SBD informa mudança no esquema de tratamento para pacientes de hanseníase paucibacilar a partir de 1º de julho




13 de julho de 2021 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) informa aos médicos, equipe de saúde e pacientes que a partir de quinta-feira (1º de julho) pessoas diagnosticadas como portadoras de hanseníase paucibacilar (PB), ou seja, com baixa presença de bacilos causadores da doença no organismo, devem utilizar novo esquema terapêutico definido pelo Ministério da Saúde. O detalhamento desse ajuste de conduta consta de comunicado encaminhado pela entidade.

ACESSE A ÍNTEGRA DA NOTA TÉCNICA DA SBD

Na avaliação da SBD, a mudança traz benefícios ao combate à hanseníase no Brasil, pois com a prescrição desse esquema terapêutico se fortalece este processo. Entre os problemas que poderão ser equacionados está a baixa disponibilidade de exames de baciloscopia, a insuficiente acurácia das equipes de saúde no diagnóstico e classificação da hanseníase e a alta rotatividade dos profissionais.


13 de julho de 2021 0

A defesa da segurança do paciente uniu esforços de três das maiores sociedades médicas do Brasil. Com o objetivo de barrar práticas que têm causados danos à saúde e à autoestima de milhares de pessoas, essas instituições que congregam cerca de 25 mil especialistas passarão a agir, sistematicamente, contra abusos e irregularidades praticados. O foco é o combate à atuação de não médicos, sobretudo nos campos da estética e da cosmiatria.

Por meio de manifesto público, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) anunciaram a união inédita das entidades para agir contra situações que têm causado grande prejuízo, com inúmeros relatos de intercorrências graves, mutilações e sequelas em diferentes cantos do país.

“A imprensa tem divulgado reiteradamente casos que mostram os quão deletérios são os efeitos da ação de não médicos que se apresentam para a população como detentores de conhecimento e preparo que não possuem. Entendemos ser necessário alertar sobre esses riscos e impedir a atuação dessas pessoas”, disse o presidente da ABORL-CCF, Eduardo Baptistella.

Ato médico – As entidades argumentam que a Lei do Ato Médico (nº 12.842/2013) precisa ser respeitada, pois estabelece claramente os campos de atuação que são exclusivos dos profissionais da medicina. Em seu artigo 4º, o texto cita expressamente que apenas os médicos podem fazer a “indicação da execução e execução de procedimentos invasivos, sejam diagnósticos, terapêuticos ou estéticos, incluindo os acessos vasculares profundos, as biópsias e as endoscopias”.

Para o presidente da SBD, Mauro Enokihara, ao aprovar essa lei o Congresso Nacional criou mecanismos importantes para a proteção dos brasileiros que devem ser preservados.  “Inúmeras audiências públicas antecederam a elaboração desse texto. Em todas, ficou provado que esses procedimentos exigem um profissional com habilidade, capacitação e atitudes específicas. É o médico que preenche esse perfil, pois com seus atos consegue oferecer maior segurança e eficácia em benefício do paciente”.

Diante desse cenário e com a união de esforços definida, a ABORL-CCF, a SBD e a SBCP devem buscar sensibilização dos brasileiros, dos membros do Poder Judiciário e dos tomadores de decisão com respeito ao tema. A intenção é conscientizar a todos sobre os riscos à vida e à saúde que têm sido causados pelas práticas de não médicos ao realizarem procedimentos estéticos invasivos e coibir essas práticas.  

“O médico especialista é o profissional que detém a indivisível autorização e competência para exercer procedimentos médicos. Ao unirmos esforços, nossas entidades firmam um pacto pela defesa do ato médico, das boas práticas da medicina e da valorização do título de especialistas. Irmanadas, nossas três sociedades médicas manifestarão uma resposta firme contra os excessos”, concluiu Dênis Calazans Loma, presidente da SBCP.


13 de julho de 2021 0

Problemas no acesso a equipamentos que permitem tratamento e inexistência de medicamentos específicos para o controle da doença são realidades que afetam as pessoas que vivem com vitiligo. No Brasil, mais de um milhão de pessoas manifestam essa condição (0,5% dos brasileiros). No mundo, a doença atinge, em média, 1% da população. Em 25 de junho, dia dedicado ao tema pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) se une ao movimento em pela conscientização sobre esse tema diversas vezes negligenciado pela população e aponta gargalos no campo da assistência que devem ser superados.

