Pesquisa do Datafolha revela: brasileiros desconhecem e têm preconceito com relação à dermatite atópica, doença que afeta milhões de pessoas



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23 de setembro de 2021 0

23/09/2021 08:23


 

Três em cada dez brasileiros acreditam que a dermatite atópica, uma doença caracterizada por pele seca, lesões avermelhadas e coceira intensa, é um problema de saúde contagioso, ou seja, que pode ser transmitido pelo contato direto. Essa visão equivocada indica o preconceito com respeito a esse quadro que afeta de 15% a 25% das crianças e cerca de 7% dos adultos. A conclusão aparece em pesquisa, divulgada nesta quinta-feira (23) pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).  O trabalho foi realizado pelo Instituto Datafolha, com apoio institucional da biofarmacêutica AbbVie.

Nesta data (23/09), quando se comemora o Dia da Conscientização da Dermatite Atópica, a SBD revela que na percepção de 47% da população, essa enfermidade é causada por maus hábitos de higiene; 46% acreditam, erroneamente, que o paciente não poderia ter contato com crianças; e 36% entendem que pessoas com manifestações visíveis não deveriam sair de casa, ir à escola ou ao trabalho. No entendimento de 33%, elas não poderiam até mesmo usar o transporte público.

“É preciso combater o preconceito contra pessoas que apresentam a dermatite atópica. Trata-se de um problema de saúde que causa desconforto, mas pode ser tratado com a ajuda de médicos dermatologistas, com o apoio de outros profissionais da saúde. Neste processo, os pacientes devem ser respeitados em sua individualidade, evitando-se posturas agressivas ou restritivas contra eles”, ressaltou Mauro Enokihara, presidente da SBD, que neste mês promove uma campanha de conscientização sobre o tema.

Percepção – O preconceito é mais um sintoma visível da dermatite atópica, conforme demonstra o estudo que ajuda a compreender um pouco sobre a percepção que cerca esse problema de saúde. Os dados demonstram que, apesar de relativamente comum em diferentes faixas etárias, a dermatite atópica (DA) ainda é desconhecida por boa parte dos brasileiros. A pesquisa mostra que menos da metade da população (37%) a reconhece, e mesmo entre este público o conhecimento ainda é parcial.

A falta de informação leva apenas 4% dos entrevistados que conhecem a doença a afirmarem corretamente que dermatite atópica e eczema atópico são sinônimos. Para 21% deles, trata-se de uma reação alérgica e outros 21% a veem apenas como uma doença de pele. No entanto, entre os que ouviram falar sobre eczema atópico, 58% não sabem o que é a enfermidade.

Embora 59% dos brasileiros tenham apresentado pelo menos um dos sintomas característicos da dermatite atópica, o diagnóstico para esta doença ocorreu em apenas 1% dos casos. Outros 2% foram diagnosticados como alergia. Para o vice-presidente da SBD, Heitor de Sá Gonçalves, esse resultado revela duas situações.

“Em primeiro lugar, muitas pessoas não procuram a ajuda dos médicos para tratarem o desconforto causado pelas lesões e coceiras. Além disso, sabemos que há dificuldade de os próprios médicos reconhecerem os quadros que indicam a presença deste problema de saúde na população, o que impede o diagnóstico correto”, disse.

Sintomas – Os dados confirmam este entendimento. A pesquisa revelou que cerca de metade dos adultos que apresentaram três ou mais sintomas de dermatite atópica não procurou um médico (53%). Entre os que procuraram ajuda especializada, 33% dos pacientes e 67% dos cuidadores (ou responsáveis por crianças até 15 anos) precisaram ir em dois ou mais médicos diferentes em busca do tratamento adequado.

Tanto entre os adultos (32%) quanto entre as crianças (46%), o principal diagnóstico foi “alergia”. Por fim, ainda que apresentassem vários sinais, 34% dos adultos e 23% das crianças saíram das consultas sem diagnóstico, ainda que 44% dos pacientes e 54% dos cuidadores tenham alegado que a intensidade dos sinais e sintomas é moderada ou grave.

De acordo com o relato dos entrevistados, entre os pacientes adultos, 50% apresentam pelo menos quatro dos cinco sintomas da enfermidade como coceira (87%), pele seca (86%), pele irritada com vermelhidão (73%), descamação (55%) e ‘pequenas bolhas que se rompem e minam água’ (37%). Dentre eles, embora 28% relatem a presença de sintomas desde a infância, apenas 36% foram diagnosticados.

Entre os entrevistados com até dois sintomas, sete em cada dez não procuraram um médico (69%). Dos que buscaram, 26% dos adultos e 56% das crianças foram diagnosticados como alergia e 40% dos adultos e 52% das crianças não receberam nenhum diagnóstico, apenas recomendações e medicamentos.

