Atualização sobre rosácea é tema do SBDcast desta quarta-feira (2/6)




2 de junho de 2021 0

A condução da rosácea ainda representa um desafio à dermatologia. Assim, para discutir as mais recentes indicações a respeito dessa doença e abordar sua relação com outras comorbidades, o SBDcast recebe Clívia Maria Moraes de Oliveira, professora de Dermatologia da Universidade Federal do Pará (UFPA) e presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Pará. Ela também é coordenadora da Biblioteca da SBD (Gestão 2021-2022). O programa conta com a moderação do 1º secretário-geral da SBD, Geraldo Magela Magalhães.

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Segundo a convidada, a predisposição familiar deve sempre ser observada com atenção pelos dermatologistas, no momento da avaliação dos pacientes. No entanto, ela explicou que, além da fisiopatologia da doença, também é importante estar atento a determinados gatilhos desencadeantes, como exposição solar, consumo de bebida alcóolica e condimentos, estresse e prática de atividades aeróbicas.

Para ter acesso a outras informações sobre o tema, os participantes dessa edição do SBDcast sugerem a leitura do Consenso Brasileiro sobre Tratamento de Rosácea, publicado em 2020 nos Anais Brasileiros de Dermatologia (ABD).

ACESSO O CONSENSO BRASILEIRO SOBRE ROSÁCEA

Lançado em fevereiro deste ano, o SBDcast é uma iniciativa da Gestão 2021-2022 que traz exposições sobre assuntos de interesse para a dermatologia semanalmente, todas as quartas-feiras, exclusivamente para os associados. Para conferir este programa e edições anteriores, basta acessar o aplicativo da SBD ou a área do associado, no portal.

 

 

 

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2 de junho de 2021 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) divulga nesta quarta-feira (2) esclarecimento à população sobre fungo causador de micoses que, de acordo com relatos clínicos científicos, podem afetar pacientes de covid-19 com problemas respiratórios e na pele. Segundo o Departamento de Micoses da SBD, a chamada mucormicose é uma doença oportunista que, em geral, não tem potencial patogênico. Ou seja, pessoas sadias entram em contato com os fungos, mas não ficam doentes. Contudo, organismos debilitados ficam suscetíveis a maiores complicações.

“O conhecimento da doença e dos fatores predisponentes, como o descontrole da glicemia e da cetoacidose, facilitam o diagnóstico e o tratamento precoces da mucormicose. Esse é o principal aliado para salvar vidas, pois essa micose oportunista tem progressão rápida e é muitas vezes fatal, com mortalidade em 40-50% dos casos. No Brasil, outras doenças do mesmo tipo, como a aspergilose invasiva e a candidíase sistêmica, são mais comuns do que a mucormicose nos pacientes com covd-19, sendo que também exigem atenção semelhante”, disse a coordenadora do Departamento de Micoses da SBD, Rosane Orofino.

Grupo de risco – Os indivíduos mais vulneráveis à mucormicose são portadores de diabetes melito descompensado ou com cetoacidose. No grupo de risco, ainda estão usuários de corticoides de forma prolongada, além de pacientes com alguns tipos de câncer, queimados graves, portadores de feridas abertas e transplantados de órgãos sólidos. O aumento do ferro sérico e a diminuição dos linfócitos, que ocorrem na covid-19, também são fatores que predispõem a essa micose oportunista.

“Há algum tempo a Índia vem relatando aumento dos números da mucormicose e curiosamente é também o segundo país em casos de diabetes melito do mundo, o que pode ser fator de predisposição ao seu surgimento. Dos 101 casos dessa micose oportunista relacionados à covid-19 descritos recentemente, 82 deles aconteceram na Índia”, lembrou Rosane Orofino.

A apresentação clínica mais frequente da mucormicose é rino-ocular. Começa com edema (inchaço) e endurecimento da região nasal ou em volta dos olhos, dor na face e secreção nasal sanguinolenta. Essa doença pode rapidamente progredir para lesão cerebral e morte, se não houver diagnóstico e tratamento precoces. Os fungos entram nos vasos sanguíneos, causam embolia e infarto, levando à necrose tecidual. A maioria dos casos que chegam a acometer o cérebro são fatais. Pode ainda ter acometimento pulmonar ou de outros órgãos.

