Nova edição do JSBD está disponível para leitura on-line




25 de julho de 2018 0

A edição maio-junho do JSBD detalha a Campanha de Mídia da SBD pela valorização profissional: "Sua pele sua vida". No texto, o associado saberá quais ações estão sendo trabalhadas ao longo do ano pela Diretoria.

A pesquisa Perfil das Consultas Dermatológicas no Brasil revelou a necessidade da implementação de ações voltadas para a educação, visando, por exemplo, a melhor atenção à acne e à redução dos casos de câncer da pele. A matéria destaca que 8% dos pacientes procuram um médico para cuidar de acne; 7,7% para tratar de fotoenvelhecimento; e 5,4% citaram o carcinoma basocelular como principal motivo para a consulta.

Nesta edição, o jornal também destaca a eleição das Regionais e Delegados 2019/2020 a ocorrer entre julho e agosto e a importância dos associados participarem do processo eleitoral que definirá os nomes dos futuros dirigentes, responsáveis pela missão institucional das Regionais da SBD.

Aborda também as campanhas promovidas no mês de junho pela Sociedade: a Campanha de Esclarecimento de Albinismo, com amplas divulgações nas redes sociais; e a Campanha de Conscientização do Vitiligo, com lançamento de filme publicitário com a modelo profissional Eliane Medeiros, que tem a doença, leva uma vida normal e deu seu depoimento de superação.

Outros temas abordados são: dicas de locais interessantes para visitar em Curitiba estão na matéria sobre o Congresso Brasileiro de 2018; os 85 anos da Biblioteca da SBD; o lançamento do Guia de Boas Práticas nas Redes Sociais; a entrevista com a dermatologista Marcia Ramos-e-Silva, presidente do Comissão de Candidatura do WCD 2023 Rio; o Seminário Envelhecimento além das Rugas realizado pela SBD em parceria com O Globo a ocorrer em agosto, no Rio, entre outros assuntos.

Acesse o jornal clicando na imagem da capa da publicação. O periódico está disponível para leitura na área restrita do site.


25 de julho de 2018 0

O Jornal Nacional desta terça-feira (24/7) abordou os cuidados a serem tomados antes da realização procedimentos estéticos. O local, as condições e o profissional devem ser observados com atenção pelo paciente.

Na reportagem, o médico dermatologista Marcio Serra afirmou que “não existe estética sem saúde”, e as mídias sociais não são os meios mais indicados na procura pelo profissional habilitado a realizar esse tipo de tratamento.

Clique na imagem para assistir a íntegra da matéria.

 

 


25 de julho de 2018 0

Os participantes do 73º Congresso Brasileiro de Dermatologia contam com uma importante ferramenta de conectividade: o aplicativo SBD Eventos, que pode ser baixado gratuitamente a partir das plataformas Play Store (Android) ou na Apple Store (Iphone). O download é rápido e o app utiliza pouca memória dos smartphones e tablets, além de ser de fácil utilização.

Para ter acesso ao conteúdo completo do app é necessário fazer o login.

Aproveite o aplicativo e agregue uma experiência a mais durante o Congresso Brasileiro de Dermatologia 2018!

 


23 de julho de 2018 0

O caso do médico brasileiro Denis Cesar Barros Furtado – conhecido nas redes sociais como Dr. Bumbum – acusado de injetar uma grande quantidade de polimetilmetacrilato (PMMA) nos glúteos de uma paciente em um procedimento no próprio apartamento onde vivia, no Rio de Janeiro, gerou comoção no Brasil.

Furtado, que era seguido por mais de meio milhão de pessoas no Instagram, fez o procedimento estético na bancária Lilian Calixto, de 46 anos, fora do ambiente ambulatorial ou hospitalar, contrariando regras de segurança.

A paciente morava no estado do Mato Grosso, centro-oeste brasileiro, e viajou ao Rio de Janeiro para fazer a bioplastia – como é conhecido o procedimento. De acordo com relatos na imprensa, Lilian avisou a família que voltaria para sua cidade logo após o procedimento. De acordo com um vídeo publicado nas redes sociais pelo próprio médico, seis horas após o procedimento Denis levou Lilian ao hospital para ser socorrida, mas dentro de algumas horas, o quadro da bancária evoluiu para óbito por parada cardíaca. A suspeita é que tenha ocorrido um tromboembolismo venoso em decorrência do preenchedor. Até o momento as causas da morte não foram divulgadas.

