Aprendizado médico a distância




29 de junho de 2011 0

Os prós e contras dos cursos remotos na área médica e sua aceitação pelos profissionais

Duas forças opostas tornam a rotina do médico particularmente difícil. De um lado, o dia a dia sempre atribulado por ter de se dividir entre o consultório, o hospital e as viagens a congressos. De outro, a necessidade de especialização constante e domínio de um conhecimento que cresce exponencialmente a cada mês. A equação não tem solução fácil, mas um aliado parece ter chegado para ficar – os cursos médicos à distância. “Na minha concepção, esse tipo de curso será cada vez mais rotineiro em praticamente todas as áreas médicas. Hoje, as informações são muito numerosas e a forma de adquiri-las ou reportá-las ganha cada vez mais uma maior dinamicidade. Esta forma de aprendizado já faz parte do dia a dia do profissional de saúde atualizado e reciclado”, diz o dermatologista Jayme de Oliveira Filho, coordenador do Departamento de Teledermatologia da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Dados comprovam a avaliação do Dr. Jayme. O ensino a distância (EAD) no Brasil dobra a cada ano. De acordo com Richard Vasconcelos, diretor da ME Digital, empresa especializada nesta modalidade de ensino, 14% dos alunos de ensino superior no país estão matriculados em cursos online. Em números absolutos, são quase 1 milhão de estudantes. Embora o ensino de especialização não tenha dados precisos sobre sua expansão nos últimos anos, Vasconcelos afirma que o crescimento segue pelo mesmo caminho. Um indicativo é adoção por grandes universidades como a USP, Unicamp, UFRGS, entre outras, de tecnologias para ensino online. A facilidade de ministrar aulas remotas permite que pesquisadores consagrados se engajem nesta modalidade e aumentem o apelo por este tipo de curso. Mestre em Tecnologias Digitais pela Oxford University, da Inglaterra, Vasconcelos destaca que médicos distantes dos grandes centros urbanos são os grandes beneficiados. “Antes da popularização do EAD, o médico tinha de pedir licença do trabalho, mudar-se para uma das capitais e fazer o curso. Hoje, ele não precisa sair de casa ou do consultório”. Para quem mora nos grandes certos urbanos, a opção por cursos remotos também pode ser uma forma de poupar o tempo perdido no trânsito.

Mas a Medicina tem particularidades que forçam a necessidade da aprendizagem no modo convencional. Dr. Jayme recomenda que o dermatologista escolha o curso em que o prejuízo de não assistir a uma aula ao vivo seja o menor possível. “Cursos com pacientes ao vivo ainda são um pouco prejudicados, quando comparados com cursos que tenham a presença do médico no local. Mas os questionamentos com testes, hipóteses diagnósticas e detalhamento de exames laboratoriais de fato enriquecem, e muito, o aprendizado do aluno interessado”, detalha. Em muitos casos, os cursos online também mesclam uma parte das aulas no modo presencial para compensar uma eventual perda de conteúdo. Essa medida é especialmente útil para reduzir o impacto de um dos pontos fracos dos curs…


29 de junho de 2011 0

A Comissão de Assuntos Econômicos-CAE do Senado aprovou o Projeto-de-Lei nº 81/2009, de autoria do senador Delcídio do Amaral (PT/MS), que isenta de impostos (IPI, PIS/PASEP e COFINS) a importação de equipamentos e materiais hospitalares que não tenham similar nacional.

A proposta, aprovada em caráter terminativo, segue agora para a Câmara Federal e depois para a sanção da Presidência da República. Os Ministérios da Saúde e da Fazenda vão definir os materiais a serem beneficiados com a isenção, assim como o montante da renúncia fiscal do governo.

De acordo com Delcídio, que presidiu a sessão da CAE onde o benefício foi aprovado, a isenção vai propiciar melhor atendimento à população, cuja maior preocupação hoje é justamente o atendimento de saúde.

O relator do projeto, senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), ressaltou que os equipamentos só poderão ser adquiridos pelo Ministério da Saúde e estabelecimentos públicos e privados dedicados à saúde. Em seu parecer, Arruda acatou emenda apresentada pelo senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que estende a isenção de impostos também às partes e peças de reposição dos equipamentos hospitalares sem similar nacional.


21 de junho de 2011 0

Recentemente, a Food and Drug Administration (FDA), agência norte americana reguladora de medicamentos e alimentos, estabeleceu novas regras para rótulos de filtros solares. Expressões como ‘bloqueador solar’ e ‘à prova dágua’ não poderão mais ser usadas. Para entender o motivo dessas mudanças, que, segundo os entrevistados, devem chegar ao Brasil ainda em 2011, o Minha Vida conversou com especialistas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SDB).