Sintomas – Quando acomete os pulmões, os sintomas da mucormicose são parecidos com os da covid-19 (febre, tosse e falta de ar). O uso de corticoides, usados para diminuir a inflamação intensa em pacientes com o coronavírus, também pode ser um dos fatores envolvidos no aparecimento dessa micose oportunista.

Sobre o tratamento, a SBD explica que ele consiste na retirada cirúrgica do tecido necrosado e infectado (desbridamento), o que ajuda na melhoria da cicatrização e na diminuição de secreções. Ainda é recomendado o emprego de antifúngicos sistêmicos em ambiente hospitalar, como anfotericina B, posaconazol e isavuconazol.

Os fungos da Ordem Mucorales são adquiridos pela inalação de conídios (esporos). Estão presentes no ar, solo, material orgânico em decomposição e contaminam alimentos como frutas, pães etc. Os principais são Rhizopus sp, Mucor sp, Lichtheimia sp, Rhizomucor sp, entre outros, que não são pretos, como vem sendo divulgado pelos meios de comunicação. “Talvez a cor escura da lesão da pele e mucosa decorrente da necrose do tecido tenha levado a esse termo equivocado”, ressaltou a coordernadora do Departamento de Micoses da SBD.


1 de junho de 2021 0

Os dermatologistas têm três grandes encontros marcados com o aperfeiçoamento técnico científico nos meses de junho e de julho. O informe foi dado pelo presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Mauro Enokihara, no encerramento do Simpósio de Cabelos e Unhas, realizado entre os dias 27 e 29 de maio, em conjunto pela SBD e SBD Regional São Paulo (SBD-RESP).

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Segundo ele, os associados devem reservar espaço em suas agendas para participarem do Conexão SBD – Edição especial sobre biológicos, em 5 de junho; do II Simpósio de Cirurgia Micrográfica, em 19 de junho; e do 13º Teraderm, de 2 a 4 de julho. “Estas atividades oferecem aos especialistas acesso a conteúdo atualizado e relevante neste momento de pandemia. Independentemente dos problemas em curso, os dermatologistas precisam estar preparados para responder às necessidades dos pacientes”, disse.

O Simpósio de Cabelos e Unhas abordou avanços e atualizações da especialidade sobre estes temas, a partir da análise de pesquisas e novas abordagens terapêuticas. Mais de 80 palestrantes brasileiros e estrangeiros, com experiência em doenças capilares e ungueais, trouxeram nesta nova edição discussões sobre questões relacionadas a essas duas áreas fundamentais à dermatologia.

Cursos de aprofundamento – Biópsia de leito ungueal com punch leito, envelhecimento capilar e doenças inflamatórias foram alguns dos temas abordados. Além disso, seis cursos de aprofundamento também fizeram parte da programação científica, lançando luzes sobre aspectos da alopecia areata, dermatoscopia nas unhas, alopecia frontal fibrosante, alopecia androgenética masculina e feminina e cirurgia de unhas em consultório.

Durante o encontro, também merecem destaque as homenagens feitas a três especialistas que atuam na área de cabelos e que possuem as maiores publicações internacionais: Rodrigo Pirmez, Paulo Muller Ramos e Daniel Fernandes Melo; além do dermatologista Ival Peres Rosa, chefe do Serviço do Hospital do Servidor de São Paulo, pela sua contribuição à dermatologia brasileira. Ao final, a dermatologista Aline Donati recebeu agradecimento especial pelo trabalho desenvolvido na organização do Simpósio. Além dela, participaram desse processo de coordenação do evento: Fabiane Brenner, Alessandra Anzai, Priscila Kakikazi, Nilton Gioia Di Chiacchio e Nilton Di Chiachio.

“Foram três dias de aprendizado contínuo e dinâmico, com espaço para muita troca de experiências e acesso a conteúdo repleto de inovações úteis à prática médica”, sintetizou Fabiane Brenner, que fez um lembrete aos que participaram: o conteúdo gravado ficará disponível aos inscritos por mais 30 dias, após o encerramento do evento.

 


1 de junho de 2021 0

As mais recentes descobertas nas áreas de cosmiatria e tricologia, bem como novas abordagens no tratamento de doenças, serão destaque na programação do 13º Teraderm, organizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). O encontro acontece de 2 a 4 de julho, ainda em formato virtual, mas com a proposta de manter o tradicional dinamismo nos debates, mas sem abrir mão da qualidade das abordagens.