Furtado e a mãe, que é ex-médica, ficaram foragidos por quatro dias e foram presos nesta quinta-feira (20), no Rio de Janeiro, onde serão indiciados pela morte de Lilian Calixto.. A tragédia levantou discussão sobre o uso seguro do PMMA, material supostamente usado no procedimento. Apesar de a substância ser aprovada e regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), especialistas consultados pelo Medscape recomendam cautela no uso.

O PMMA é um preenchedor biocompatível bifásico, composto por microesferas suspensas em uma solução de colágeno bovino, carboximetilcelulose ou hidroxietilcelulose. O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dr. Sérgio Palma, informa que o PMMA é um preenchedor definitivo, pois não é absorvido pelo corpo.

"É um produto utilizado para sustentação, reposição de volume da face e de volume corporal, e para preenchimento de sulcos", explica.

De acordo com o especialista, a aplicação deve ser limitada a pequenas quantidades, como é tipicamente feito em casos de preenchimento reparador da lipodistrofia facial decorrente de aids. O Sistema Único de Saúde (SUS) inclusive prevê em seu rol de procedimentos o uso do PMMA em pacientes que apresentam diminuição do tecido adiposo facial em decorrência do HIV ou dos medicamentos antirretrovirais.

O Dr. Márcio Soares Serra, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, faz preenchimento com PMMA em pacientes com HIV há duas décadas. De acordo com ele, o sucesso da aplicação depende muito da técnica do médico, e a substância não é indicada para aplicação em grandes quantidades, já que não existem trabalhos de longo prazo mostrando eficácia e segurança. Em estudo do uso em pequena quantidade, como 22 ml, o preenchimento pode ser seguro[1], desde que o médico esteja tecnicamente habilitado para utilizar o produto corretamente.

De acordo com o Dr. Serra, o preenchedor deve ser utilizado de forma subcutânea.

"Na minha experiência, todos os problemas que vi relacionados ao PMMA, aconteceram quando o produto foi injetado muito profundamente, dentro do músculo, ou muito superficialmente".

A Dra. Marcela Cammarota, cirurgiã plástica e secretária-adjunta da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) adverte: usar o PMMA nas quantidades necessárias para preenchimento do glúteo, panturrilha e coxas não é recomendado, pois a chance de complicação é muito alta.

No caso de preenchimento estético para aumento de glúteo, a quantidade utilizada de PMMA pode variar de 400 ml a até 1,5 l, o que aumenta exponencialmente a imprevisibilidade dos efeitos colaterais, e é absolutamente desaconselhado, orienta a Dra. Marcela.

Problemas com o PMMA

O cirurgião plástico Dr. Wendell Uguetto, membro da SBCP conta que, mesmo usado em pequenas quantidades, o PMMA não está livre de efeitos adversos decorrentes da aplicação. Os efeitos podem surgir, inclusive, muitos anos depois do uso do produto. Entre eles estão edema, infecção no local da aplicação, granuloma, e migração da substância para outra parte do corpo.

Quando acontece algum problema com o preenchimento, é preciso uma intervenção cirúrgica para tentar retirar o produto do corpo, o que não acontece em sua totalidade, já que o PMMA pode se entremear aos tecidos do paciente, dificultando a retirada.

O Dr. Palma explica que, na maioria dos casos, as complicações posteriores do uso do PMMA não comprometem a vida, mas a autoestima do paciente, pois os efeitos como edema e granuloma são visíveis.

"Alguns pacientes podem precisar de medicações que controlem essas reações imunológicas e inflamatórias, como corticoides. Muitas vezes é preciso tomar ciclos de medicações anti-inflamatórias para contornar o problema", diz o dermatologista, acrescentando que, como o PMMA é um preenchedor definitivo, os problemas podem retornar depois de algum tempo.

A dermatologista Dra. Larissa Montanheiro se preocupa também com o risco da aplicação.