Dermatologia – Com relação à especialidade da medicina indicada para tratar a dermatite atópica, os entrevistados reconhecem na dermatologia a mais preparada. Entre os brasileiros sem sinais da doença, 69% disseram que procurariam um dermatologista, 13% buscariam um clínico geral e 2% um alergista/imunologista.

“A percepção dos entrevistados sobre a dermatologia como sendo a área mais preparada para diagnosticar e tratar a dermatite atópica serve de estimulo aos nossos especialistas para que continuem a se qualificar para o oferecer aos pacientes e seus familiares o melhor atendimento”, finalizou o presidente da SBD.

A pesquisa do Datafolha ouviu 1.001 pessoas de todas as regiões do país, por telefone, entre 9 e 23 de outubro de 2020. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%. Com idade média de 43 anos, esse grupo foi composto por 52% de mulheres, com idade média de 43 anos e 49% com renda familiar de até dois salários mínimos. Deste universo, 67% são economicamente ativos, sendo 19% assalariados registrados e 12%, trabalhadores temporários.


22 de setembro de 2021 0

Quem acompanhar o episódio do SBDcast dedicado ao corticoide oral terá acesso a uma atualização prática sobre como fazer o uso dessa substância. São abordados aspectos como critérios para escolha do medicamento, definição das doses para pacientes com dermatoses graves e exames solicitados para tratamento de longo prazo.

Neste programa, a professora Celina Wakisaka Maruta, do Departamento de Dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, compartilhou sua experiência no uso da corticoterapia em bate-papo com Flávia Vasques Bittencourt, coordenadora científica da SBD.

Apaixonada pelo tema, Celina Maruta ainda fez uma abordagem ampla sobre os efeitos colaterais do corticoide oral e os fatores de risco para seu surgimento, assim como o esquema para a redução do uso deste medicamento.

O SBDcast é um serviço exclusivo e gratuito para associados da SBD criado pela gestão 2021-2022. Toda quarta-feira é disponibilizado um novo episódio no aplicativo ou na área do associado no site da Sociedade.

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22 de setembro de 2021 0

22/09/2021 04:00


 

Quem acompanhar o episódio do SBDcast dedicado ao corticoide oral terá acesso a uma atualização prática sobre como fazer o uso dessa substância. São abordados aspectos como critérios para escolha do medicamento, definição das doses para pacientes com dermatoses graves e exames solicitados para tratamento de longo prazo.

Neste programa, a professora Celina Wakisaka Maruta, do Departamento de Dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, compartilhou sua experiência no uso da corticoterapia em bate-papo com Flávia Vasques Bittencourt, coordenadora científica da SBD.

Apaixonada pelo tema, Celina Maruta ainda fez uma abordagem ampla sobre os efeitos colaterais do corticoide oral e os fatores de risco para seu surgimento, assim como o esquema para a redução do uso deste medicamento.

O SBDcast é um serviço exclusivo e gratuito para associados da SBD criado pela gestão 2021-2022. Toda quarta-feira é disponibilizado um novo episódio no aplicativo ou na área do associado no site da Sociedade.


17 de setembro de 2021 0

Milhares de crianças brasileiras manifestam sinais e sintomas de dermatite atópica, um problema de saúde que causa desconforto dos pequenos e tira o sono de pais e responsáveis. Diante da alta incidência de dermatite atópica (DA) na população infantil, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) alerta os adultos sobre a importância de ficarem atentos às queixas e ao surgimento de manifestações na pele que possam ser indícios do aparecimento deste problema, que pode ter origem genética, não é contagioso e pode ser atenuado ou controlado com a ajuda de medicamentos e mudança de hábitos. 
 
Este é um dos temas abordados pela campanha "Dermatite atópica: atenção e cuidado com a sua pele", que a SBD promove até o fim do mês de setembro. A iniciativa tem o apoio institucional da Sanofi, Lilly, Abbvie e Pfizer. Para esclarecer dúvidas sobre os quadros que afetam o público infantil, a SBD realizará uma live voltada para a população em 23 de setembro, data em que será celebrado o Dia Nacional de Conscientização sobre Dermatite Atópica. 
 
O evento, que será realizado em parceria com a revista Crescer, será transmitido entre 19h30 e 20h30, nos perfis da publicação no Facebook e no Instagram. No encontro, as médicas dermatologistas Carolina Contin Proença, da Dermatologia Pediátrica da Santa Casa de São Paulo, e Silvia Assumpção Soutto Mayor, coordenadora do Departamento de Dermatologia Pediátrica da SBD e responsável pelo Setor de Dermatologia Pediátrica da Santa Casa de São Paulo, abordarão o tema “Por dentro da dermatite atópica: do diagnóstico ao tratamento”. A mediação ficará sob a responsabilidade da editora-chefe da Crescer, Ana Paula Pontes. 
 