Uma das críticas da SBD com relação ao manejo dos pacientes reside na dificuldade de acesso desse grupo às câmaras de fototerapia espalhadas pelo País, fenômeno que ocorria mesmo antes da pandemia de covid-19.

“Temos essas câmaras em hospitais universitários e serviços particulares. A SBD tem ajudado, ao longo das gestões, os serviços credenciados a desenvolverem um serviço de fototerapia, mas há outras doenças que também necessitam desse tratamento, como psoríase, linfoma cutâneo, por exemplo. Muitas vezes, os hospitais conseguem colocar alguns pacientes de vitiligo na fototerapia, mas não dão vazão à demanda. É uma luta para que nós aumentemos o acesso deles a um tratamento adequado do vitiligo, incluindo o tratamento fototerápico”, declara a coordenadora do Departamento de Fotobiologia da SBD, Ivonise Follador.

Medicação – O assessor do Departamento de Biologia Molecular Genética e Imunologia da SBD, Caio de Castro, concorda que existe, no Brasil, pouca oferta de máquinas de fototerapia para a população. Além disso, ele aponta um outro problema para as pessoas com vitiligo, no mundo inteiro: a falta de medicação específica para a doença.

Além da inexistência de produtos específicos, o especialista alerta que os pacientes com vitiligo devem evitar cremes à base de hidroquinona, que podem piorar os sinais da doença. Castro faz ainda uma recomendação ao portador: se tem tendência a ter vitiligo em área de trauma, evite esportes de contato. A dica é principalmente para as crianças. “Se em áreas onde há trauma surge uma nova lesão, o paciente deve trocar, por exemplo, o jiu-jitsu pela natação”, finaliza.

Outro ponto importante para esse segmento da população é o suporte psicológico, conforme destaca Ivonise Follador. “Precisamos perceber o impacto negativo da mancha no paciente, os medos que existem, e estimular, se for o caso, a busca do suporte em psicoterapia. Isso pode ajudar a prevenir a diminuição da autoestima, o surgimento da insegurança, da depressão e da ansiedade”, ressaltou, lembrando ainda da relevância do papel do médico no seguimento dos casos.

Orientações – Preocupada com o tema, em 2020, a SBD publicou o “Manual Prático de Fototerapia”. Com textos objetivos e didáticos, tem uso garantido em consultório, clínicas e hospitais que atendem pacientes em busca desse procedimento, inclusive pessoas com vitiligo. No mesmo ano, os Anais Brasileiros de Dermatologia (ABD), divulgaram o “Consenso sobre Tratamento do Vitiligo”. O trabalho constitui um guia para tratamento clínico e cirúrgico da doença.

Coloração – O vitiligo é caracterizado pela perda da coloração da pele em virtude da destruição dos melanócitos, células que formam a melanina. Ele não é contagioso, mas causa sequelas emocionais em virtude da discriminação sofrida por pessoas portadoras.

Segundo Ivonise, 25% dos casos aparecem antes dos 10 anos de idade, 50% até 20 anos, e de 70% a 80% antes dos 30 anos. “O Dia Mundial é importante, pois ajuda os pacientes a verem que não estão sós, que existem perspectivas e que há casos de regressão importante das manchas. O mais importante acreditar e fazer um tratamento sério. Existem resultados muito positivos no tratamento. Não ter cura, não quer dizer não ter tratamento”, disse.

O vitiligo pode se manifestar de seis formas: focal (manchas pequenas em uma área específica do corpo); mucosal (manchas somente nas mucosas, como lábios e região genital); segmentar (manchas distribuídas unilateralmente, apenas em uma parte do corpo); acrofacial (manchas nos dedos e em volta da boca, dos olhos, do ânus e genitais); comum (manchas no tórax, abdome, pernas, nádegas, braços, pescoço, axilas e demais áreas acrofaciais); e universal (manchas espalhadas por várias regiões do corpo).