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Dentre os temas em perspectiva no 13º Teraderm estão:  gestão de consultório na pandemia, uso de minoxidil oral nas alopecias, a relação entre covid-19 e manifestações cutâneas, transtorno dismórfico corporal e transgêneros; e prescrição de imunobiológicos. No total, serão abordados mais 20 temas relacionados à vivência em consultório. Além disso, haverá simpósios satélites diariamente disponíveis aos inscritos.

Dúvidas – Para estimular a interação, serão disponibilizados canais para que os participantes enviem perguntas aos palestrantes e coordenadores. “O objetivo é garantir que haja efetivamente a possibilidade de sanar dúvidas, em tempo real”, complementa John Veasey, coordenador do 13º Teraderm.

O presidente da SBD, Mauro Enokihara, ressalta que a organização do encontro sinaliza o compromisso da Gestão 2021-2022 com a qualificação do médico dermatologista. “Apesar da do distanciamento físico, a SBD oferece opções de educação continuada. Neste sentido, o Teraderm é um exemplo de como unir a modernidade das tecnologias de comunicação à melhor tradição do ensino médico”, disse.

A Comissão Organizadora lembra ainda que o conteúdo gravado durante o 13º Teraderm ficará disponível por mais 30 dias aos inscritos, após a realização do evento. Isso permitirá aos interessados rever apresentações preferidas. Além de John Veasey compõem o grupo de coordenadores, os seguintes dermatologistas: Clarisse Zaitz, Jayme de Oliveira Filho e Ricardo Shiratsu. A coordenação científica da SBD está a cargo de Flávia Vasques Bittencourt.

 


31 de maio de 2021 0

“Comprometa-se a parar de fumar durante a pandemia da covid-19”. Esse é o lema definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o Dia Mundial Sem Tabaco, comemorado nesta segunda-feira (31 de maio). O slogan tem o intuito de alertar para os inúmeros efeitos deletérios do tabagismo, destacando o fato do fumante – de qualquer produto derivado do tabaco – ter mais chance de desenvolver covid-19 em suas formas graves.

Devido à importância fundamental do engajamento de médicos e demais profissionais de saúde na disseminação dessas informações e em ações para encorajar fumantes a interromper o tabagismo, a Associação Médica Brasileira (AMB) divulgou uma carta para sensibilizar e promover mobilização em torno do tema. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), atenta à questão, reitera as recomendações da AMB e convoca seus associados a também aderirem à causa, inclusive divulgou vídeo nas redes sociais onde faz o alerta à população.

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Conforme ressalta a carta divulgada, o tabagismo é considerado uma doença crônica, representada pela dependência à droga nicotina presente nos produtos derivados do tabaco. É a maior causa evitável de doença e morte no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Anualmente, morrem mais de 7 milhões de pessoas em função do tabagismo ativo e 1,2 milhão por tabagismo passivo. No Brasil, são estimadas cerca de 156 mil mortes anuais (428 mortes por dia).

“Desde o início da pandemia causada pelo SARS-CoV-2, diversos estudos seguem em andamento. Diversos deles têm demonstrado que fumantes têm uma chance 2 a 3 vezes maior de desenvolver covid-19 grave, pois já podem apresentar redução da capacidade pulmonar ou mesmo doenças pulmonares crônicas, doenças cardiovasculares, diabetes e câncer”, alerta o documento assinado pelas AMB.

Tabaco e pele – De acordo com a coordenadora do Departamento de Cosmiatria Dermatológica da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Alessandra Romiti, o ato de fumar afeta o corpo humano como um todo, inclusive a pele.

“É um hábito que causa dano oxidativo ao organismo e liberação de radicais livres – moléculas produzidas pelo corpo que reagem com outros componentes e causam envelhecimento. Assim como estresse e tomar sol em excesso, fumar aumenta a produção desses radicais livres. Quando uma pessoa acende um cigarro nem imagina o mal que causa para si e aqueles que estão no mesmo ambiente”, explica.

Mas o cigarro não provoca apenas isso. Como ressalta o presidente da SBD, Mauro Enokihara, “o tabagismo tem relação com aproximadamente 50 outras enfermidades, dentre elas vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório e doenças cardiovasculares. É importante conscientizar nossos pacientes e incentivá-los a parar de fumar. Essa é a mensagem dos dermatologistas neste dia 31 de maio”.

