Abertura oficial do Dezembro Laranja no Rio de Janeiro




18 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

 

A campanha Dezembro Laranja da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que marca todo o último mês do ano com inúmeras ações de conscientização sobre o câncer da pele, teve abertura oficial nesta sexta-feira, 29 de novembro, no Rio de Janeiro. Realizada desde 2014, a iniciativa enfatiza a importância do diagnóstico e tratamento precoces com o médico dermatologista para aumentar as chances de cura desse tipo de tumor, o mais comum no país e no mundo, reforçando a necessidade de atitudes fotoprotetoras simples no dia a dia (saiba mais abaixo). Na abertura do encontro, o presidente da SBD, Sérgio Palma, traçou um histórico das campanhas de câncer da pele promovidas nacionalmente pela SBD desde 1998 e comentou os vários tipos de tumor. Também apresentou a campanha atual da sociedade médica intitulada “Um sinal pode ser câncer de pele”, conclamando a participação de todos nesse movimento de conscientização.

"Convidamos a população, médicos dermatologistas e artistas para participar de forma coletiva e proativa em suas mídias e, assim, levar informação e educação em saúde sobre o câncer da pele, que é o tipo mais comum de tumor, mas também o mais negligenciado”, disse, lembrando que o Rio Grande do Sul é o estado com maior incidência de câncer da pele no país, ou seja, os casos da doença não são restritos às cidades litorâneas, e os cuidados diários com a pele devem ser feitos regularmente por todos. “É uma questão cultural. O país inteiro precisa ser cuidado em relação a esse problema”, comenta o presidente. "A negação como forma de lidar com a doença é uma das causas da demora na procura de atendimento médico", frisa o vice-presidente da SBD, Mauro Enokihara.

Em sua sexta edição, o Dezembro Laranja alerta para os #sinaisdocâncerdepele, visando à detecção e ao tratamento precoces com o médico dermatologista, atitude que contribui para elevar os percentuais de cura. Dados mostram que o câncer da pele representa 30% de todos os diagnósticos da doença no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (Inca) registra a cada ano cerca de 180 mil novos casos. 

“A doença é grave e não deve ser menosprezada. O câncer da pele existe, as pessoas têm esse problema no Brasil, mas por outro lado também há mais tratamentos para a doença. Entretanto, queremos chamar a atenção das pessoas para o melhor tratamento que é o diagnóstico precoce”, considera o coordenador da Campanha Nacional de Câncer da Pele, Elimar Gomes. 

Durante a cerimônia foram exibidos três vídeos com depoimentos reais de pessoas que tiveram câncer da pele. Elas contam como descobriram a doença e lidaram com essa experiência. 

“Não devemos negligenciar. Entre os diferentes tumores de pele, o mais comum e de menor mortalidade é o câncer da pele não melanoma; já o melanoma é o menos frequente na população brasileira, mas também o mais agressivo. Por isso estamos trabalhando de maneira ativa, enfatizando a necessidade da prevenção por meio de exame clínico com o médico dermatologista”, explica Sérgio Palma.

 

Participaram da solenidade integrantes da Diretoria da SBD Nacional biênio 2019/2020, capitaneada pelo presidente, Sérgio Palma, o coordenador da Campanha Nacional de Câncer da Pele, Elimar Gomes, além de médicos dermatologistas e celebridades, entre elas, a repórter esportista Glenda Kozlowski, embaixadora do Dezembro Laranja, Rosamaria Murtinho, Nívea Maria e Carlinhos de Jesus.

"Dezembro é o mês para informar que os cuidados com a pele vão além da estética, pois trata-se de saúde, e que a ida ao dermatologista está acima dos cuidados com a beleza. Espero ajudar a disseminar o trabalho da SBD por meio do #dezembrolaranja e colaborar com a propagação da informação para que as pessoas olhem para o câncer de pele com a seriedade que o tema merece", afirma Glenda.

Clique para saber mais sobre a campanha.

Fotos: Paulo de Deus


Como prevenir?