Atualmente, o tratamento do vitiligo é feito com fototerapia com radiação ultravioleta B banda estreita (UVB-nb), fototerapia com ultravioleta A (PUVA), laser, além de técnicas cirúrgicas de transplante de melanócitos. “Estão sendo pesquisados ainda tratamentos tópicos, à base de inibidores de prostaglandinas e à base de inibidores de JAK, por exemplo. Mas, certamente, aparecerão outras medicações em médio prazo. O importante é que o paciente procure ajuda, tenha apoio médico e psicológico e não deixe que a doença o tire do seu propósito de vida”, explica Ivonise.


13 de julho de 2021 0

A abordagem de temáticas e necessidades específicas da população transgênero está sendo incorporada aos programas de formação de médicos especialistas na prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças de pele, cabelos e unhas. A iniciativa é da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) que, com o apoio de serviços de Residência Médica credenciados, passou a estimular essa qualificação durante essa fase. Atualmente, há 90 desses cursos ligados à entidade, com aproximadamente 900 residentes inscritos.

Além desse cuidado com os futuros especialistas, a SBD também tem realizado iniciativas com foco nos mais de 10 mil dermatologistas brasileiros já em atividade. O atendimento à população transgênero no País tem sido discutido em congressos e atividades de educação continuada. Isso acontece porque esse segmento populacional, sobretudo durante a fase de transição, está sujeito a uma série de manifestações dermatológicas que exigem um profissional capacitado para atendê-lo.  
“Acreditamos numa dermatologia de todos, e para todos. Nesse sentido, os médicos da nossa especialidade estão sempre buscando aperfeiçoamento técnico e clínico para dar respostas aos pacientes em suas demandas. É que acontece também nas questões envolvendo a população trans, que merece respeito e um atendimento adequado às suas necessidades”, disse o presidente da SBD, Mauro Enokihara.

As peculiaridades da assistência aos transgêneros resultam quase sempre de efeitos dos tratamentos hormonais, estéticos e cirúrgicos para feminização ou masculinização da face e do corpo. Por exemplo, as mulheres trans, que usam estradiol em combinação com um antiandrogênico (espironolactona ou um inibidor da 5-alfa redutase), podem apresentar redução rápida e persistente na produção de sebo e, por isso, desenvolver xerodermia, prurido e alterações eczematosas.

Além disso, é muito comum que mulheres trans procurem tratamentos para remoção de pelos, como a depilação a laser, e outros procedimentos minimamente invasivos para feminização da face. Já entre os homens trans, que usam testosterona com regularidade, são frequentes os quadros de alopecia androgenética e de acne. O uso incorreto de binders, ou de outros métodos para comprimir e ocultar os seios, também pode acarretar problemas na pele.  

Procedimentos – Além da hormonioterapia, alguns indivíduos trans podem necessitar do suporte dos médicos dermatologistas para reparar cicatrizes inestéticas, deixadas por procedimentos cirúrgicos de afirmação de gênero, como a retiradas das mamas (mastectomia), em homens trans, e a depilação pré-operatória nas mulheres trans que passarão pela vaginoplastia. Os dermatologistas também são capazes de tratar dermatoses nas neogenitálias e de lidar com outras questões comuns enfrentadas pela população transgênero, como as possíveis complicações do uso de silicone industrial.

“Hoje em dia esses problemas continuam acontecendo, pois parte das mulheres trans ainda vive marginalizada, devido ao estigma social e com dificuldade de acesso aos serviços de saúde. Isso as leva a recorrerem a não médicos no processo de transição, iniciado por conta própria, por meio do uso de hormônios sem prescrição e de injeções de silicone industrial, principalmente como preenchedor corporal”, disse Marcio Serra, um dos coordenadores do Departamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis e Aids da SBD e professor colaborador do Serviço de Dermatologia do Hospital Universitário Gaffrée Guinle (RJ) da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).

Infecções – Segundo aponta Márcio Serra, a maior parte das desordens dermatológicas nos transgêneros estão relacionadas à terapia hormonal, que também pode causar xerose e eczemas nas mulheres trans, além de complicações em cirurgias de afirmação de gênero. No entanto, o cuidado dermatológico dessas pessoas não se limita apenas aos aspectos da transição.

“Mulheres trans, por exemplo, têm maior risco de contaminação por infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e HIV, que podem apresentar sinais e sintomas por meio de manifestações dermatológicas”, completa Felipe Aguinaga, também coordenador do Departamento de IST e Aids da SBD e chefe do Ambulatório de Dermatologia e Diversidade de Gênero, do Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay, da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (RJ).