 


31 de maio de 2021 0

Para aprofundar seus conhecimentos sobre dermatite de contato, urticária e reações medicamentosas não deixe de acompanhar o Conexão SBD que acontece na próxima terça-feira (1), a partir das 20h.  O acesso a esse programa é uma exclusividade para os associados da entidade.

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A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) convidou professores e experts com atuação reconhecida para expor seu conhecimento e experiência sobre o tema “Dermatite de contato, urticária e farmacodermias”.
Com o uso de evidências científicas atuais, os convidados abordarão o assunto de forma didática e objetiva, tornando a experiência enriquecedora para quem busca orientação para melhorar sua prática clínica.

A lista de palestrantes conta com os seguintes nomes: 

•    Maíra Antonieta Rios Scherrer
•    Paulo Criado
•    Roberta Buese
•    Rosana Lazzarini
•    Vanessa Barreto Rocha
•    Renan Bonamigo (moderador)

Além das exposições pelos convidados da SBD, essa edição do Conexão contará também com a aula patrocinada “E quando não é urticária crônica espontânea?”.

 


28 de maio de 2021 0

A diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a Comissão Organizadora do 75° Congresso da SBD divulgaram, nesta quinta-feira (27), que o evento será realizado entre 25 e 28 de agosto de 2022. O informe, com mais detalhes sobre esta decisão, foi encaminhado por e-mail aos associados da entidade.

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A medida, que decorre da continuidade da pandemia de covid-19, tem como objetivo zelar pela integridade de congressistas, convidados, colaboradores e apoiadores. A SBD e a Comissão Organizadora entendem que, num panorama mais estável e seguro, o encontro reunirá milhares de congressistas, no Pavilhão 2 do São Paulo Expo & Exhibition Center, localizado na capital paulista, em agosto do ano que vem.

“Confiantes na superação da atual crise sanitária e na perspectiva de promover um 75º Congresso histórico, a SBD e o grupo organizador esperam o comparecimento dos médicos dermatologistas no evento, em nova data, para aproveitar uma programação de alta qualidade e comemorar a volta dos encontros presenciais, que possibilitam aprendizados, intercâmbios e confraternizações”, traz o informe.

Inscrição – O comunicado ressalta ainda que os dermatologistas já inscritos estão automaticamente com suas vagas confirmadas para 2022. No entanto, até 30 de junho, poderá ser feito o pedido de cancelamento da inscrição já feita, com reembolso integral do valor.

“Ao comunicar essa decisão, a SBD e a Comissão Organizadora lamentam eventuais transtornos e agradecem a compreensão e confiança de todos, sem as quais não seria possível atravessar essa pandemia e nem assegurar a realização de um magnifico 75° Congresso da SBD”, finaliza o texto.

A SBD ressalta ainda que uma extensa agenda de eventos e atividades está mantida para 2021, a qual pode ser consultada no site da entidade. Dentre os destaques, está a realização do 14º Simpósio de Cosmiatria, Laser e Tecnologias, que acontecerá nos dias 22 e 23 de outubro. Para este encontro, está sendo preparada uma programação que abordará diferentes aspectos relacionados aos temas centrais, deixando os participantes em dia com os últimos avanços na área.

 


26 de maio de 2021 0

Mais de 800 inscritos, 28 palestrantes e uma programação científica multidisciplinar e aprimorada. Esse é o saldo do 43º Simpósio de Dermatologia Tropical (Dermatrop). O evento, realizado em formato online pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), nos dias 21 e 22 de maio, discutiu as principais novidades a respeito do diagnóstico e tratamento de doenças infecciosas, parasitárias e outros temas que impactam a saúde pública do país. “A aceitação do público foi a melhor possível”, sintetizou o presidente da SBD, Mauro Enokihara.

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Numa avaliação direta sobre a relevância do Dermatrop, ele também fez questão de frisar que o evento atende justamente à preocupação da SBD com o ensino, o aprendizado e a pesquisa em dermatologia em todos os campos da especialidade, sendo direcionado aos profissionais de todas as gerações. A coordenação do 43º Dermatrop da SBD ficou a cargo dos especialistas Mauro Enokihara; Heitor de Sá Gonçalves (vice-presidente da SBD); Sinésio Talhari (um dos idealizadores do evento); e Sérgio Palma.