1. Evitar os horários de radiação intensa – entre 10h e 16h 
2. Procurar locais com sombra
3. Usar chapéus de abas largas, sombrinhas, roupas de manga comprida e óculos escuros com proteção UV 
4. Trinta minutos antes da exposição solar, aplicar na pele filtro com fator de proteção 30 (no mínimo)


Confira os vídeos da campanha:

Saiba mais: http://www.sbd.org.br//dezembroLaranja/noticias/saude-em-dia-brasil-tem-180-mil-novos-casos-de-cancer-de-pele-ao-ano/ e http://www.sbd.org.br/dezembroLaranja/noticias/dezembro-laranja-conscientiza-sobre-combate-ao-cancer-de-pele/


18 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

 

Vidal Haddad Júnior
Professor Livre-Docente da Faculdade de Medicina de Botucatu da Unesp

 

A percepção da chegada de manchas de óleo nas praias brasileiras começou no final de agosto, na Paraíba. Faz um bom tempo, portanto. Em notícias atuais, vemos que mais de cinco mil toneladas de óleo cru foram retiradas das praias em 770 municípios nordestinos, ou seja, mais de 70% dos municípios!

Isso é consequência de irresponsabilidade dos contaminantes e do descaso dos contaminados… Esse derramamento agride um fio delicado de equilíbrio, trazendo prejuízos irreparáveis à região e aos animais e plantas, algo recorrente nos tempos em que vivemos. A bruxa está solta na Terra Brasilis: desmatamento sem controle, incêndios incontroláveis, petróleo nas claras águas nordestinas…  Esse vazamento reforça o fato de que o governo precisa olhar melhor para tesouros que são de todos, que são patrimônio do povo brasileiro (e quem está realmente limpando as praias é o povo, a melhor coisa que há neste país)…

Animais estão morrendo sufocados e encharcados de óleo, tais como tartarugas, golfinhos, peixes-boi e peixes, muitos peixes. Os pescadores do Nordeste não estão conseguindo vender o produto de suas redes, por medo de contaminação da carne. Isso ainda não tem estudos definitivos, mas é bem provável que ocorra.

Os efeitos do petróleo cru sobre os seres humanos são vários. Isso é esperado, pois existem vários elementos em sua composição, como o xileno, tolueno etc. As intoxicações podem surgir por meio da inalação, que causa alterações respiratórias diversas, especialmente em quem mantém contato demorado com as manchas, como pessoas que colaboram de maneira espontânea com a limpeza das praias. Outro mecanismo tóxico é a ingestão, que em raras situações pode acontecer em banhistas, mas que é uma possibilidade real a ser avaliada após consumo de peixes e frutos do mar contaminados. Nessas situações, pode ocorrer gastrenterites, náusea e vômitos.

O contato do óleo cru com a pele pode provocar dermatites de contato por irritante primário, que são imediatas e podem ser agravadas pela exposição solar. Adicionalmente, existe o risco de dermatites de contato por sensibilização, que se manifestarão posteriormente após contato com outros derivados do petróleo, como a gasolina e óleos lubrificantes. Além dessas dermatites de caráter agudo, o contato constante e demorado com essas substâncias pode acarretar a elaioconiose, uma erupção acneiforme que acomete quem trabalha com óleos combustíveis e em oficinas mecânicas. Para tal, é necessário um contato prolongado com o óleo cru. Os tratamentos para as dermatites são os mesmos utilizados para dermatites de contato por outras etiologias e a prevenção pode ser feita com proteções como luvas e cremes protetores para quem manipular ou tiver contato com o petróleo nas praias.

O petróleo chegou para ficar um bom tempo (nos mangues, berçários naturais da fauna, a limpeza é quase impossível). Lembrem-se de que o exame da pele sempre será um marcador seguro e precoce dos efeitos deletérios do contato com o petróleo cru e os dermatologistas da região terão um importante papel nessas identificações.

 


18 de dezembro de 2019 0

No programa Bom Dia Brasil desta quarta-feira (18/12), o dermatologista Rodrigo Pirnez fala sobre os malefícios do formol – substância que além de ser proibida é perigosa – e de sua exposição prolongada que, segundo o médico, já foi relacionada inclusive a alguns tipos de câncer, como o das vias respiratórias.