"Ele se torna mais alto quando o médico não tem boa técnica, treinamento, e excelente conhecimento da anatomia. Na falta desses quesitos, pode ser indicado erroneamente".

Há diferentes marcas de PMMA no mercado. A manipulação do produto foi proibida pela Anvisa em 2007, portanto o preenchedor vem em seringas prontas para o uso.

Para o Dr. Uguetto, a substância não deveria ter autorização da Anvisa, em decorrência dos problemas que podem acontecer anos depois. Para ele, há alternativas mais seguras que proporcionam resultados semelhantes, como o ácido hialurônico – embora os efeitos deste durem no máximo 18 meses, o que exige reaplicação. Mesmo com um custo que chega ser até 10 vezes maior do que o do  PMMA, o Dr. Uguetto considera o uso de ácido hialurônico mais prudente, tanto para preenchimentos reparadores quanto para fins estéticos.

Fonte: Medscape


20 de julho de 2018 0

O programa Conexão, do canal Futura, falou sobre albinismo. Pessoas que têm essa condição genética enfrentam preconceito e falta de políticas de saúde que possam melhorar a qualidade de vida.

O programa foi ao ar no dia 19 de julho e contou com a participação da dermatologista Ana Mósca e da fisioterapeuta Ana Carolina de Souza, que é uma pessoa com albinismo. Durante o programa são apresentadas diferentes questões sobre a condição.

Clique na imagem para assistir a íntegra do programa.

 


20 de julho de 2018 0

A médica dermatologista da SBD Dra. Alessandra Romiti fala sobre a importância de verificar a formação do profissional que realizará procedimentos estéticos invasivos – dermatologistas e cirurgiões plásticos – profissionais que dispõem de formação necessária para a realização desse tratamento, bem como para lidar com as possíveis complicações.

Clique na imagem para ver a íntegra do vídeo, que está disponível na perfil oficial da Sociedade Brasileira de Dermatologia no Facebook.


19 de julho de 2018 0

A Comissão Científica do 11º Simpósio Nacional de Cosmiatria e Laser da SBD e 23ª Radesp, seguindo a tradição desse importante evento da dermatologia brasileira, preparou uma programação primorosa para receber seus participantes, de 11 a 13 de outubro, em São Paulo.

A grade científica abrange conhecimentos de profissionais de diferentes centros de estudo do país. Com isso, os organizadores cumprem o objetivo de disseminar as mais recentes técnicas de diagnósticos e tratamentos para as doenças dermatológicas, bem como toda a dermatologia cosmiátrica, cirúrgica e laser. 

Até o dia 15 de agosto você pode se inscrever com valores especiais. Essa é a segunda data com descontos para todas as categorias de associados da SBD, além de residentes e estagiários dos Serviços Credenciados, aprovados no TED (com certificado de título requerido), acadêmicos de medicina e acompanhantes.

Não perca a data. Acesse a página oficial do encontro aqui no site da SBD e garanta a sua inscrição.


19 de julho de 2018 0

O 15º Congresso Brasileiro de Hansenologia (SBH) ocorrerá de 13 a 17 de novembro, em Palmas, Tocantins. A primeira data para inscrições antecipadas é dia 15 de agosto e os associados da SBD têm direito a descontos especiais.

O encontro deste ano celebrará os 70 anos da SBH. Em sua programação, estão previstos temas que vão desde a eletroneuromiografia até os direitos sociais de pessoas atingidas pela hanseníase.

Tocantins é um dos estados brasileiros com maior índice da doença junto com Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Roraima. Essas localidades alcançam índice maior que 40 casos/10 mil habitantes. A Organização Mundial de Saúde (OMS) entende que a doença está sob controle quando atinge até 1 caso/10 mil habitantes de prevalência.

Contudo, trabalhos realizados pela SBH e SBD indicam que há uma endemia oculta, ou seja, o número de doentes pode ser três vezes maior que os dados oficiais.

Trabalhos científicos – A Comissão Organizadora informa que o envio de trabalhos pode ser feito até o dia 30 de agosto.