“O evento acontece há mais de 40 anos, com apenas duas interrupções ao longo desse período. Sem dúvida é um dos encontros mais tradicionais da dermatologia brasileira, com contribuições para o aprimoramento do atendimento e para a ampliação dos estudos das dermatoses que tanto acometem as populações negligenciadas do nosso país”, disse.

Tropical – O vice-presidente da SBD, Heitor Gonçalves de Sá, salientou que a atual gestão da SBD tem trabalhado em diversas frentes para promover o resgate da dermatologia tropical aplicada às doenças negligenciadas. O esforço visa fortalecer o especialista da entidade e reforçar a dermatologia clínica e sanitária do Brasil.

Segundo adiantou, ao longo deste ano serão implementadas diferentes ações voltadas às doenças tropicais. Entre elas, a capacitação em hanseníase para dermatologistas que atuam nesta área, por meio do programa de atenção básica e estratégia de saúde da família de diferentes estados brasileiros; a criação de nova Campanha de Hanseníase; e ainda a realização do Simpósio Internacional de Hanseníase, programado para agosto.

“São projetos que visam cumprir uma das muitas vocações técnicas científicas da entidade, que é a área de doenças tropicais, bem como seu papel como instituição civil responsável por apoiar a saúde pública brasileira”, salienta Heitor Gonçalves de Sá.

Temas – O total de 31 temas sobre micologia, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), hanseníase, doenças virais, bacterianas e outros ganharam destaque durante os seis blocos de programação científica do 43° Dermatrop. O encontro também contou com duas sessões de discussão de casos clínicos dos Serviços Credenciados.

Nelas, os especialistas trocaram experiências e ampliaram sua capacidade diagnóstica e terapêutica das doenças tropicais. Além disso, durante todo o evento os participantes puderam esclarecer as dúvidas dos congressistas por meio de um chat exclusivo.

“A importante adesão dos dermatologistas neste evento mostrou o alto interesse em aprimorar conhecimentos a respeito de atuais tratamentos e condutas de dermatoses mais prevalentes nas populações negligenciadas. Nosso compromisso, ao promover eventos de alta qualidade técnica como este, é de incentivar a educação médica continuada, sempre pensando em oferecer o melhor tratamento possível ao paciente”, disse o presidente da SBD.

 


26 de maio de 2021 0

Num país onde a exposição ao sol e aos outros fatores climáticos faz parte da rotina e a desigualdade social faz com que nem todos tenham acesso ao saneamento ou à alimentação adequada, os cuidados com a saúde feminina devem ser redobrados. No Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher (28 de maio), a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) ressalta as necessidades específicas desse grupo que forma a maioria da população brasileira. 

“As mulheres enfrentam múltiplos desafios. Se desdobram em papeis em casa, cuidando da família; no trabalho, onde devem apresentar resultados; e na vida em sociedade, ocupando espaço cada vez mais importante. Contudo, precisam dedicar tempo para si também, dando atenção a sua saúde e bem-estar. Neste contexto, nós precisamos estar atentas ao nosso corpo por inteiro, sempre cuidando de nossa pele, cabelos e unhas”, destacou a Claudia Alcântara, secretaria geral da SBD. De acordo com ela, os problemas nestas áreas de manifestam de diferentes formas. 

Acne, melasma e queda de cabelo são exemplos de manifestações de alta prevalência que, apesar de corriqueiras, podem impactar na vida de muitas mulheres. De acordo com a presidente do Departamento de Cabelos e Unhas da SBD, Fabiane Andrade Mulinari Brenner, a perda significativa de cabelo está entre as principais reclamações ouvidas por especialistas dentro dos consultórios. Segundo ela, pesquisas científicas sobre o tema vêm revelando a repercussão desse problema na qualidade de vida das pacientes.

“Muitas daquelas que sofrem com o rareamento dos fios capilares acabam vivenciando conflitos sociais bastante dolorosos. A autoimagem, sobretudo para a mulher, é fundamental na construção da autoconfiança e autoestima. Diversas vezes, uma queda mais acentuada de fios pode desencadear problemas que afetam a saúde mental da paciente, levando a quadros de depressão, interferindo no casamento, sociabilidade e vida profissional”, diz.