O produto ainda é muito utilizado para alisar cabelos. No Brasil, é proibido desde 2009 pela Anvisa. Comercializar é um crime, mas ainda é facilmente encontrado no mercado.

Assista a íntegra da matéria.

 


17 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

Dezembro é o mês de conscientização do câncer da pele e também o período em que a SBD Nacional organiza a maior campanha de educação em saúde da pele voltada para a população, o Dezembro Laranja. No dia 7, a sociedade médica realizou o Exame Preventivo Gratuito, iniciativa que reuniu 4 mil médicos dermatologistas e voluntários para o atendimento dermatológico e aconselhamento visando à detecção precoce em 123 postos de saúde do país. Na ocasião, mais de 22 mil pessoas foram atendidas e mais de 4 mil casos de câncer da pele diagnosticados. A ação deste ano contou com uma inovação: o uso de um aplicativo para otimizar o número de consultas realizadas e informações obtidas dos pacientes. São muitos os benefícios trazidos por essa mudança. Por exemplo, a maior precisão na compilação dos dados poderá auxiliar na implementação de políticas públicas para o desenvolvimento de projetos e ações que melhorem os números de casos de câncer da pele encontrados na população brasileira.

Na coluna “Com a palavra”, o tema abordado foi a saúde da pele das pessoas veganas e vegetarianas. Como prescrever medicamentos para esses pacientes? A dermatologista Vanessa Cunha fala a respeito dos dermocosméticos e da alimentação. O editor dos Anais Brasileiros de Dermatologia Silvio Marques dá conselhos para os estudantes que estão prestes a concluir a residência/especialização em dermatologia na seção “Jovem Dermatologista”. As dicas são valiosas para quem já irá iniciar a carreira médica.

Ainda nesta edição você vai conferir um resumo das ações sociais e institucionais desenvolvidas pela SBD, como o mutirão dermatológico na comunidade de Araras para mais um atendimento aos pacientes com xeroderma pigmentoso; o novo curso on-line sobre micologia, disponível para associados da SBD; e alguns dos encontros científicos promovidos no segundo semestre, como o IV Simpósio Internacional de Cabelos e Unhas, realizado em conjunto com a 27ª Jornada Sul-brasileira de Dermatologia e da 44ª Jornada Gaúcha de Dermatologia. A publicação também traz ainda uma série de assuntos sobre ética médica e política em saúde, temas prioritários da atual gestão da SBD.

Essas e outras notícias estão na edição 5 do JSBD, que também pode ser acessada em formato PDF na plataforma de publicações da SBD, na área logada do site. É possível baixar e ler o jornal, inclusive do seu smartphone.

Boa leitura!


17 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

Mais de 500 atendimentos foram realizados em Salvador durante o mutirão para conscientização sobre o câncer de pele que aconteceu no último sábado (7/12), das 8h às 13h, nos Hospitais Roberto Santos e Aristides Maltez, e no interior: Alagoinhas, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Jequié, Vale do São Francisco e Santo Antônio de Jesus.

Além de pessoas que possuíam sinais, também procuraram o Serviço quem nunca havia ido ao dermatologista ou quem trabalha exposto ao sol, como é o exemplo do operador de máquina, Celso Pereira dos Anjos, 54 anos, que já teve câncer de pele e aproveitou o mutirão para fazer o exame de revisão. “Eu fiquei sabendo do mutirão pelo próprio hospital, porque já sou paciente do Aristides Maltez há 7 anos. Como já tive câncer de pele por trabalhar exposto ao sol, venho todos os anos para fazer a revisão aqui no hospital e aproveitei o mutirão para saber se está tudo certo”, conta.

Os dermatologistas voluntários prestaram orientações sobre prevenção ao câncer de pele, distribuíram protetores solares para corpo e rosto e fizeram dermatoscopia, exame em que a imagem é aumentada em até 20 vezes para que sejam observadas as camadas mais profundas da pele, detectando qualquer alteração ou tumor, por menor que seja. Os casos em que houve suspeita de câncer foram encaminhados para agendamento das cirurgias.