Desafios – Pessoas trans possuem as mesmas necessidades básicas de saúde de quaisquer outras, mas precisam de uma série de cuidados que exigem competências adicionais do médico dermatologista, sem contar com maior tato no processo de atendimento, afirmam os especialistas.

Infelizmente, em decorrência do despreparo de alguns profissionais de saúde para acolher essa parcela da sociedade, ainda há relatos de situações de homofobia e transfobia. Por isso, os coordenadores do Departamento da SBD acreditam que há pacientes que evitam procurar o Sistema Único de Saúde (SUS) com receio de serem vítimas de preconceito e discriminação. Estudos apontam que dois terços dos pacientes LGBTQIA+ referem problemas desse tipo, inclusive pela dificuldade de se identificarem.

“É preciso ter sensibilidade na hora de colher informações, como orientação sexual, identidade de gênero e comportamentos sexuais, já que são dados clinicamente relevantes. Algumas recomendações simples têm amplo impacto na melhora da relação com esses pacientes: respeito ao nome social, uso de pronomes corretos, utilização de formulários que sejam inclusivos e oferecimento de opções de identidade de gênero não binárias (pessoas que não se identificam com o gênero masculino ou o feminino)”, afirma Aguinaga.

Serra lamenta a falta de médicos e membros das equipes de saúde preparados para lidar com as questões particulares da população LGBTQIA+. São profissionais às vezes com dificuldades de assimilar e tratar as demandas específicas. Por isso, Aguinaga considera “essencial a promoção de iniciativas educacionais para que esse grupo – médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, dentistas e até os integrantes das equipes administrativas, entre outros – sejam capacitados para lidar com esses pacientes, oferecendo-lhes a melhor assistência possível”.

População trans – Em janeiro, a revista científica Nature, publicou artigo que afirma que 1,9% da população brasileira (aproximadamente 4 milhões de pessoas) se identifica como transgênero ou não binário. Apesar desse grande número, os canais para atendimento das demandas específicas são poucos. Segundo o Ministério da Saúde (MS), hoje existem apenas cinco centros no SUS que oferecem atendimentos complexos à população trans, como cirurgias de redesignação sexual e acompanhamento pré e pós-operatório.

São eles: Hospital das Clínicas de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul; Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, em Goiânia; Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, em Recife; Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, na capital paulista; e Hospital Universitário Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro. Devido à insuficiência na rede pública para a realização desse e de outros tipos de procedimentos, muitas pessoas trans recorrem ao atendimento na rede particular para agilizar o processo de transição.

Por isso, a demanda tem sido cada vez mais comum nos consultórios dermatológicos. Diante desse panorama, a SBD investe na atualização dos seus especialistas para viabilizar assistência de excelência à população trans, considerando suas necessidades e demandas específicas.  

Na avaliação de Felipe Aguinaga, é importante que a população trans consiga reconhecer os médicos dermatologistas como profissionais prontos e capacitados para amenizar as disparidades de saúde e melhorar sua qualidade de vida. Afinal, aponta, é uma especialidade com interface direta com a autoestima e com os efeitos decorrentes do processo de afirmação de gênero que tem inúmeras interseções com a pele.

“Há compromisso crescente de todas as áreas da medicina para compreender e melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas trans e de outras minorias. Neste sentido, a dermatologia, em seus diversos campos de atuação, desponta como uma especialidade essencial para acolher várias dessas demandas”, salienta o especialista que, apenas na unidade pública onde trabalha, recebe cerca de 30 pacientes com esse perfil por mês.

Conexão SBD – O tema “Dermatologia e Saúde LGBT” também foi abordado na primeira edição do Conexão SBD, iniciativa da entidade que discute, por meio de encontros online, tópicos de interesse da especialidade. As principais infecções sexualmente transmissíveis (IST) na população LGBT, aspectos dermatológicos no paciente transgênero e procedimentos cosmiátricos foram alguns assuntos debatidos pelos médicos dermatologistas Felipe Aguinaga e Márcio Serra. Também esteve em pauta a necessidade de se ter formas de promoção de cuidado mais acolhedoras para pacientes que fazem parte de minorias sexuais ou de gênero.