Acompanhe esses e outros detalhes do evento em: http://www.sbhansenologia.org.br/congresso2018

 


19 de julho de 2018 0

 O polimetilmetacrilato (PMMA) é um produto sintético, similar ao acrílico, utilizado como preenchimento em diferentes áreas do corpo e da face. Seu uso é extremamente limitado porque pode causar edemas locais, processos inflamatórios, reações alérgicas e formação de granuloma.

Foi durante a aplicação de PMMA nos glúteos que a bancária Lilian Calixto, 46, passou mal e precisou ser socorrida. Levada ao hospital, não resistiu e morreu horas depois por causa de uma parada cardíaca, na madrugada de domingo (15).

Lílian, que morava em Cuiabá, no Mato Grosso, tinha ido ao Rio de Janeiro para fazer o procedimento com o médico Denis Cesar Furtado, conhecido como Doutor Bumbum. A promessa é que tudo seria feito em um consultório, no entanto, a bancária foi levada para o apartamento do médico, na Barra da Tijuca, zona Oeste.

Durante o procedimento, Denis recebeu ajuda de uma técnica em enfermagem, sua namorada, que já foi presa, e da mãe, que exercia a profissão de médica ilegalmente após ter o registro da profissão cassado. Os quatro foram indiciados por homicídio qualificado e associação criminosa. Denis está foragido.

De acordo com o cirurgião plástico Dênis Calazans, secretário-geral da SBCP, quando usado em grande quantidade, os riscos de embolia e infecção são grandes. Além disso, ele não deve ser usado em aplicação intramuscular. "Uma vez aplicado é impossível retirar todo o produto. Sempre vai ficar algum resíduo”, afirma.

Outro alerta é sobre procedimentos feitos fora do ambiente hospitalar. Calazans explica que qualquer tratamento estético deve ser feito em hospital, clínica ou consultório. "É um tratamento médico e como todo tratamento do tipo, deve ser feito em um hospital, clínica ou consultório, lugares aprovados pela vigilância sanitária, que seguem os quesitos de biossegurança”.

O PMMA é um produto autorizado pela Anvisa para pacientes com HIV que tenham atrofia na face, chamada de lipodistrofia facial.

A SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) e a SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica) se manifestaram sobre o caso, por meio de comunicado. "Procedimentos estéticos invasivos envolvem algo muito sério, a saúde, e não podem estar separados de um atendimento médico responsável”, afirmou a SBD.

Já a SBCP disse que a crescente invasão da especialidade por não-especialistas tem promovido cada vez mais casos de insucesso e casos fatais como esse.

As entidades também destacaram a importância de verificar a formação do profissional que vai fazer o procedimento, restrito a dermatologistas e cirurgiões plásticos, que dispõem de formação necessária para trabalhar com esse tipo de material.

De acordo com o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Sergio Palma, é possível verificar a formação do médico no Conselho Regional de Medicina. "Isso pode ajudar a evitar situações de risco decorrentes de possível atendimento por pessoas sem a devida qualificação e sem competência legal para tanto", afirma.

No caso do cirurgião plástico, a formação leva, no mínimo, 11 anos. Após os 6 anos da graduação em medicina, é preciso passar pela formação de cirurgião geral que dura 2 anos, antes de cumprir mais 3 anos em cirurgia plástica.

Outra crítica é quanto ao uso das redes sociais para a divulação do trabalho médico. O "Doutor Bumbum" costumava usar a internet para divulgar técnicas e procedimentos. “A utilização de mídias sociais para venda de produtos é um problema muito sério, o público acaba comprando a ideia de que o médico é um profissional sério e nem sempre isso corresponde à realidade”, afirma Calazans.

Fonte: R7

Leia mais: No Rio, Paty Bumbum é presa por suspeita de organização criminosa


19 de julho de 2018 0

Não é de hoje que o PMMA (polimetilmetacrilato) carrega má fama, mas a substância continua causando complicações graves.

No domingo (15), a bancária Lilian Calixto, 46, morreu após complicações em cirurgia realizada pelo médico Denis Cesar Barros Furtado, 45, conhecido em redes sociais como Doutor Bumbum. Além de não ter formação em cirurgia plástica, o médico, que está foragido, realizou o procedimento em sua casa, o que é proibido.