Fatores desencadeantes – A DA pode aparecer em qualquer idade, geralmente na primeira infância, em bebês a partir dos três meses. A doença costuma desaparecer em aproximadamente 70% dos pacientes na adolescência. Alguns casos podem ter início na adolescência ou já na idade adulta. Silvia Soutto Mayor indica fatores que merecem atenção: "em geral, os sinais mais precoces de dermatite atópica são uma pele muito seca e a presença de coceira. Como o bebê ainda não tem coordenação motora desenvolvida, fica agitado, inquieto e chora”.  
 
Como se trata de uma doença com várias causas, o surgimento de quadros em crianças pode decorrer de alterações genéticas, de disfunções da barreira cutânea, resposta imunológica alterada, disbiose ou alteração do microbioma da pele. Também entram nesta lista alterações emocionais e ambientais, que funcionam como "gatilhos" para as crises. 
 
De acordo com a coordenadora do Departamento da SBD, banhos quentes e demorados, sabonetes que “desengorduram” muito a pele, uso de buchas ou esponjas no banho, roupas de lã ou sintéticas e alimentos alergênicos, como castanhas em geral, ovo e leite, podem agir como fatores que desencadeiam ou agravam as crises da DA. Além disso, o estresse emocional pode complicar o quadro e até mesmo ser gatilho para as crises. 
"Os pais devem se manter atentos e conversar com os filhos, principalmente quando há uma piora repentina da dermatite. Ao identificar a causa do estresse emocional fica mais fácil combatê-lo e, se necessário, lançar mão da ajuda de psicólogos ou até psiquiatras", avalia. 
 
Impactos psicológicos – Outro ponto levantado por Silvia Soutto Mayor são os impactos psicológicos que as crianças sofrem após serem diagnosticadas com dermatite atópica. Uma das consequências é o comprometimento da autoimagem do paciente por conta das lesões que aparecem no rosto e nas extremidades do corpo, como mãos, pés, orelhas, pescoço e nas dobras dos braços e joelhos. 
 
"Por conta disso, muitos jovens se tornam vítimas de bullying. É preciso orientar seu filho sobre o fato de que a dermatite não é contagiosa, não impede o convívio escolar e nem que ele brinque e socialize com outras crianças", enfatiza. Essa doença também afeta o processo de aprendizagem, pois a coceira impede a concentração e leva a distúrbios do sono.  "O aluno acorda várias vezes à noite, o que o faz se sentir cansado nas aulas. Além disso, ele pode sofrer com sonolência indesejada pelo uso de medicamentos para tratar a dermatite, como antialérgicos (anti-histamínicos). 
 
Para prevenir o agravamento de quadros ou o surgimento de crises, a especialista da SBD recomenda a aplicação constante de hidratantes, entre outros itens. "Os pais devem evitar o ressecamento excessivo da pele das crianças, dando banhos rápidos e mornos, hidratando a pele logo após o banho e evitando a transpiração excessiva, optando por tecidos leves, preferencialmente, de algodão", aconselha. 
 
Campanha em setembro – O lançamento desse alerta e a realização de várias ações durante o mês de setembro fazem parte da campanha que a SBD desenvolve sobre o tema da dermatite atópica. Para os dermatologistas membros da SBD será feita outra live, no dia 21 de setembro, que será transmitida no site do Conexão SBD. 
 
A campanha contará ainda com vídeos – voltados para o público leigo – em que médicos responderão as dúvidas sobre a dermatite. Também serão distribuídas peças em redes sociais, esclarecimentos sobre causas, sintomas e tratamentos serão publicados no site e redes sociais da SBD.  A SBD também criou um site dedicado a sanar dúvidas sobre a doença. 


16 de setembro de 2021 0

Um dos maiores especialistas em hanseníase do Brasil passou a figurar com destaque no ranking divulgado pela consultoria Expertscape que enumera os cientistas de diversos países que mais contribuíram com estudos relacionados a doenças negligenciadas no mundo na última década. O médico dermatologista Gerson Penna, docente do Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical (PPGMT) da Universidade de Brasília (UnB) e ex-diretor da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Brasília, figura na oitava posição. O professor também alcançou a primeira colocação no ranking entre profissionais desta área.

“Estar entre os dez cientistas que lideram este ranking e ser o primeiro colocado entre os dermatologistas me honra. Mas não trabalho sozinho. Para o nosso grupo de pesquisa, é um reconhecimento à entrega e ao trabalho diários", ressalta o professor sobre os esforços de pesquisadores da UnB e da Fiocruz em estudos sobre a hanseníase.

Levantamento – Para apontar este resultado, a Expertscape realizou levantamento em 3.489 artigos publicados na base de dados Publimed. Os textos foram publicados entre 2010 e 2021. Ao longo de sua trajetória, Gerson Penna registra mais de 200 artigos divulgados sobre hanseníase, numa produção relacionada a pesquisas sobre novos tratamentos e medicamentos, determinantes sociais e determinação genética de transmissão da doença.