“Como identidade de gênero e a orientação sexual são informações autodeclaradas, durante o atendimento é importante o médico evitar fazer suposições. Enquanto identidade de gênero se refere a como o indivíduo se identifica (masculino e/ou feminino), a orientação sexual está ligada a como o indivíduo se relaciona sexual e afetivamente”, explica Aguinaga.

Clique aqui para assistir ao Conexão SBD

Em 2011, o Ministério da Saúde reconheceu identidade de gênero e orientação sexual como determinantes sociais de saúde. Por meio da Política Nacional de Saúde Integrada População LGBT, propõe diferentes ações de eliminação das iniquidades e desigualdades dessa população e de acolhimento das necessidades de saúde.

“Pessoas que fazem parte de minorias sexuais são mais vulneráveis ao HIV e às infecções sexualmente transmissíveis, isso porque essas pessoas têm práticas sexuais e hábitos específicos. Se nós, como médicos, desconhecermos essas necessidades, podemos deixar de fazer alguns diagnósticos”, informa.


12 de julho de 2021 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) comunica o falecimento do médico dermatologista Luiz Henrique Santiago. O fato ocorreu no domingo, 11 de julho, no Ceará.

Além de sua prática médica, Luiz Henrique Santigo teve destacada atuação institucional. Ele foi um dos mais atuantes membros da Câmara Técnica de Dermatologia do Conselho Regional de Medicina do Ceará (Cremec).

Também fez parte de várias diretorias da SBD-Regional Ceará e foi participante assíduo de grandes eventos da SBD Nacional, como o Congresso Brasileiro de Dermatologia.

Inclusive, Luiz Henrique foi um dos colaboradores que se destacou durante os preparativos da 63ª edição do evento, realizada em Fortaleza (CE), em 2008.

A SBD manifesta solidariedade aos familiares, colegas e amigos de Luiz Henrique Santiago.


9 de julho de 2021 0

Você sabia que é permitido aos médicos conceder entrevistas e publicar artigos sobre assuntos médicos com fins estritamente educativos? Sabia também que anúncios médicos devem conter dados como nome do profissional, especialidade registada no CRM, número do CRM e RQE? Quer entender de forma mais ampla a quais princípios a publicidade médica deve obedecer?

Para responder às principais dúvidas dos especialistas sobre publicidade médica, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) preparou um Conexão SBD especial sobre o tema. O encontro acontecerá no próximo dia 24, às 9h.

Na oportunidade, estarão presentes experts na área tanto da SBD quanto de outras sociedades de especialidade para debater esse importante e atual tema da prática médica.

O Conexão SBD – Edição Especial sobre o tema “Fronteiras da publicidade médica” será aberto a todos os associados. A senha de acesso é a mesma utilizada para a área restrita do site e no aplicativo da entidade.

Confira abaixo a programação completa:

Moderadores: Mauro Enokihara e Geraldo Magalhães

Abertura
09h00
Mauro Enokihara (Presidente da SBD 2021-2022)

Introdução
09h05 – Limites legais da publicidade médica
Marcelo Versiani (Conselheiro CRM-MG)

09h20 – Discussão

09h35 – Limites éticos da publicidade médica
Sérgio Palma (Membro da CODAME)

09h50 – Discussão

Publicidade médica nos dias atuais
10h05 –  Perspectiva da cirurgia plástica
Denis Calazans (Presidente da SBCP)

10h20 – Perspectiva da dermatologia
Claudia Maia (Membro da CEDP-SBD)

10h35 – Discussão
10h50 – Intervalo

Encerramento
11h00 – Os desafios do CFM na atualização da Resolução sobre a Publicidade Médica
Adriano Sérgio Freire Meira (Conselheiro CFM)

11h30 – Discussão

 

 


9 de julho de 2021 0

Os médicos dermatologistas têm até sexta-feira (9) para aproveitar o desconto do primeiro lote de inscrições para o 75° Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Maior evento da especialidade no País, o encontro ocorrerá de forma presencial em São Paulo, de 25 a 28 de agosto de 2022.

Clique aqui e faça a sua inscrição

Por conta da pandemia de covid-19, o evento inicialmente previsto para 2020 foi adiado. Com a perspectiva de superação da crise sanitária, o presidente do Congresso, Cyro Festa Neto, ressalta a alta expectativa de todos para vivenciar o encontro pessoalmente.