A suspeita é que ela tenha sofrido uma embolia pulmonar devido à aplicação da substância PMMA (polimetilmetacrilato) para preenchimento estético no glúteo.

De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o PMMA pode ser usado em procedimentos estéticos para corrigir rugas e restaurar pequenos volumes perdidos de tecidos com o envelhecimento.

Mas nem a SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica) nem a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) recomendam o uso do produto para fins estéticos. Segundo médicos das entidades, a exceção seria o uso do preenchimento facial em pessoas com HIV/Aids, para corrigir a lipodistrofia causada pelos medicamentos, indicação prevista pela Anvisa em portaria de 2009.

Segundo o CFM (Conselho Federal de Medicina), quando usado em grandes quantidades, o PMMA não é seguro, tem resultados imprevisíveis a longo prazo e pode causar reações incuráveis, como inflamações, nódulos, necrose e até a morte.

No censo de 2017 da SBCP, a entidade incluiu pela primeira vez dados sobre as sequelas dos implantes com PMMA devido ao aumento no número de complicações. Em 2016, foram feitas 4.432 cirurgias plásticas para corrigir defeitos decorrentes da aplicação da substância, de um total de 664.809 operações reparadoras.

O total de complicações, porém, é bem maior, segundo pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica "“ Regional São Paulo (SBCP-SP). No mesmo ano de 2016, houve mais de 17 mil registros em todo o país.

Para a maioria dos cirurgiões plásticos ouvidos pela entidade, o produto deveria ter seu uso e comercialização banidos do mercado nacional.

O PMMA (polimetilmetacrilato) não é recomendado pela SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica) para fins estéticos - Rafael Andrade/Folhapress
O PMMA (polimetilmetacrilato) não é recomendado pela SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica) para fins estéticos – Rafael Andrade/Folhapress

Em 2006, o CFM (Conselho Federal de Medicina) e a SBCP já haviam se manifestado sobre o assunto, condenando a utilização indiscriminada. Em 2007, após ampla discussão, a Anvisa proibiu a manipulação da substância em farmácias.

"Há vários produtos biocompatíveis e seguros, como o ácido hialurônico, que faz parte do corpo e é absorvível. O PMMA é barato, definitivo e traz um monte de riscos, mas as pessoas se enganam pelo sonho, pela mentira, pela fantasia", diz Níveo Steffen, presidente da SBCP.

O material é permanente, ou seja, não é absorvido pelo corpo, e pode causar deformações, inflamações, necrose e até a morte.

"Imagine se você coloca essa substância solta num tecido como a região glútea. Você levanta, senta, anda, se mexe, e o organismo reage àquilo como um corpo estranho, provocando uma reação inflamatória", diz ele.

Para médicos, a autopromoção agressiva em mídias sociais aumenta o risco de problemas do tipo.

"Pacientes estão se deixando levar por médicos blogueiros. A participação nas redes é legítima, mas o conteúdo tem que ser ético e educativo. Parece que quem mais posta está mais atualizado", diz Sergio Palma, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

"As redes sociais estão descaracterizando a valorização do profissional correto. Hoje não é a formação que conta, mas quantas visualizações a pessoa teve em seu Instagram", diz Elvio Bueno Garcia, presidente da SBCP-SP. "Estou cansado de ver gente esclarecida com poder aquisitivo alto tomando decisões erradas, utilizando critérios de escolha equivocados."

Os médicos lembram que, para se certificar da procedência do médico, é recomendável verificar seu nome nos sites da SBCP e da SBD.

 

O que pode dar errado com PMMA

O que é o PMMA

Também conhecido como bioplastia, é um composto de microesferas de acrílico comercializado com diversos nomes como: metacril, pexiglass ou lercite

É usado principalmente para:

Tratar rugas médiasa profundas, como pregas nasolabiais ("bigode chinês")
Preencher cicatrizes
Aumentar lábios finos

Como é aplicado

As aplicações de PMMA são simples de serem realizadas: bastam microcânulas com anestesia local. Custa menos do que outros produtos absorvíveis e mais seguros. O produto é permanente. Depois de aplicado, sua remoção é praticamente impossível, porque o produto se espalha

Fonte: Folha de S. Paulo





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