Ao longo dos anos, Gerson Penna tem trabalhado em sintonia com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), colaborando em iniciativas para aperfeiçoar a assistência oferecida à população brasileira. Isso inclui a elaboração de relatórios que subsidiam a formulação de políticas públicas para doenças negligenciadas, coordenadas pelo Ministério da Saúde. 

Sua contribuição repercute também na formação dos dermatologistas e mesmo na capacitação de médicos de outras especialidades e de equipes de saúde para atuarem na prevenção, diagnóstico e tratamento da hanseníase no País. No entanto, ele alerta: “ainda existe um longo caminho a ser percorrido no combate às doenças negligenciadas”.

Carreira – Membro do Comitê Assessor em Hanseníase do Ministério da Saúde, Penna tem extensa trajetória dentro do serviço público, com participação em atividades nas áreas de ensino e de gestão em saúde, em especial na alta complexidade. Essa experiência tem reflexos em sua atuação, por conhecer as diferentes realidades e o impacto das medidas adotadas na ponta. “Costumo dizer que as pessoas pelas quais a gente trabalha nem sabem e nunca sequer saberão que existimos. Isso nos dá a humildade necessária [para atuar] nesses momentos”, ressaltou. 

Doutor em Medicina Tropical, pela Universidade de Brasília, e com pós-Doutoramento em Saúde Pública, pelo Instituto de Saúde Coletiva na Universidade Federal da Bahia, Penna também é Deputy Editor do PLOS Neglected Tropical Diseases. Para a SBD, o reconhecimento alcançado pelo professor é exemplo do compromisso com a luta contra as desigualdades na área da saúde. 

“Gerson Penna é um profissional que serve de exemplo para a dermatologia brasileira, pela forma como tem atuado, sempre preocupado em criar condições para impedir o surgimento de novos casos de hanseníase e dar atendimento digno aos pacientes com diagnóstico. Esperamos contar com sua contínua colaboração para reforçar essa frente de batalha no campo da saúde pública”, avaliou o vice-presidente da SBD, Heitor de Sá Gonçalves. 

Eliminação – Considerada uma doença negligenciada, a hanseníase esteve, por volta dos anos 2000, próxima da eliminação. Atualmente, ela tem avançado em muitos países, incluindo o Brasil, que perde apenas para a Índia em número de novos registros. Os dados do Ministério da Saúde apontam uma média de 30 mil novos casos da doença por ano no País. 

“Estamos atuando fortemente para prevenir o avanço da hanseníase. O professor Gerson Penna, juntamente com vários outros especialistas, tem oferecido conhecimento essencial a adoção de protocolos e práticas que beneficiam, em especial, o paciente. Trata-se de trajetória brilhante e digna de reconhecimento”, concluiu Sandra Durães, coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD. (Com informações das assessorias da UnB e Fiocruz)

 


16 de setembro de 2021 0

As alopecias são um importante tema no cotidiano do dermatologista. Por isso, são permanente motivo de debates em eventos da especialidade, com a apresentação de novas formas de tratamento. Para manter os associados atualizados, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) convidou o professor Celso Sodré, que tem uma extensa trajetória relacionada ao tema, para fazer alguns esclarecimentos no SBDcast, divulgado em 04 de agosto. 

Ele é responsável pelo Ambulatório de Alopecias do Hospital Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e um dos coordenadores do Centro de Estudo dos Cabelos do Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay, também no Rio de Janeiro.

Em sua participação no projeto SBDcast, o expert conversou com a coordenadora científica da SBD, Flávia Vasques Bittencourt, sobre o uso de antiandrógenos nas alopecias, aspectos relacionados à segurança do tratamento, efeitos colaterais, contraindicações, interface com médicos de outras especialidades, como ginecologistas, por exemplo, e perspectivas para o futuro. Confira abaixo este bate-papo. 

Flávia Bittencourt – Em quais alopecias os antiandrógenos podem ser usados? Em quais há evidência científica?

Celso Sodré – Certamente, nas androgenéticas, tanto masculina quanto feminina. Também tem sido demonstrado uma ação muito interessante na alopecia fibrosante frontal. Recentemente, uma publicação sobre a dutasterida mostrou ser possível controlar em torno de 90% dos casos de fibrosante frontal, depois de um ano de uso. A finasterida já tinha se mostrado útil antes e na alopecia fibrosante frontal. 

FB – Quais são os anticoncepcionais antiandrógenos? E qual seria a sua condução? 

