchas vermelhas, pápulas (bolinhas), vesículas (bolinhas de água), pústulas (bolinhas de pús), e crostas (cascões), sendo comum uma umbilicação (depressão) na área central. Podem ser únicas ou múltiplas e ocorrer dor no local ou coceira por mais de quatro semanas. No surto atual, têm sido predominantemente localizadas na região genital.  

Dra. Regina ressalta que embora não exista um tratamento específico para a Mpox, alguns antivirais podem ser utilizados para reduzir a severidade dos sintomas e destaca as formas de prevenção, como o tecovirimat, que já foi aprovado para tratamento de Mpox em janeiro de 2022.  

“Como a transmissão ocorre por contato com secreções infectadas das vias respiratórias, feridas ou bolhas na pele, é essencial evitar o contato próximo com pessoas que estejam com sintomas e não compartilhar objetos e material de uso pessoal, como toalhas e roupas de cama, por exemplo”, conclui.  

No que se refere a vacina, existem atualmente duas disponíveis contra a Mpox. A primeira é a Jynneos, produzida pela farmacêutica dinarmaquesa Bavarian Nordic, composta pelo vírus atenuado, com efeitos colaterais considerados leves, como dor no local da aplicação, vermelhidão e inchaço, podendo ocorrer dor muscular, dor de cabeça e cansaço. Foi em 2023 que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso provisório do imunizante no Brasil. 

O segundo tipo de vacina é a ACAM 2000, fabricada pela americana Emergent BioSolutions. É composta pelo vírus ativo com inúmeras contraindicações e consequentemente mais efeitos colaterais, se tornando assim menos segura. 

“A estratégia de vacinação prioriza a proteção das pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença como pacientes que vivem com HIV/Aids com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses e profissionais que atuam diretamente em contato com o vírus em laboratórios. Além desses grupos, também está prevista a vacinação para pessoas que tiveram contato direto com os fluidos e secreções corporais de casos suspeitos ou confirmados para a doença”, esclarece Dra. Regina Carneiro. 

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27 de agosto de 2024

Nesta semana marcada pelo Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado em 29 de agosto, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) aborda as consequências do hábito de fumar para a saúde da pele, cabelos e unhas. 

“As toxinas presentes no cigarro danificam o colágeno e a elastina, proteínas responsáveis pela elasticidade e firmeza da pele, e causam estresse oxidativo, o que acelera o envelhecimento”, diz Dra. Aline Bressan, Coordenadora do Departamento de Dermatologia e Medicina Interna da SBD. 

Não só o tabagismo tem um impacto negativo, os cigarros eletrônicos (vaporizadores), mais conhecidos como vapes, também representam sérios riscos à saúde, por isso a SBD está entre as 80 entidades médicas, que assinaram uma carta em 19 de agosto, entregue a uma Comissão do Senado, reforçando a posição contrária ao Projeto de Lei 5.008/2023, que pretende permitir, com regras, a venda de cigarros eletrônicos no país. 

“Acreditamos que a legislação deve proteger a saúde da população, portanto nos unimos às demais entidades contra a comercialização de um produto que não tem evidências de segurança, pelo contrário, estudos apontam potenciais riscos à saúde pública, principalmente para os jovens, não só no que diz respeito aos cuidados dermatológicos, mas na saúde do indivíduo como um todo, podendo afetar inclusive órgãos, como o pulmão, gerando graves problemas respiratórios”, diz Dr. Heitor de Sá Gonçalves, presidente da SBD. 

Dra. Aline Bressan explica ainda que em termos dos cuidados dermatológicos, além de favorecer o envelhecimento precoce, os produtos químicos presentes nos líquidos dos vapes podem ser irritantes, causando vermelhidão, reações alérgicas e até mesmo retardando a cicatrização e agravando lesões inflamatórias pré-existentes, como a acne. 

O melasma, uma condição que causa manchas escuras na pele, é outro problema devido ao acúmulo de toxinas encontradas tanto no tabagismo como nos vapes. A queda de cabelo também é um fator que impacta os fumantes, devido ao afinamento capilar. As unhas podem ficar quebradiças e amareladas e entre as doenças sistêmicas, a psoríase pode ser agravada ou desencadeada pelo fumo. 

“A primeira forma de tratamento é o indivíduo parar de fumar, ter uma alimentação rica em antioxidantes, como vitaminas C e E, proteger a pele do sol e manter hidratada. Procedimentos dermatológicos como peeling químico, microagulhamento e laser podem ser benéficos ao estimular a produção de colágeno e remover células danificadas”, orienta a médica dermatologista. 

O fumante deve buscar auxílio dermatológico ao notar sinais como rugas acentuadas, pele sem brilho, cabelos quebradiços ou unhas amareladas. “Esses sinais indicam que a saúde dermatológica está sendo impactada e que um tratamento especializado pode ser necessário”, conclui Bressan. 