Afinal, filtros solares realmente têm a capacidade de bloquear todos os efeitos do sol? Eles permanecem no corpo mesmo em contato com a água? Quanto maior o fator de proteção solar (FPS), mais duradouros os seus efeitos? Descubra!

FPS mínimo
O FPS de um filtro solar serve de parâmetro para avaliar a capacidade de proteção que ele oferece contra os raios UVB, que são mais superficiais que os raios UVA e causadores de câncer, vermelhidão e queimaduras. Até o momento, especialistas não entraram em consenso sobre como calcular a eficácia do produto contra a radiação UVA.

Por esse motivo, a dermatologista especializada em câncer de pele Márcia Purccelli, do Hospital Albert Einstein e membro efetivo da SBD, afirma que ‘nenhum filtro solar oferece 100% de proteção’. Assim, fica fácil entender porque o termo ‘bloqueador solar’ não faz sentido, já que não há um bloqueio total dos raios solares.

Mesmo assim, para que haja um efeito mínimo, porém significativo, o FPS de um filtro solar deve ser de pelo menos 15. ‘Aqueles com FPS 2, 4 e 8 não apresentam qualquer barreira às radiações solares’, completa a dermatologista.

FPS máximo
Segundo o dermatologista David Azulay, presidente da Regional do Rio de Janeiro da SBD, filtros solares com FPS acima de 50 já não apresentam evoluções significativas. Ao comprar um produto com FPS 60, 80 ou até 100, o consumidor paga mais, mas nem por isso obtém melhores resultados.

Além disso, o dermatologista acredita que protetores com FPS elevado sugerem a algumas pessoas a possibilidade de poder passar pouco produto ou ainda de não ser necessária sua reaplicação. ‘A efetividade de um protetor com FPS 30, por exemplo, costuma ser 25% menor pelo fato de as pessoas espalharem demais uma quantidade insuficiente do produto’, explica.
Filtro solar – Foto Getty Images

À prova de água e suor
Quando dizemos que algo é à prova de alguma coisa, damos a ideia de durabilidade infinita, o que não é o caso do filtro solar em contato com a água ou o suor. Márcia explica que produtos com alguma capacidade de fixação na…


21 de junho de 2011 0

Um mecanismo molecular conhecido como sinalização Wnt, já conhecido por controlar muitos processos biológicos, pode ser o elemento determinante do embranquecimento dos cabelos.

Um novo estudo, realizado por pesquisadores da Universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, mostrou pela primeira vez que a comunicação entre os folículos pilosos e as células-tronco dos melanócitos pode ditar a pigmentação do cabelo.

A via de sinalização Wnt é uma rede de proteínas mais conhecida por seu papel na embriogênese e no câncer, mas também está envolvida em processos fisiológicos normais em adultos.

‘Sabemos há décadas que as células-tronco do folículo piloso e dos melanócitos, células produtoras de pigmento, colaboram para dar cores aos cabelos, mas as razões por trás disso eram desconhecidas,’ explica a Dra. Mayumi Ito, coordenadora da pesquisa.

‘Nós descobrimos que a sinalização Wnt é essencial para coordenar as ações destas duas linhagens de células-tronco e crítica para a pigmentação do cabelo,’ afirma.

O estudo sugere que a manipulação da via de sinalização Wnt pode ser uma nova estratégia para lidar com a pigmentação dos cabelos, quando estes começam a ficar grisalhos.

Usando modelos animais geneticamente modificados, os pesquisadores foram capazes de examinar como as vias de sinalização Wnt permitem que as células-tronco dos folículos pilosos e as células-tronco dos melanócitos trabalham em conjunto para gerar o crescimento do cabelo e produzir a cor do cabelo.

A pesquisa também mostrou que a sinalização Wnt deficiente nas células-tronco do folículo piloso não apenas inibe o re-crescimento do cabelo, mas também impede a ativação das células-tronco dos melanócitos necessária para produzir a cor do cabelo.

A falta ativação da Wnt nas células-tronco dos melanócitos leva à despigmentação do cabelo, que torna grisalho e, finalmente, branco.

A pesquisa também ilustra um modelo para a regeneração de tecidos.

‘O corpo humano tem muitos tipos de células-tronco que têm o potencial para regenerar outros órgãos,’ disse Ito. ‘Os métodos por trás de comunicação entre as células-tronco do cabelo e da cor durante a reposição do cabelo podem dar-nos pistas importantes para regener…


17 de junho de 2011 0

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) sintetizaram um novo filtro solar, à base de fosfato de cério, que pode substituir com muito mais eficácia os filtros já utilizados que são produzidos a partir de óxidos de zinco e titânio.