O mutirão que ocorre todos os anos faz parte da campanha Dezembro Laranja realizada pela SBD Nacional que reúne cerca de 4 mil dermatologistas e voluntários que prestam atendimento para identificação e direcionamento para tratamento da doença, além de esclarecerem sobre a importância de adotar medidas preventivas. As consultas são realizadas, gratuitamente, em cerca de 120 postos de atendimento em todo o Brasil.

A presidente da SBD-BA, Dra. Tais Valverde, avalia o mutirão como uma iniciativa de muito sucesso. “Ficamos muito felizes com a divulgação que houve na mídia e com a quantidade de pessoas que compareceram ao mutirão, tanto em Salvador, quanto no interior do estado, mostrando que as pessoas estão interessadas em preservar a sua saúde e todos estavam muito receptivos às orientações que foram passadas sobre a prevenção ao câncer de pele. Agradecemos muito a todos os dermatologistas voluntários e a parceria com os hospitais em que foram realizados os atendimentos”, declarou.


Elevador Lacerda fica laranja durante dois dias em dezembro
 

Ascom SBD-BA
Maria del Carmen González


17 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

As estatísticas da 21ª Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele mostram que o brasileiro ainda não se protege adequadamente do sol: 63,05% das pessoas se expõem sem qualquer proteção. No total, 22.749 pessoas foram atendidas gratuitamente em 123 serviços de saúde do país, no primeiro sábado de dezembro (7/12), sendo diagnosticados 4.197 casos de câncer da pele. A iniciativa abriu a programação do #DezembroLaranja, mês de prevenção ao câncer da pele, que objetiva difundir informações para o diagnóstico precoce, por meio do cuidado com o corpo, ao observar sinais e pintas suspeitas, além de desconstruir a cultura de que só devemos prestar atenção em outros tipos do tumor. 

Durante o atendimento foram observados 2.744 casos de carcinoma basocelular (CBC), seguido do carcinoma espinocelular (CEC), com 835, e do melanoma, com 420 casos, além de 198 outros tumores malignos. Houve 3.894 agendamentos em serviços de saúde para acompanhamento dos casos detectados. 

Câncer não melanoma e melanoma
O câncer não melanoma mais frequente no Brasil em ambos os sexos e também o menos grave, mas pode causar deformações. A exposição excessiva ao sol é a principal causa da doença. Já o melanoma é a forma mais grave. Ocorre mais raramente e pode levar à morte. Ambos têm cura se forem descobertos logo no início. 

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pele não melanoma é o mais incidente em homens nas regiões Sul (160,08/100 mil), Sudeste (89,80/100 mil) e Centro-Oeste (69,27/100 mil). Já no Nordeste (53,75/100 mil) e Norte (23,74/100 mil), encontra-se na segunda posição. Entre as mulheres, é o mais comum em todas as regiões do país, com um risco estimado de 97,46/100 mil na região Sul; 95,16/100 mil, na Sudeste; 92,66/100 mil, na Centro-Oeste; 45,59/100 mil na região Nordeste; e 27,71/100 mil na região Norte. 

Quanto ao melanoma, sua letalidade é elevada, entretanto a ocorrência é baixa, considerando todos os órgãos afetados pelo câncer (2.920 casos novos em homens e 3.340 casos novos em mulheres por ano). As maiores taxas estimadas em homens e mulheres são verificadas na região Sul. 

* Com informações do Inca


16 de dezembro de 2019 0

O câncer de pele, o mais comum no Brasil, é algo que pouca gente dá importância, apesar dos aproximadamente 180 mil novas casos que todo ano são diagnosticados, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Por isso, em dezembro, mês de conscientizaçáo do cáncer da pele, a campanha da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) tem como foco a orientação para os sinais do problema.