CS – Os contraceptivos que têm ação antiandrógena são aqueles em que o componente progestágeno tem ação antiandrogênica. Os principais são ciproterona, drospirenona e clormadinona. A ciproterona, que é talvez o melhor, é associada a uma quantidade de estradiol mais alta: 35 microgramas. Os outros apresentam 30 microgramas e 20 microgramas. De qualquer modo, o que recomendo é solicitar ao ginecologista que prescreva, preferencialmente, um desses, com ação antiandrógena.

FB – Os antiandrógenos podem ser utilizados em mulheres em idade fértil? Quanto tempo após a suspensão de cada um deles que a mulher pode engravidar?

CS – Desde que a mulher esteja em esquema de contracepção eficiente e eficaz, eles podem ser usados. Dentre os antiandrógenos que mais se usa, estão: anti 5-alfa redutase, finasterida, dutasterida e espironolactona, que é um bloqueador de receptor de andrógeno. A ciproterona se utiliza muito pouco e tem ainda a bicalutamida, que parece ocupar um espaço importante, que foi o da flutamida, proibida por sua toxidade. Então, pode-se usar esses antiandrógenos, desde que a mulher não engravide. O problema da gestação está no risco de má formação do aparelho geniturinário do feto masculino, que é formado por volta da 12° semana de gestação, o que oferece uma margem de manobra. Assim, é razoável manter a espironolactona até dois meses antes da gestação, depois suspende. Já a finasterida também está adequada dois meses antes. Por sua vez, como a dutasterida permanece mais tempo no sistema, então é interessante suspendê-la quatro ou seis meses antes do projeto de gravidez.

FB – Qual sua rotina em relação aos exames? Quais solicita antes de cada anti-andrógeno? No caso da espironolactona, pede-se só avaliação cardiológica? Se a droga é finasterida, solicita-se testosterona, espermograma? Quando se faz PSA e avaliação ginecológica? É necessário exame de controle depois do início do uso? Compartilha com a gente a sua rotina.

CS – Acredito que para qualquer medicamento usado cronicamente é interessante uma avaliação laboratorial basal antes do seu início. Então, os primeiros seriam hemograma, hepatograma, ureia e creatinina. Esse é o mínimo. Depois, para cada um dos antiandrógenos, há uma orientação. Testosterona e di-hidrotestosterona vale a pena? Não é necessário, mas, às vezes, é interessante para acompanhar a ação do medicamento no organismo. Sabe-se que dutasterida e finasterida causarão aumento na testosterona, com diminuição da di-hidrotestosterona. É útil ver se isso realmente está acontecendo. A espironolactona é um poupador de potássio que pode, eventualmente, levar à hipercalemia, com suas toxidades cardiológicas. Mas, de fato, não se observa isso acontecer. Pelo menos em mulheres saudáveis é bastante seguro o uso, mas se vai ser pedido exame de sangue para ver o hepatograma, não tem nada demais também em colocar sódio, potássio e cloro. Quanto ao PSA, a mesma coisa foi falada antes. Por exemplo, se for uma pessoa de mais idade considero mais necessário. Contudo, ter um valor basal, muitas vezes é interessante, pois sabe-se que finasterida e dutasterida produzirão queda do PSA circulante à metade. Então, para sentir se houve aumento, se o PSA se manteve alto, apesar do anti 5-alfa redutase, é interessante ter o acompanhamento.

FB – Com qual frequência se faz os exames?

CS – Inicialmente, seis meses e depois um ano. Não acho necessário fazer exames com muita frequência, pois são drogas bastante seguras.

FB – Em relação a efeitos colaterais, quais são os principais?

CS – Nos casos da anti 5-alfa redutase, finasterida e dutasterida está, sem dúvida, a diminuição da libido, tanto entre homens quanto em mulheres, onde esse quadro é muito, muito menos frequente. A espironolactona também não costuma gerar grandes efeitos colaterais, mas, às vezes, há queixa de mastodinia, alteração do ciclo menstrual com escape. Porém, se a paciente estiver bem no seu esquema de contracepção com anticoncepcional oral, as chances desse problema aparecer são pequenas. Com respeito à bicalutamida, ainda não tenho experiência para falar sobre efeitos adversos, mas as publicações apontam segurança e poucas reações. 

FB – Quais as principais contraindicações para uso dos antiandrógenos?

CS – Nos casos da finasterida e dutasterida, basicamente depressão. É preciso ficar muito atento, pois há pacientes que ficam bem depressivos. Nestas situações, isto implica em grande risco de efeitos adversos permanentes ou persistentes em pessoas com este padrão. Não me parece uma contraindicação absoluta, mas eu evito se o paciente é depressivo, está em tratamento ou superou um quadro depressivo. Eu compartilho a situação com o psiquiatra para podermos evoluir, juntos, no acompanhamento. No entanto, não acredito ser absolutamente necessário expor o paciente a um medicamento que faz quadro depressivo e, eventualmente, diminui a libido. Para a espironolactona, quando o paciente é hipertenso e já usa medicamentos anti-hipertensivos ou diuréticos, entre outros, eu prescrevo, mas peço que a pessoa converse com seu cardiologista e explique sobre a substituição, por exemplo, de algum outro diurético (clortalidona, hidroclorotiazida) para passar para espironolactona.