A capacidade do cério de absorver a radiação ultravioleta, segundo os pesquisadores, já é conhecida pela comunidade científica – o óxido de cério já é utilizado em filtros solares que estão no mercado.

Já o fosfato de cério estudado pela equipe brasileira é menos fotocatalítico quando exposto à luz solar, aumentando a proteção.

‘A pesquisa experimentou o uso de fosfato de cério como protetor solar e simplificou o processo de obtenção de suas nanopartículas por um processo mais simples’, conta Juliana Fonseca de Lima, uma das autoras do estudo.

Além disso, afirma a pesquisadora, foram realizados estudos de reflectância difusa, que mede a absorção dos raios ultravioleta (UV) pelo fosfato de cério, e de atividade fotocatalítica, que avalia as modificações físicas e químicas da matéria na presença de luz e oxigênio.

‘Os resultados mostraram que o fosfato de cério apresenta alta absorção na região do UV e na avaliação do seu comportamento na presença de óleo, calor, fluxo de ar, presença de luz e agitação constatou-se que o óleo é menos degradado quando comparado aos óxidos de zinco e cério,’ disse Juliana.

A cientista afirma que ficou evidenciada a maior eficácia do fosfato de cério na proteção solar, pois ele é menos fotocatalítico quando exposto à luz.

Segundo ela, até o momento, os óxidos de zinco e titânio têm sido usados como filtros UV inorgânicos. Entretanto, eles apresentam dois grandes inconvenientes.

O primeiro é que ambos manifestam elevada atividade fotocatalítica quando expostas à luz, que podem levar à fotodegradação do meio orgânico onde estão, como, por exemplo, nos cosméticos. Ou seja, eles facilitam a geração de espécies reativas que são responsáveis pela degradação do meio orgânico.

O segundo inconveniente é que esses óxidos foram otimizados para serem usados como pigmentos brancos – é por isso que eles apresentam elevado índice de reflectância difusa na região visível do espectro eletromagnético.


17 de junho de 2011 0

O Conselho Federal de Medicina (CFM) defendeu nesta quinta-feira (16), na Câmara dos Deputados, um projeto nacional para a saúde. Representando a entidade, o 2º vice-presidente, Aloísio Tibiriçá, apontou – durante reunião de trabalho da Subcomissão especial destinada a tratar do financiamento, da reestruturação e da organização do SUS – que a solução para o problema da escassez de médicos, que atinge inclusive as grandes cidades, não é a criação imponderada de novas escolas, como observado na última década. Para o Conselho Federal de Medicina, é preciso uma política de distribuição, qualificação e incentivos para que o profissional se fixe onde é preciso: ”Sem esses incentivos, quem vai mandar é o mercado”, alerta Tibiriçá. Além de defender um projeto nacional para a saúde, o representante do CFM comentou alguns impasses que o SUS enfrenta, como subfinanciamento, falta de profissionalização da gestão e problemas na área de recursos humanos. Ele aponta que hospitais das grandes cidades têm problemas para provimento e que no PSF, como exemplifica, faltam médicos em 30% das equipes. “A gestão dos recursos humanos é uma coisa bastante preocupante e merece ser chamado de nó crítico”, salienta.

As discussões foram conduzidas pelo deputado João Ananias (PCdoB/CE), presidente da subcomissão. Além do CFM, participaram dos debates representantes da Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM) e Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), e deputados como Célia Rocha (PTB/AL), Rogério Carvalho (PT/SE), Raimundão (PMDB/CE), Eleuses Paiva (DEM/SP) e Darcísio Perondi (PMDB/RS), membros da comissão.


16 de junho de 2011 0

Depois de 33 anos de considerações, a FDA (órgão responsável por regular alimentos e medicamentos nos Estados Unidos) anunciou novas regras para a comercialização de filtros solares no país. Expressões como ‘bloqueador solar’, ‘a prova d’água’ e ‘a prova de suor’ estão banidas. E só podem usar o termo ‘de amplo espectro’ os produtos que comprovarem proteção contra os raios UVA e UVB. Os primeiros são os responsáveis pelo envelhecimento e os outros pelas queimaduras. Ambos estão relacionados ao câncer de pele.

O Brasil, juntamente com os outros países do Mercosul, estuda também uma mudança em sua regulamentação, que deve entrar em vigor ainda este ano. As regras para comprovar proteção contra os raios UVA, por exemplo, vão ficar mais rígidas.