“O DNA do Congresso da SBD sempre foi presencial. Fazê-lo à distância seria se contrapor à tradição. Em virtude deste fato, foi decidido que o evento manterá a sua origem nesta próxima edição, focado nos principais temas da dermatologia, com abrangência em suas diferentes áreas”, destacou.

Atividades – A programação do evento contará com 113 atividades científicas, sendo: 17 cursos teóricos, seis cursos práticos em vídeo, 34 simpósios, 29 fóruns, 12 reuniões de Departamentos da SBD, quatro sessões anatomoclínicas, cinco sessões especiais e seis sessões plenárias. O Congresso será realizado no Pavilhão 2 do São Paulo Expo & Exhibition Center.

A Comissão Organizadora conta ainda com os médicos dermatologistas: José Antônio Sanches Jr, vice-presidente do Congresso; Walter Belda Jr, secretário-geral; Celina W. Maruta, secretária adjunta; e Vitor Manoel Reis, tesoureiro.

 


7 de julho de 2021 0

O SBDcast traz um episódio feito sob medida para os médicos dermatologistas que querem se aprofundar na prescrição de antioxidantes orais. Convidada especial do programa, Marcelle Nogueira, assessora do Departamento de Dermatologia Geriátrica, ajuda a esclarecer inúmeras dúvidas relacionadas ao tema.

As doses e possíveis efeitos adversos da coenzima q10 e vitaminas C e E, assim como a pertinência do uso do ácido hialurônico oral, estão entre os tópicos abordados. Numa conversa leve e descontraída com Beni Grinblat, 2º secretário da SBD, ela falou ainda sobre a importância de critérios na prescrição. Segundo Marcelle Nogueira, o médico dermatologista deve ter atenção redobrada nas dosagens e indicações dos antioxidantes orais, em especial porque uma mesma pessoa pode estar sendo exposta a substâncias semelhantes, receitadas por especialistas de diferentes áreas da medicina.

Criado pela Gestão 2021-2022, o SBDcast é um espaço de atualização exclusivo para os associados. Sempre às quartas-feiras uma nova edição é disponibilizada. Para ouvir todas os episódios, basta acessar a área restrita do portal ou o aplicativo da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

 


6 de julho de 2021 0

É recomendável o uso do WhatsApp numa consulta médica por telemedicina? Quais são os cuidados na hora de mostrar uma lesão de pele via webcam? No atendimento à distância, o paciente tem direito a retorno? Há limites para o atendimento mediado via online? Essas são algumas das perguntas que encontram respostas em um guia lançado, nesta semana, pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). O documento de 84 páginas chega para ajudar os profissionais e a população no manejo dessa nova abordagem.

O Manual de boas práticas em teledermatologia também oferece orientações importantes para a condução dos encontros. Na avaliação da SBD, esse tipo de consulta deve acontecer, idealmente, após um primeiro encontro presencial entre médico e paciente, que, juntos, definem sobre a possibilidade de dar seguimento ao atendimento via online. No texto, também são destacadas a importância da identificação do paciente (certificar se é mesmo a pessoa que se apresenta) e de se registrar tudo em prontuário, inclusive a autorização prévia do paciente para o exercício da teledermatologia, com referências à plataforma utilizada e ao horário (com início e término) de cada sessão.

Outro tema abordado são os pacientes vulneráveis. Quanto a isto, recomenda-se que idosos e crianças, em especial menores de 12 anos, contem com um acompanhante nas sessões, como nas consultas presenciais. O direito do paciente ao retorno de consulta também é tratado pelo Manual, que sugere que o tema seja acordado entre as partes, respeitando-se as normas e leis vigentes (Resolução CFM nº 1.958/2010).

Critérios – No entendimento da SBD, para que a telemedicina no diagnóstico e tratamento de doenças dermatológicas ocorra de forma segura e eficaz devem ser observados, por médicos e pacientes, alguns critérios técnicos e éticos, como o uso de plataformas adequadas para esta finalidade, o preenchimento de condições mínimas na hora da consulta ou exame (iluminação, áudio, imagem, etc) e a garantia de sigilo no trato de dados e informações.

