Os dissabores causados por acidentes por águas-vivas e caravelas são comuns em Santa Catarina. Por uma série de razões, que incluem época de reprodução dos animais, temporadas de veraneio e até a temperatura da água, ocorrem muitos acidentes durante os meses de janeiro e fevereiro, especialmente nas praias do Sul do estado. O perfil destes acidentes já está estabelecido, devido a estudos de um grupo de dermatologistas e biólogos de São Paulo e Santa Catarina, sabendo-se que a medusa “Olindias sambaquiensis” é responsável pela maioria dos acidentes. Estes se manifestam por dor em queimação (é um ENVENENAMENTO, não uma queimadura) e podem ser tratados com medidas de primeiros socorros simples, como aplicação de água do mar gelada e compressas de vinagre.
O 66º Congresso Brasileiro de Dermatologia, realizado no último fim de semana em Florianópolis, patrocinou a confecção de folhetos explicativos sobre o assunto, produzidos pelos doutores Vidal Haddad Junior e André Luiz Rossetto. O material contou com imagens das águas-vivas e tabelas para orientação do tratamento e fez parte de campanhas junto aos salva-vidas e outros segmentos da população numa tentativa de padronizar o tratamento correto e fornecer informações às áreas problemáticas, em todo o estado de Santa Catarina.
A iniciativa é única e foi uma das principais atividades de extensão do Congresso.