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23 de agosto de 2024

O Dia da Infância, celebrado neste sábado, 24 de agosto, é um momento para alertar sobre os cuidados infantis. Entre os diversos aspectos que compõem o bem-estar das crianças, está a saúde da pele, que ocupa um lugar fundamental, já que é a primeira linha de defesa do corpo contra o ambiente externo.    

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia reconhecer e compreender as doenças da pele possibilita o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, o que é crucial para prevenir complicações e proporcionar um ambiente propício ao crescimento e ao desenvolvimento.    

“Entre as principais doenças na infância, estão a dermatite atópica ou eczema atópico, que afeta a pele, e a alopecia areata, que afeta os cabelos. Já as unhas costumam ser menos impactadas, porém existem registros de onicomicose por dermatófitos em crianças com idade a partir de dois anos”, explica a coordenadora do Departamento de Dermatologia Pediátrica da SBD, Dra. Elisa Fontenelle.   

A dermatite atópica é uma condição inflamatória crônica que se manifesta em crianças ainda no primeiro ano de vida e envolve fatores genéticos, ambientais e defeitos na barreira cutânea. “Pele seca, coceira intensa e lesões avermelhadas estão entre os sintomas. O tratamento inclui a hidratação regular da pele e a prevenção de fatores desencadeantes, como tecidos sintéticos e produtos químicos. Em casos mais graves, o uso de corticosteroides e imunomoduladores tópicos é indicado”, completa Dra. Elisa.   

Já a onicomicose, infecção fúngica que afeta as unhas, é menos comum em crianças, mas pode causar desconforto e alterações visíveis nas unhas. Causada por fungos dermatófitos, essa condição pode ser transmitida por contato com superfícies contaminadas. O tratamento geralmente envolve antifúngicos tópicos e orais, dependendo da gravidade da infecção. Segundo dados do artigo “Onicomicose na infância” publicado nos Anais Brasileiros de Dermatologia, os pais foram a fonte de infecção em 46,2% dos casos, e 65% dos parentes de pacientes apresentavam onicomicose ou tinea pedis.    

A alopecia areata é uma doença autoimune que resulta na perda de cabelo em áreas específicas do couro cabeludo ou de outras partes do corpo. Embora não haja cura definitiva, os tratamentos disponíveis, como corticosteroides, terapia imunossupressora e minoxidil, podem ajudar a estimular o crescimento capilar e controlar a resposta autoimune.   

“Durante a infância, a pele das crianças é extremamente sensível e, muitas vezes, os sinais de doenças dermatológicas podem ser confundidos com outras condições. É fundamental que pais e cuidadores estejam atentos a qualquer alteração e procurem um dermatologista para um diagnóstico preciso e um tratamento adequado”, explica Dra. Laura Serpa, assessora do Departamento de Dermatologia Pediátrica da SBD.   

Skincare infantil   

O skincare infantil também é um tema que requer atenção, já que a prática não é indicada. “Percebemos um apelo comercial muito grande, principalmente, através das redes sociais, e buscamos alertar a população de que o skincare em crianças é completamente equivocado, podendo gerar irritações na pele, como a dermatite de contato, além de alteração no eixo hormonal”, diz Dra. Fabiane Brenner, membro da diretoria da SBD.  

As recomendações de skincare para crianças devem contemplar apenas orientações de banho – breve, com água morna e sabonetes adequados.  

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21 de agosto de 2024

Foi publicado, nesta quarta-feira (21), o edital de convocação da Assembleia Geral Ordinária, convidando os associados quites a se reunirem no dia 06 de setembro de 2024, no auditório 5 do Centro de Convenções de Natal (RN), localizado na Via Costeira Sen. Dinarte Medeiros Mariz, em Ponta Negra. Às 17h15min ocorrerá a primeira chamada; e caso não seja atingindo o quórum necessário, a assembleia será realizada às 17h30min em segunda convocação.

A assembleia, que ocorrerá durante o 77º CSBD, seguirá a seguinte ordem: Palavra do Presidente; Inscrição para Assuntos Gerais; Relatório da Secretaria Geral; Quadro Social Atualizado; Atividades da Atual Diretoria até julho de 2024; Resumo das Deliberações do Conselho Deliberativo; Relatório da Tesouraria; Aprovação de Contas do Exercício de 2023; Posse dos membros da Diretoria Executiva para a gestão do biênio 2025/2026 e Assuntos Gerais.

“É através da participação ativa dos nossos associados que conseguimos avançar, aprimorar e garantir que estamos alinhados com as necessidades e expectativas da nossa comunidade dermatológica, fortalecendo a nossa missão e promovendo o desenvolvimento contínuo da especialidade, portanto a Assembleia é um momento crucial”, diz Heitor de Sá Gonçalves, presidente da SBD.

Clique aqui e veja o edital de convocação.





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