Os esclarecimentos sobre esses tópicos, e outros, aparecem ao longo do Manual de boas práticas em teledermatologia, que aborda – de forma clara e objetiva – aspectos que fazem a diferença durante consultas e exames à distância. Autorizada no Brasil desde o início da pandemia, sem a necessidade de médicos nas duas pontas, a telemedicina tem crescido significativamente nos últimos meses, o que exige dos profissionais e da população preparo para uma nova realidade.

“Acreditamos que a prática médica será afetada definitivamente pela telemedicina. É um contexto que deve perdurar, mesmo após o fim da pandemia. Por isso, cabe aos médicos dermatologistas estarem preparados para oferecer aos pacientes os melhores resultados possíveis”, afirma o presidente da SBD, Mauro Enokihara. Ele conta que, além do Manual, a Gestão 2021-2022 já organizou lives e cursos sobre o tema, com boa adesão por parte dos especialistas.

Limites e cuidados – Para a eficiência da teledermatologia, o Manual recomenda que para o envio de imagens sejam seguidas dicas práticas que cobrem do registro das lesões (com orientações sobre iluminação e ângulo para tirar a fotografia) até os cuidados durante a transmissão e as configurações recomendadas para os equipamentos.  Sobre esse assunto, o documento alerta para as fragilidades da teledermatologia no mapeamento de nevos, na visualização de áreas com pelos e de lesões pigmentadas e em mucosas.

Além das orientações gerais, o Manual apresenta um breve histórico sobre o emprego da telemedicina pela dermatologia. De acordo com os registros, os Estados Unidos sediaram as primeiras experiências de atendimento dessa especialidade à distância, em 1967. No Brasil, a inovação chegou quase três décadas depois, em 1995, em discussões realizadas no âmbito da Regional São Paulo da SBD. Em 2002, com o envolvimento da Universidade de São Paulo (USP) foi realizada uma campanha multicêntrica, baseada na troca de dados à distância.

No Manual da SBD, o leitor encontrará ainda a definição dos principais termos adotados pela área e as referências legais e éticas para realização dos atendimentos. Também são esclarecidas, objetivamente, dúvidas de médicos e pacientes, como, por exemplo, se uma consulta dermatológica por ser feita com o suporte do Whatsapp ou se um profissional que oferece atendimento à distância precisa contar com um serviço de suporte técnico à disposição permanente.

Documento – “Todo conteúdo foi baseado nas principais a legislações atualmente em vigor no Brasil e no mundo, bem como na expertise de alguns dos maiores especialistas no tema no País. Esse Manual expressa a preocupação da SBD em fornecer as melhores referências técnicas e éticas com vistas à proteção e segurança dos médicos e dos pacientes”, ressaltou Daniel Holthausen Nunes, coordenador do Departamento de Teledermatologia da SBD, que participou da elaboração do documento.

Além dele, contribuíram com a iniciativa os médicos Fabiane Noronha Bergonse, mestre pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP); Marcelo Caldeira Guimarães Wieser, ex-presidente da SBD-RESP; e Omar Lupi, ex-presidente da SBD. Também participaram as assessoras do Departamento: Aline Lissa Okita e Karen Scherer Bastos. A revisão ficou a cargo de Chao Lung Wen, chefe da disciplina de Telemedicina do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

 


6 de julho de 2021 0

Não tem neve, como costumamos ver no hemisfério Norte, mas no Brasil o inverno não deixa de fazer com que muita gente trema de frio. Além da queda na temperatura, sobretudo nos estados do Sul, a população passa a conviver com a baixa umidade do ar, escassez das chuvas e ventos fortes. E com um agravante: a associação desses fatores causa danos à pele e aos cabelos, exigindo cuidados recomendados pelos médicos dermatologistas.

Neste ano, no Brasil, o período do inverno, que começou em 21 de junho, vai até 23 de setembro. Até lá, a atenção deve ser redobrada para que sua autoestima, saúde geral e da pele sejam conservadas. Os especialistas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) enumeram a seguir uma série de dicas simples para serem incorporadas à rotina diária. Mas avisam: se perceber situações fora da normalidade ou lesões na pele, marque uma consulta médica para uma avaliação mais criteriosa.

Além dos cuidados específicos nesta época do ano, detalhados abaixo, os médicos dermatologistas reiteram outros que valem para todos os meses:  mantenha uma alimentação saudável e equilibrada; tome sempre água; pratique atividades físicas; e adote o hábito do uso diário e contínuo do protetor solar, ao sair ao sol e em todas as áreas da pele não cobertas pela roupa. A seguir, confira as recomendações extras para o inverno.