Elimar Gomes, coordenador do Dezembro Laranja, acredita que a grande incidência da doença no Brasil é reflexo das mudanças de hábito da sociedade. "Lá atrás, em 1920, as pessoas tomavam pouco sol, iam para a praia de roupa e se protegiam mais. Com o passar do tempo, entrou na moda o bronzeado, e a população começou a se expor mais", explicou. Desde 2014, a SBD promove o Dezembro Laranja.

Para o dermatologista, o possível câncer de pele de Bolsonaro trouxe os holofotes para a campanha. "Sempre que uma figura pública mostra que tem a doença, ou tem essa possibilidade, é importante porque chama a atenção da população e mostra que qualquer em pode ter". O médico afirma que o presidente apresenta sinais de que é uma pessoa que pode ter câncer de pele, pois "tem uma pele clara e cronicamente exposta ao sol".

Diferente de outros cânceres, que precisam de exames mais complexos para serem identificados, o de pele pode ser notado por qualquer pessoa com conhecimento. "É a melhor forma de prevenção. Se você conhece a doença, e sabe o que causa, pode fazer a prevenção primária e tomar ações para evitar a doença, como passar protetor solar. E também pode identificar precocemente um sinal de câncer", explicou.

Segundo a SBD, quando descoberta no início, as chances de cura são de mais de 90%. Elimar ressalta que é preciso prestar a atenção a manchas na pele que coçam, ardem, sangram, além de feridas que não cicatrizam em quatro semanas e pintas que mudam de cor e formato.

Além disso, consultar um dermatologista em caso de suspeita é essencial. Foi observando a si mesmo que o servidor público Marcelo Carlos de Mello e Souza, 59 anos, percebeu um sinal no ombro, que posteriormente foi identificado como um carcinoma basocelular, o tipo mais comum de câncer de pele.

"Sou carioca e peguei muito sol na praia. Até meus 17 anos, morei no Rio de Janeiro, e a praia e o sol eram parte da minha rotina", relembra. Os efeitos da luz solar sem proteção vieram anos depois. A exposição crônica da pele é um das principais causadores da doença. Desde 2010, outros pontos foram identificadas e, conforme diz, o corpo tem mais de 200 pontos de extração de sinais de cáncer.

Mas nenhum deles é melanoma. Atualmente, a rotina de Marcelo é diferente. "Hoje eu caminho cedo para evitar o sol, uso camisas de manga comprida com proteção solar e protetor no rosto e no corpo. Para quern gosta de mar e de praia, é uma dura penitência", brinca.

Para ele, o Dezembro Laranja é fundamental para ensinar a população a identificar o problema ainda no início.

Fonte: Correio Braziliense


16 de dezembro de 2019 0

Mais de 500 atendimentos foram realizados em Salvador durante o mutirão para conscientização sobre o câncer de pele que aconteceu no último sábado (7/12), das 8h às 13h, nos Hospitais Roberto Santos e Aristides Maltez, e no interior: Alagoinhas, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Jequié, Vale do São Francisco e Santo Antônio de Jesus.

Além de pessoas que possuíam sinais, também procuraram o Serviço quem nunca havia ido ao dermatologista ou quem trabalha exposto ao sol, como é o exemplo do operador de máquina, Celso Pereira dos Anjos, 54 anos, que já teve câncer de pele e aproveitou o mutirão para fazer o exame de revisão. “Eu fiquei sabendo do mutirão pelo próprio hospital, porque já sou paciente do Aristides Maltez há 7 anos. Como já tive câncer de pele por trabalhar exposto ao sol, venho todos os anos para fazer a revisão aqui no hospital e aproveitei o mutirão para saber se está tudo certo”, conta.

Os dermatologistas voluntários prestaram orientações sobre prevenção ao câncer de pele, distribuíram protetores solares para corpo e rosto e fizeram dermatoscopia, exame em que a imagem é aumentada em até 20 vezes para que sejam observadas as camadas mais profundas da pele, detectando qualquer alteração ou tumor, por menor que seja. Os casos em que houve suspeita de câncer foram encaminhados para agendamento das cirurgias.