As novas regras americanas, que entram em vigor dentro de um ano, vão demandar dos produtores que informem nas embalagens o tempo durante o qual o seu protetor é resistente à água e ao suor.

ALERTA SOBRE RISCO DE CÂNCER E ENVELHECIMENTO É RESTRITO

E apenas loções que tenham fator de proteção solar (FPS) de 15 ou mais poderão manter a informação de que reduzem o risco de câncer e o envelhecimento precoce da pele.

– Com a nossa nova legislação, daremos um salto também considerável – acredita o dermatologista Sérgio Schalka, especialista em fotoproteção da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). – Os americanos avançam mais nessa rotulagem sobre o risco de câncer e envelhecimento da pele. Mas nós estamos propondo regras mais rígidas que as dele para medição de proteção para raios UVA.

Pelas regras americanas, qualquer produto que tiver o FPS de 2 a 14 deve incluir o aviso de que o produto não ajuda a prevenir contra câncer de pele ou envelhecimento solar.

A agência dos EUA tinha proposto permitir aos fabricantes usarem números de FPS maiores que 50, mas a FDA ainda está recolhendo informações sobre isso. O governo quer saber se há grupos especiais de pessoas que, de alguma forma, se beneficiariam de ter um produto com FPS de mais de 50. Alguns especialistas dizem que a diferença de proteção alcançada pelo uso de um produto com FPS 50 e outro com FPS 100 seria mínima. No Brasil, atualmente, não há limitação, mas caso a nova regulamentação seja aprovada, ela deverá ficar em 100.

– Existe muita confusão, sobretudo devido ao grande número de apresentações dos produtos – afirma a presidente da SBD, Bogdana Victória Kadunc. – Acho que as regras vão fa…


15 de junho de 2011 0

Conselho promete ir à Justiça se houver proibição deste comércio Para reduzir o número de prescrições de inibidores de apetite no Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) defende a realização de campanhas educativas com foco no médico e nos pacientes. Para a entidade, essa seria uma forma de assegurar o uso racional deste tipo de medicamento, sem necessidade de proibir sua comercialização no país. O CFM afirma que continuará a buscar o diálogo com respeito ao tema. Contudo, faz um alerta: se não existir consenso com a Anvisa e houver decisão unilateral no sentido de proibir o comércio dos inibidores o caminho será recorrer à Justiça para garantir o direito de pacientes e de profissionais de uso desses medicamentos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que não há um prazo definido para a decisão final a respeito da proibição do uso da sibutramina e de outros três emagrecedores (anfepramona, femproporex e mazindol). No entanto, o assunto está em pauta e tem alimentado uma grande polêmica. De acordo com o conselheiro Desiré Carlos Callegari (1º secretário do CFM), que representou o Conselho em debate sobre o tema na sede da Anvisa, nesta terça-feira (14), a restrição completa da venda dos anorexígenos, como tem sido defendido por alguns representantes do Governo, pode agravar problemas de saúde, além de ser uma interferência na autonomia na relação entre o médico e o paciente. Callegari afirmou que o CFM, de antemão, se dispõe a ser parceiro da Anvisa no desenvolvimento dessas campanhas de esclarecimento.

Em sua avaliação, cabe à Agência atuar de forma preventiva para evitar possíveis excessos no uso das substâncias. “A Anvisa tem mecanismos para monitorar o excesso de prescrições do medicamento e pode ter os Conselhos Regionais de Medicina como aliados”, ressaltou. Durante o Painel Técnico Internacional sobre a Eficácia e Segurança de Inibidores de Apetites, promovido pela própria Anvisa, em Brasília, o CFM citou os efeitos colaterais que a proibição da venda poderá trazer. O primeiro deles é a desassistência de parcela significativa da população. “Temos um problema epidemiológico imenso no país que é a obesidade. O que faremos com esta parte da população que não responde ao tratamento sem fármaco?”, lembrou o conselheiro. A afirmação se ampara em pesquisas. Dados do IBGE entre apontam que 12,5% dos homens e 16,9% das mulheres apresentam quadro de obesidade. Outro problema possível, citou o representante do CFM, seria o surgimento de um mercado paralelo deste tipo de droga. 


13 de junho de 2011 0

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) confirmou em sua reunião da última quinta-feira (9), em Brasília, que as entidades médicas nacionais voltarão a ter assento naquele fórum de controle social. A decisão pode colocar fim ao período em que os médicos não participaram dos debates sobre políticas públicas voltadas para a assistência da população brasileira. A notícia foi dada por Luís Eugênio Portela e Lígia Bahia, vice-presidentes da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), que participaram da reunião plenária do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Para o presidente do CFM, Roberto Luiz d’Avila, o retorno das entidades médicas ao CNS poderá acontecer, efetivamente, em breve. Os convidados informaram aos conselheiros que o CNS acena para o CFM, a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) com uma vaga de titular e duas de suplentes. “Em princípio, isso nos atende ao permitir que expressemos nossas opiniões e possamos colaborar para a construção de uma saúde melhor”, afirmou d’Avila.