FB – A finasterida vem sendo usada em mulheres de forma off-label. Sabe-se que isto gera muita ansiedade. Seria importante a indústria investir na mudança da bula para incluir a população feminina?

CS – Seria muito bom, mas percebo que a indústria não tem muito interesse nisso. Lembro que no lançamento do Propecia® para a alopecia androgenética masculina, o laboratório responsável apresentou junto com uma pesquisa sobre o tema um outro trabalho que apontava a ineficácia da finasterida no tratamento da androgenética feminina, mas na dose de 1mg/dia. Esta não é a dose que se usa para a mulher, por exemplo. Eu uso sempre 5mg, eventualmente 2,5mg, mas 1mg para androgenética feminina é igual a nada. Não funciona mesmo. Na minha avaliação, isso já impactou a indústria para não correr atrás disto. A pesquisa para mudança de bula para a mulher, sobre risco na gestação, mereceria um investimento que, pelo montante exigido, deixaria a indústria em dúvida, já que não haveria retorno financeiro suficiente que justificasse a aposta. Assim, como não se tem isso, nos cabe explicar para a paciente na hora da prescrição que na bula está escrito o que é certo. Ou seja, que a droga é de uso exclusivo para o sexo masculino no tratamento de hiperplasia prostática benigna e que mulheres e crianças não devem fazer uso. Acrescente-se ainda que, mesmo assim, o medicamento é seguro, desde que a paciente não engravide. Se ficarmos à espera do que é label para prescrever, não se indica sulfona para dermatite herpetiforme e nem hidroxicloroquina em caso de erupção polimorfa à luz solar. Temos que saber superar a falta de interesse da indústria farmacêutica com um bom relacionamento médico-paciente.

FB – Em relação às doses, quais que seriam as de finasterida e de dutasterida para homens e mulheres? 

CS – No caso da dutasterida para a hiperplasia prostática, a dose é de 0,5mg, que é o que existe industrializado e equivale à finasterida 5mg. Então, não é 1mg. Finasterida 1mg na alopecia androgenética masculina e só. Quanto à dutasterida 0,5mg, uso naturalmente no homem e na mulher. Sabe-se que tem sido demonstrada alguma evidência de superioridade clínica na eficácia do tratamento da androgenética com a dutasterida em relação à finasterida. Quanto à percepção dos exames laboratoriais é nítido que a dutasterida é muito mais potente em inibir 5-alfa redutase, reduzindo muito a di-hidrotestosterona circulante e aumentando a testosterona circulante. Esse resultado é muito superior ao da finasterida. Assim, indico para homem 1mg de finasterida e 0,5mg  de dutasterida. Já para a mulher, 5mg de finasterida e 0,5mg de dutasterida também.

FB – Qual sua experiência com a bicalutamida? Considera uma droga promissora? 

CS – Acho que é extremamente promissora para o sexo feminino, pois ela atua como bloqueadora de receptor de andrógeno. No homem, provocaria uma feminilização, que não tem interesse para tratamento de androgenética, mas na mulher vem substituir a flutamida com perfil de segurança muito melhor. Então, para as pessoas mais novas, sem experiência com a flutamida, vale lembrar que a flutamida é um espetáculo, sendo usada como a bicalutamida é também: para câncer prostático metastático. Desta forma, para castração química a flutamida é indicada na dose de 250 mg 3 x por dia. O problema da flutamida é que, em algumas pessoas, desenvolve hepatite fulminante, levando a óbito ou mesmo transplante hepático. Com isso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, recomendou aos dermatologistas evitar o seu uso em ação cosmética, o que fez a flutamida ser substituída pela bicalutamida, que tem perfil de segurança hepático muito bom, com baixa incidência de efeitos adversos, sendo usado o comprimido de 50mg, três vezes ao dia, para câncer metastático de próstata. O pessoal de Madrid tem publicado uma dose de 10mg a 50mg por dia para a alopecia de androgenética com resultado bastante interessante e bom perfil de segurança. Então, se tem um comprimido de 50mg, quebra-se, dando meio comprimido por dia, 25mg, o que está na média. Esta é uma boa opção, embora eu não tenha experiência suficiente para informar minha vivência com o assunto. Porém, teoricamente, se preenche um lugar muito interessante, com retorno não só para androgenética, mas também para o hirsutismo, seborreia, acne. 

FB – Quais são perspectivas quanto a tratamentos futuros para a alopecia? 