O mutirão que ocorre todos os anos faz parte da campanha Dezembro Laranja realizada pela SBD Nacional que reúne cerca de 4 mil dermatologistas e voluntários que prestam atendimento para identificação e direcionamento para tratamento da doença, além de esclarecerem sobre a importância de adotar medidas preventivas. As consultas são realizadas, gratuitamente, em cerca de 120 postos de atendimento em todo o Brasil.

A presidente da SBD-BA, Dra. Tais Valverde, avalia o mutirão como uma iniciativa de muito sucesso. “Ficamos muito felizes com a divulgação que houve na mídia e com a quantidade de pessoas que compareceram ao mutirão, tanto em Salvador, quanto no interior do estado, mostrando que as pessoas estão interessadas em preservar a sua saúde e todos estavam muito receptivos às orientações que foram passadas sobre a prevenção ao câncer de pele. Agradecemos muito a todos os dermatologistas voluntários e a parceria com os hospitais em que foram realizados os atendimentos”, declarou.


Elevador Lacerda fica laranja durante dois dias em dezembro
 

Ascom SBD-BA
Maria del Carmen González


14 de dezembro de 2019 0

As estatísticas da 21ª Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele mostram que o brasileiro ainda não se protege adequadamente do sol: 63,05% das pessoas se expõem sem qualquer proteção. No total, 22.749 pessoas foram atendidas gratuitamente em 123 serviços de saúde do país, no primeiro sábado de dezembro (7/12), sendo diagnosticados 4.197 casos de câncer da pele. A iniciativa abriu a programação do #DezembroLaranja, mês de prevenção ao câncer da pele, que objetiva difundir informações para o diagnóstico precoce, por meio do cuidado com o corpo, ao observar sinais e pintas suspeitas, além de desconstruir a cultura de que só devemos prestar atenção em outros tipos do tumor. 

Durante o atendimento foram observados 2.744 casos de carcinoma basocelular (CBC), seguido do carcinoma espinocelular (CEC), com 835, e do melanoma, com 420 casos, além de 198 outros tumores malignos. Houve 3.894 agendamentos em serviços de saúde para acompanhamento dos casos detectados. 

Câncer não melanoma e melanoma
O câncer não melanoma mais frequente no Brasil em ambos os sexos e também o menos grave, mas pode causar deformações. A exposição excessiva ao sol é a principal causa da doença. Já o melanoma é a forma mais grave. Ocorre mais raramente e pode levar à morte. Ambos têm cura se forem descobertos logo no início. 

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pele não melanoma é o mais incidente em homens nas regiões Sul (160,08/100 mil), Sudeste (89,80/100 mil) e Centro-Oeste (69,27/100 mil). Já no Nordeste (53,75/100 mil) e Norte (23,74/100 mil), encontra-se na segunda posição. Entre as mulheres, é o mais comum em todas as regiões do país, com um risco estimado de 97,46/100 mil na região Sul; 95,16/100 mil, na Sudeste; 92,66/100 mil, na Centro-Oeste; 45,59/100 mil na região Nordeste; e 27,71/100 mil na região Norte. 

Quanto ao melanoma, sua letalidade é elevada, entretanto a ocorrência é baixa, considerando todos os órgãos afetados pelo câncer (2.920 casos novos em homens e 3.340 casos novos em mulheres por ano). As maiores taxas estimadas em homens e mulheres são verificadas na região Sul. 

* Com informações do Inca


12 de dezembro de 2019 0

Em 2018, 3.340 mulheres e 2.920 homens foram diagnosticados com câncer melanoma, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Originário dos melanócitos, as células que produzem melanina e dão cor à nossa pele, não é o tipo mais frequente de câncer de pele, mas pode ter um prognóstico ruim e alto índice de mortalidade.

Embora o diagnóstico de melanoma normalmente traga apreensão aos pacientes, as chances de cura são de mais de 90%, quando há detecção precoce da doença. Encare seus sinais e entenda sobre o Câncer Melanoma no “SBD Responde”.

Clique na imagem para assistir ao vídeo. 
 





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