Cuidados com os cabelos – Nesta época do ano, em que os banhos quentes são mais comuns, a SBD reforça a necessidade da hidratação extra para conter danos aos cabelos. Isso porque o calor excessivo da água altera as características dos fios e do couro cabeludo, podendo provocar um aumento da queda de cabelos e/ou da caspa.

A coordenadora do Departamento de Cabelos da SBD, Fabiane Brenner, explica que a água quente retira a proteção dos fios, deixando-os mais ressecados e sem hidratação natural. “Para proteger os fios e preservar o brilho nos cabelos, devem ser adotadas medidas simples, que incluem banhos rápidos e com água morna, além do uso de condicionadores que favoreçam a hidratação. Pessoas com tendência à seborreia (oleosidade excessiva) devem utilizar xampus anticaspa pelo menos uma vez por semana”, explica.
 
Os xampus adstringentes não são aconselháveis, pois ressecam mais a haste capilar. “Uma opção são os xampus micelares e cremes limpadores para eliminar a sujeira sem remover a camada de gordura que auxilia na manutenção dos fios saudáveis e do couro cabeludo hidratado”, afirma Fabiane Brenner. O uso mensal dos óleos vegetais, como os de coco, argan, uva, manteiga de karité e amêndoas, também é recomendado.

Cuidados com a pele – Vento frio, banhos demorados, com excesso de sabonete e água muito quente. Essa é a combinação que pode piorar ou predispor a pele ao ressecamento neste período do ano. A coordenadora do Departamento de Cosmiatria Dermatológica da SBD, Edileia Bagatin, avisa que, diante desse cenário, a pele mais seca não é uma condição grave, mas pode gerar coceira, descamação e dermatite irritativa (a pele fica rosada ou avermelhada), sobretudo no rosto, nos braços e nas pernas. Portanto, é necessária atenção redobrada.

Entre os cuidados básicos recomendados pela especialista da SBD, destacam-se o uso diário de hidratante e os banhos rápidos, de preferência mornos e pouco sabonete. “A orientação é fazer a hidratação logo após sair da ducha. Esse é o momento no qual a pele úmida absorve melhor o creme e são obtidos os benefícios dos produtos. Além disso, é importante evitar o uso de buchas, já que elas esfoliam pele, retiram a proteção natural ou o manto hidrolipídico superficial, danificando a barreira cutânea”, orienta Edileia.

Pessoas com pele oleosa devem utilizar hidratantes oil free em áreas específicas, como rosto e tórax, acrescenta a coordenadora do Departamento da SBD. Já pacientes que possuem dermatoses inflamatórias  como psoríase, dermatite atópica, eczema e rosácea – precisam ser ainda mais cautelosos nesta época do ano, pois o clima mais frio é um fator que pode levar à piora dessas doenças.

Cuidados com os lábios – Outra parte do corpo que merece um cuidado extra durante o inverno são os lábios, que são muito sensíveis ao frio e, sem cuidados, podem apresentar rachaduras. “Para cuidar dos lábios, existem hidratantes específicos que previnem o ressecamento, quando aplicados várias vezes ao dia. Alguns deles podem inclusive conter proteção solar (FPS) e substâncias eficientes na hidratação, a exemplo da manteiga de karité e a vitamina E. Nunca se deve molhar os lábios com a saliva quando houver a sensação de secura, pois pode piorar e causar irritação”, afirmou a coordenadora do Departamento de Cosmiatria Dermatológica da SBD.

Ainda de acordo com Edileia Bagatin, é recomendável beber muita água por dia. Não há um limite bem estabelecido, mas é importante não esquecer de beber água, várias vezes ao dia, mesmo que não sinta sede.

Segundo ela, as pessoas tendem a sentir menos sede em dias frios. “No entanto, manter o equilíbrio hídrico do corpo é essencial, sobretudo para crianças e idosos. Nesse sentido, vale ressaltar também a importância de uma alimentação balanceada, contendo frutas, legumes, verduras e proteínas para evitar as deficiências nutricionais, em qualquer época do ano, para manter a saúde como um todo”, informa. Para saber mais, visite o portal: www.sbd.org.br

 





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