Durante a tarde, os vice-presidentes da Abrasco apresentaram sua preocupação com os rumos do Sistema Único de Saúde (SUS) e anunciaram a intenção de desenvolver ações e projetos em parceria com o CFM. As duas entidades, juntas, pretendem contribuir com a apresentação de soluções para os desafios que se impõem para a assistência no país. O 2º vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriça Miranda, acredita que esse movimento trará ganhos para a sociedade ao enriquecer o debate sobre as políticas em saúde.

PARCERIA – Na visita ao CFM, os vice-presidentes da Abrasco chamaram a atenção para a encruzilhada na qual o SUS se encontra. “Estamos muito preocupados, pois percebemos que os avanços econômicos anunciados não se traduzem, necessariamente, em extensão de melhorias às políticas de saúde”, afirmou Lígia Bahia.

Na avaliação de Luís Eugênio Portela, a aproximação entre a Abrasco e o CFM permitirá o enriquecimento do debate sobre questões chaves para o SUS. Inclusive, ele ressaltou que se abre uma janela para ampliação do envolvimento dos Conselhos de Medicina no processo que culminará na 14ª Conferência Nacional de Saúde, prevista para dezembro de 2011.

A iniciativa de aproximação repercutiu positivamente no plenário do CFM. O 1º vice-presidente, Carlos Vital, ressaltou os interesses comuns que unem as duas entidades que focam, sobretudo, na melhora do atendimento à população menos favorecida. O 3º vice-presidente, Emmanuel Fortes, lembrou a importância dessa parceria, pois o Conselho “funciona como uma caixa de ressonância da categoria” na qual são evidenciados os problemas que dificultam o exercício da Medicina.


13 de junho de 2011 0

A nossa pele exige cuidados especiais durante todo o ano. Mas, no inverno, a atenção precisa ser redobrada, pois o frio e a baixa umidade do ar provocam ressecamento, que acaba ficando pior por conta dos banhos mais quentes.

Além do ressecamento, aparecem algumas alergias típicas dessa época, geralmente localizadas nas dobras das pernas e dos braços. A dermatologista Daniela Nunes conta que pessoas que têm problemas respiratórios têm maior tendência a ter esse tipo de alergia, chamada dermatite atópica (doença crônica que causa inflamação da pele).

– Isso ocorre porque a pele fica sensível aos agentes externos. O mais correto é tratar com pomadas antialérgicas ou medicamentos via oral, dependendo da gravidade. Se o paciente não apresenta uma melhora significativa entre cinco e sete dias, a recomendação é de que procure o médico novamente.

Também não é indicado coçar, esfregar muito sabonete e tomar banhos muito quentes, diz a médica.

– No caso dos homens que usam calça jeans e mulheres que usam meia calça, o ideal é usar um curativo, desde que ele não grude no ferimento, pois pode machucar ainda mais. Mas o importante é tomar os devidos cuidados para que não volte a se repetir.

Segundo a médica, muitas pessoas têm o costume de passar pomadas à base de corticoide para o tratamento, já que ela cura o ferimento mais rapidamente, mas esse tipo de medicação traz riscos.

– A área de dobra absorve mais a medicação, então não se deve usar o corticoide várias vezes, pois pode haver o “efeito rebote”, quando a ferida melhora, mas pode voltar ainda pior.

Banho quente é bom, mas exige cuidado

Com o tempo frio, é comum que as pessoas passem muito tempo embaixo do chuveiro quente, mas isso pode provocar problemas para a pele, que fica ressecada, porque a mistura de sabonete e água quente tira gordura da pele. A recomendação é tomar o banho com a substância a uma temperatura no máximo morna (de até 35ºC).

Por isso, a dermatologista Daniela Schmidt Pimentel recomenda o uso de hidratantes após a saída da ducha.

– De maneira nenhuma use bucha esfoliante e nem esfregue muito o sabonete. Aliás, o melhor sabonete para se usar é o de glicerina, que limpa a pele sem tirar a camada protetora – que acaba se perdendo com a água quente. Pessoas que não têm problemas de pele ou alergias devem usar hidratante a base de ureia. Quem tem algum tipo de lesão, não deve.

A hidratação é importante e necessária em qualquer época do ano, mas por conta dos…





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