CS – Pois é, eu fico impressionado, como se investe nisso! Realmente, há muita demanda da população em geral. A parte cosmética do cabelo parece ser fundamental, vital para o ser humano, por conta dos pelos terem função importante de fotoproteção, de isolamento térmico, de sensibilidade. Fazer a moldura da cabeça é extremamente impactante para os indivíduos, para nossa sociedade, pelo menos nesse momento. Deste modo, está se investindo em fator de crescimento, plasma rico em plaquetas e engenharia genética futura. Existe muita procura de soluções definitivas. O que vejo é cultura de células tronco, de folículo da região central para ser transplantado. Há muita coisa, mas nada para agora. Estou um pouco desanimado também com tanto investimento só no visual. Claro que a gente tem que pensar sobre a importância deste aspecto, considerando que as pessoas querem ter aspecto que consideram ideal e que o cabelo tem importância fisiológica de proteção. Contudo, deve-se ter um limite também no quanto se investe nisso.
 


16 de setembro de 2021 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) informa que na segunda quinzena de setembro estarão abertas as inscrições para as chapas candidatas aos cargos da diretoria executiva da SBD. O registro deverá ser realizado apenas nos dias úteis, das 9h às 17h, na sede da SBD, no Rio de Janeiro. 

A chapa deverá ser composta pelos seguintes cargos: presidente, vice-presidente, secretário-geral, tesoureiro, primeiro-secretário e segundo-secretário. Para solicitar a inscrição da chapa, um de seus integrantes deverá entregar na sede da SBD (Avenida Rio Branco, nº 39, 17º e 18º andares, Centro, Rio de Janeiro – RJ) um documento no qual contempla a sua composição, o qual deve estar assinado por todos os membros. 

Além disso, será aceito também documento assinado pelo candidato a presidente da chapa contendo a relação de todos os integrantes da mesma, com seus respectivos cargos, ao qual deverão estar anexadas declarações assinadas de cada um dos membros candidatos da chapa, informando que integram a mesma, descrevendo a sua composição e mencionando o cargo que ocupará.

Entre os requisitos para os cargos da diretoria executiva estão: ser associado titular há mais de dez anos; ter desempenhado cargo diretivo na SBD ou em suas Regionais (para os cargos de presidente e vice-presidente); ser associado titular há mais de cinco anos (para os demais cargos da diretoria executiva); e estar em dia com suas obrigações sociais. O tesoureiro deve residir nas cidades do Rio de Janeiro ou Niterói.

A Comissão de Ética e Defesa Profissional da SBD é a responsável por supervisionar e conduzir o processo eleitoral. Ela verificará o preenchimento dos requisitos das chapas inscritas. 

Importante ressaltar também que pelo disposto nos parágrafos 6º e 7º do artigo 40 do Estatuto da SBD, os membros da diretoria executiva da SBD não poderão, durante a vigência do mandato, acumular cargos de diretoria em outras sociedades médicas, incluindo as Regionais de outras sociedades e da SBD. 

Fica também vedado aos membros da diretoria executiva da SBD, durante a vigência do mandato, atuar como board (conselheiro) ou speaker (porta-voz) da indústria farmacêutica, cosmética e de laser e tecnologias, bem como promover cursos privados com patrocínio da indústria ou figurar como proprietário/sócio de referidos cursos, seja na condição de pessoa física ou jurídica.


16 de setembro de 2021 0

Com o crescimento do uso das redes sociais pelos profissionais médicos, a publicidade nessa área se tornou uma questão extremamente atual e relevante. Dúvidas sobre o que o médico pode publicar em suas redes sociais suscitam indagações a respeito do assunto. Para esclarecer alguns tópicos relacionados ao tema, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) lançou uma cartilha com dicas práticas sobre como dar visibilidade à atuação profissional sem desrespeitar as regras da Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que trata da publicidade médica.

Os quesitos abordados no documento, apresentado aos especialistas durante edição especial do Conexão SBD "Fronteiras da publicidade médica”, trazem orientações simples e objetivas sobre a relação com os veículos de comunicação (jornais, revistas, TVs e rádios), a divulgação de habilidades, o anúncio de equipamentos e a exibição de imagens nas redes sociais. 

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Especialistas – Durante a transmissão moderada pelo presidente da SBD, Mauro Enokihara, e pelo 1º secretário da SBD, Geraldo Magalhães, e com a participação de especialistas na área, os dilemas da publicidade médica foram destrinchados. "A população necessita de informações e é função dos médicos trazerem isso. É fundamental que as sociedades médicas ocupem esse espaço, pois o mau uso da publicidade – pela sua ausência ou excesso – leva ao oportunismo de terceiros, à invasão das áreas de atuação, à redução da confiabilidade. Isso demonstra a importância de passar a informação com ética", apontou Marcelo Versiani Tavares, vice-corregedor do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG), em sua palestra sobre "Limites legais da publicidade médica".