Alopecia – A calvície feminina pode ser desencadeada por diversos fatores, como desregulação hormonal, síndrome do ovário policístico ou até mesmo menopausa. Na maioria dos casos, a doença está relacionada a fatores hereditários e à atuação do hormônio masculino, sendo assim denominada de alopecia androgenética. A condição modifica o ciclo natural de desenvolvimento dos folículos pilosos, provocando o afinamento dos fios ao longo do tempo.
“Depois que um fio de cabelo cai, o folículo capilar inicia a produção de um novo fio com as mesmas características de espessura e cor do anterior. Em pacientes com alopecia androgenética, esses novos fios vêm cada vez mais finos. Esse processo de miniaturização é o que torna o cabelo progressivamente mais ralo, até deixar o couro cabeludo aparente”, explica Fabiane Brenner.

Segundo a especialista, tanto a queda acentuada de cabelo quanto o rareamento dos fios são considerados sinais de alerta. Nesses casos, a mulher deve procurar um dermatologista para receber orientações sobre as opções de tratamento disponíveis. Atualmente, existem produtos de uso tópico e diário, que estimulam o crescimento adequado dos fios, e ainda medicamentos sistêmicos, que bloqueiam a ação do hormônio masculino e podem ser receitados pelo dermatologista.  Além disso, é recomendada uma investigação de problemas correlacionados, como distúrbios de tireoide, deficiência de nutrientes, entre outros.  

Doenças de pele – O impacto de manifestações indesejadas na pele também é motivo de transtorno para muitas mulheres. Conforme salienta a assessora do Departamento de Cosmiatria da SBD, Maria Paulina Villarejo Kede, inúmeras pacientes relatam rotinas exaustivas de uso de maquiagem para esconder problemas como a acne e o melasma. “A preocupação em disfarçar aquilo que o espelho insiste em revelar ocupa um tempo considerável no dia a dia de muitas mulheres, especialmente quando a manifestação afeta o rosto. Nesses casos, é nítida a repercussão negativa na autoestima”, afirma.

Para evitar transtornos, o acompanhamento com o dermatologista é fundamental, uma vez que prevenção e terapêutica precoce são as principais ferramentas para garantir a saúde da pele. A acne, que além de afetar os adolescentes também é verificada em muitas mulheres adultas, é um exemplo de doença inflamatória que deve ser tratada precocemente, sobretudo para impedir o surgimento de cicatrizes e preservar a saúde mental das pacientes.

De acordo com Maria Paulina Villarejo Kede, em alguns casos, o aparecimento súbito de acne ou a piora do quadro na mulher adulta têm relação com alterações hormonais. Outra causa comum é o uso excessivo de cosméticos, que também ocasiona o aparecimento de cravos pretos e brancos. “O tratamento varia de acordo com o grau da acne e a extensão do acometimento. Há opções de produtos tópicos, que controlam a oleosidade e a inflamação, bem como promovem renovação celular, e ainda medicamentos orais, alguns deles a base de antibióticos. O tratamento hormonal é indicado apenas em alguns casos. De todo modo, é imprescindível agendar uma consulta”, explica a especialista.

Melasma – Já as manchas escuras que surgem principalmente na face das mulheres – nomeadas como melasma – também podem ser amenizadas, por meio de cremes clareadores e de procedimentos estéticos, como microagulhamentos, peelings e uso de lasers, em especial os do tipo Q-switched. Além disso, independentemente do tratamento realizado, o uso diário de protetores solares com cor é essencial para controlar esse problema.
“O melasma é caracterizado por manchas que apresentam distribuição característica na testa, têmporas, nariz e regiões das maçãs e supralabial do rosto. Elas também podem se apresentar no corpo, principalmente no colo e nos braços. No geral, a manifestação é causada pela exposição solar associada à influência de hormônios gestacionais e de hormônios contidos em anticoncepcionais. Há ainda fatores genéticos envolvidos nesse processo”, informa Paulina.  