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Por sua vez, Sergio Palma, coordenador Médico do Jornal da SBD e membro da Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos do Conselho Federal de Medicina (CODAME/CFM), ao abordar o tema "Limites éticos da publicidade médica", ressaltou o trabalho realizado para combater as tentativas de invasão de competências na medicina, em especial na dermatologia. Segundo ele, "a SBD tem sido proativa, lutando em todas as esferas — no Judiciário, Congresso Nacional e Executivo — contra esses abusos, em prol do ato médico, sobretudo para oferecer segurança aos pacientes e à saúde pública”. 

Modernização – Cláudia Pires Amaral Maia, da Comissão de Ética e Defesa Profissional da SBD, lembrou em sua exposição, “Perspectiva da Dermatologia", dos aspectos filosóficos relacionados ao tema. "Podemos ter uma modernização em publicidade médica, mas sem esquecer das questões éticas: há que se ter bom senso, evitar a banalização e sempre se pautar pela ciência". De forma complementar, Adriano Sérgio Freire Meira, conselheiro federal de medicina e membro da CODAME/CFM, enfatizou a importância do apoio das sociedades médicas na fiscalização do que os profissionais publicam nas redes. "Precisamos da ajuda das sociedades. Nosso silêncio faz a vitória do mal. Precisamos ecoar a voz do que é ético, necessário e plausível para que seja feito na medicina, e lutar por isso para que os equívocos não sirvam de parâmetros nas nossas relações", disse, ao abordar “Os desafios do CFM na atualização da Resolução sobre a Publicidade Médica". 

Seara – Finalmente, Mauro Enokihara enfatizou o papel dos indivíduos. “As questões éticas e morais não serão regidas por lei, mas pela consciência de cada um", destacou, apontando ainda detalhes do trabalho realizado pela SBD nesta seara, como a promoção de eventos sobre publicidade médica e a participação ativa em reuniões da CODAME e do CFM. 

“A responsabilidade pela regulamentação das normas da publicidade e propaganda médicas cabe ao CFM. Atualmente, o Conselho está trabalhando na revisão do documento em vigor (Resolução nº 1.974/2011), assim como de outras normas que também abordam o assunto em aspectos específicos (Resoluções nº 2.126/2015 e nº 2.133/2015)”, explicou Geraldo Magalhães. 

 


16 de setembro de 2021 0

Estimular o conhecimento, o aprendizado e a interação entre os dermatologistas associados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Esses são alguns dos objetivos do novo perfil no Instagram criado pela SBD exclusivamente para os sócios da entidade. 

No ar desde 1º de julho deste ano, o @associadosbd é uma conta privada na rede social por onde os inscritos têm acesso à informações sobre as atualidades da medicina e ações da entidade, discutem artigos científicos e casos clínicos, incrementam o networking, e acompanham a cobertura de eventos científicos.

Formulário – Para se inscrever, é preciso acessar o perfil @associadosbd no Instagram, preencher o formulário para identificação do interessado e clicar em seguir a página. Para informar os dados solicitados, deve-se acessar o link que se encontra na bio da conta. Somente após a verificação do cadastro, que visa confirmar se a pessoa é mesmo um dermatologista ou residente associado à SBD, que entrada no grupo será autorizada.

A criação do Instagram exclusivo para associados é uma iniciativa da Gestão 2021-2022, que tem desenvolvido uma série de outras iniciativas em benefício da especialidade, como a organização de eventos de atualização científica, o lançamento de plataformas de educação continuada, como o SBDcast, e o apoio às publicações da entidade.
 


15 de setembro de 2021 0

Indicações atualizadas sobre o uso de medicamentos sistêmicos no tratamento de casos graves de dermatite atópica foram abordadas pelo SBDcast. Em episódio sobre o tema, também foi discutida a adoção de recursos terapêuticos de baixo custo e fácil acesso, como a técnica dos panos úmidos, que ajudam a aliviar o desconforto causado pelas lesões.

ACESSE A ÍNTEGRA DO EPISÓDIO DO SBDCAST

Essas informações foram compartilhadas por Daniel Lorenzini, preceptor dos Ambulatórios de Dermatite Atópica Infantil e Adulto, na Santa Casa de Porto Alegre (RS). Na conversa com Heitor de Sá Gonçalves, vice-presidente da SBD, o convidado especial do programa trouxe ainda orientações sobre a prescrição de corticoides e o uso de imunobiológicos.

Lançado em fevereiro deste ano, o SBDcast é uma iniciativa da Gestão 2021-2022 que traz exposições sobre assuntos de interesse para a dermatologia semanalmente, todas as quartas-feiras, exclusivamente para os associados. Para conferir este programa e edições anteriores, basta acessar o aplicativo da SBD ou a área do associado, no portal.

 





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