Gestantes – As mulheres grávidas costumam ser afetadas pelo melasma, pois nesse período há aumento de pigmentações em várias áreas do corpo, principalmente no rosto. Para evitar esse tipo de mancha, recomenda-se fazer a fotoproteção diária com filtro solar com fator de proteção 30 (Fps 30). Essa é uma das recomendações da coordenadora do Departamento de Cosmiatria Dermatológica da SBD, Edileia Bagatin.
A especialista orienta que as gestantes de pele mais morena devem usar filtro solar que tenha cor (cor de base) por terem maior risco de ficar com manchas escuras. “Muitas mulheres não têm o hábito de associar protetor solar e maquiagem. Mas, na prevenção do melasma, é importante que utilizem esse tipo de filtro no rosto, uma vez que também confere proteção contra a luz visível”, complementa.

Pele seca – Outro detalhe, explica Edileia, é que, às vezes, as gestantes morenas ficam com a pele mais seca, principalmente no abdômen. “Por isso, no banho deve-se usar sabonete suave (preferencialmente os líquidos), não esfregar demais a pele com buchas, e usar hidratante à base de ceramidas para a pele todos os dias após o banho”, recomenda.

De acordo com Edileia, não há contraindicação em relação ao uso de produtos tópicos, tais como cremes, hidratantes, filtros solares, loções de limpeza, durante o período de gestação. Já em relação aos produtos para tratar manchas, envelhecimento e rugas, por exemplo, existem algumas controvérsias sobre o uso do ácido retinóico.

“Na verdade, existem evidências de que não há riscos para as grávidas. Contudo, ainda existem pessoas que questionam. Como a gravidez não é para sempre, vale a pena, talvez, suspender produtos que tenham essa substância para que não haja um erro de interpretação médica caso a criança apresente algum problema de saúde, como uma língua geográfica. Sabemos que não é verdade, que não há riscos, mas há controvérsias e nesses casos é melhor então suspender o uso durante a gravidez”.

Pós-parto – No período pós-parto, a especialista orienta que é preciso ter cuidado com produtos aplicados na área das mamas, pois geralmente as mulheres se encontram no período de lactação. “Contudo, é preciso reforçar que nenhum produto de uso tópico vai interferir ou ocasionar algum tipo de problema no leite materno”, frisa Edileia.

Ela observa que após a gravidez pode-se usar quaisquer produtos de uso tópico sem ter a preocupação de causar algum dano à saúde do recém-nascido. Segundo conta, as gestantes que apresentam manchas devem começar o tratamento o mais precocemente possível. 

Estrias – Um problema comum, que pode acontecer durante a gestação são as estrias no abdômen. Mulheres com antecedentes familiares (mãe ou irmãs com estrias) ou que tiveram estrias durante a puberdade estão mais suscetíveis. Edileia ressalta que não há como evitar totalmente as estrias. Contudo, dá algumas recomendações para a redução do problema, tais como a hidratação da pele com cremes à base de ceramidas e evitar o uso de óleos hidratantes.
“Outra importante dica é evitar o estiramento exagerado da barriga, como ocorre com as mulheres que, porventura, acabam engordando muito. Mesmo as mulheres com forte predisposição genética, ainda que não engordem muito, estas também acabam tendo estrias e não há como evitar que isso aconteça”, salienta.
 


26 de maio de 2021 0

Evidências científicas recentes apontam que a introdução de determinadas intervenções terapêuticas tem relevância significativa para reduzir o risco do surgimento de neoplasias cutâneas. Para atualizar os dermatologistas a respeito de quais medicamentos estão indicados para essa finalidade, o SBDcast aborda o tema “Quimioprevenção do câncer de pele não melanoma”.

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O convidado especial dessa edição é o Elimar Gomes, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional São Paulo (SBD-RESP) e coordenador do Grupo de Dermatologia do Centro Oncológico da Beneficência Portuguesa. Na moderação deste programa, está Beni Grinblat, 2º secretário da SBD.

Tratamento – A conversa trouxe diversas dicas práticas sobre benefícios, limitações, efeitos colaterais e prescrição adequada de sustâncias atualmente disponíveis para esse tipo de tratamento. Foram abordadas ainda aspectos ligados ao uso da nicotinamida, retinoides, vitaminas, antioxidantes e outros medicamentos, destacando sempre quais dessas substâncias detém eficácia confirmada pela literatura médica.

O SBDcast é um serviço semanal de educação continuada da Gestão 2021-2022, exclusivo para associados da entidade. Para conferir este programa e edições anteriores, basta acessar o aplicativo da SBD ou a área do associado, no portal.

 





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