Whatsapp como ferramenta de comunicação entre médico e paciente




11 de março de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.01 – JANEIRO-FEVEREIRO

Por Débora Ormond
Comissão de Ética e Defesa Profissional da SBD

As mídias sociais estão muito presentes em nossas vidas e, se bem utilizadas, são ferramentas valiosas para o estreitamento de relações pessoais e comerciais de diversas naturezas. Entre os vários aplicativos existentes, certamente o Whatsapp é o que mais modificou a estrutura da comunicação na última década. O aplicativo chegou trazendo a possibilidade de enviar e receber mensagens de texto instantaneamente e hoje permite que os usuários façam chamadas de voz e de vídeos gratuitamente, além de possibilitar o rápido compartilhamento de documentos e imagens.

 A medicina, naturalmente, sendo profissão que nos coloca em contato direto com pessoas, não passaria imune às transformações dos novos canais de comunicação. O que, no entanto, deve contemplar os debates entre nós, profissionais, não é se o Whatsapp é um canal de comunicação entre o médico e o paciente, mas, sim, qual o horizonte ético que deve permear esse novo modo de comunicação.

A utilização ética do aplicativo demanda que o profissional e o paciente considerem uma premissa inegociável: uma conversa instantânea jamais poderá substituir a consulta e o diagnóstico presencial. Partindo desse ponto, a razoabilidade nos levará a estabelecer os limites para essa comunicação. É comum o paciente procurar o médico pelo aplicativo para tirar dúvidas sobre uma prescrição recebida em consultório, para relatar e tirar dúvidas sobre reações advindas de medicamentos, ou ainda, para enviar com urgência resultados de exames ao médico responsável por seu tratamento.

Falando especificamente a respeito da dermatologia, é comum recebermos fotos e até mesmo vídeos, em que o paciente nos mostra os resultados do tratamento proposto em consultório ou o agravamento da situação visualizada pessoalmente na ocasião da consulta. De posse desses arquivos, podemos solicitar o retorno do paciente ao consultório ou apenas prestar esclarecimentos e orientações sobre o tratamento.

Os preceitos éticos que regulam a comunicação exigem que o profissional, ao responder a seus pacientes via WhatsApp ou aplicativos similares, o faça com o único objetivo de os orientar, desde que conheçam seu quadro clínico atual com observância ao Código de Ética Médica, particularmente com respeito ao sigilo profissional, não os expondo em grupos. Se realizados a anamnese e o exame físico, a critério do médico e em acordo prévio com o paciente/responsável, este poderá enviar resultados de exames ou novas informações por meio eletrônico.

Os inúmeros benefícios que a utilização do Whasapp pode trazer para a relação com nossos pacientes não devem fazer com que esqueçamos que quando Hipócrates (460ac-370ac) retirou da alçada dos deuses a medicina, promovendo a migração da crença religiosa para o médico, o elemento fundamental foi o estabelecimento do respeito à intimidade do doente. Seja qual for o meio de comunicação com o paciente, a preservação de seu sigilo deve sempre pautar a conduta de um profissional ético.


27 de fevereiro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.01 – JANEIRO-FEVEREIRO

O 12º Simpósio de Cosmiatria e Laser e o 2º Simpósio de Envelhecimento, ambos da SBD, serão realizados conjuntamente no Rio de Janeiro de 28 a 30 de março. O encontro, o primeiro do calendário de 2019, visa promover uma troca de experiências e partilhar conhecimento entre os associados da entidade. A programação científica abordará assuntos práticos e comuns no dia a dia do consultório, com a participação de dermatologistas de várias partes do Brasil. O diferencial dessa edição será o Curso de Anatomia em cadáver não formolizado, que foi gravado em vídeo, em Barretos, especialmente para o evento e contará com a presença de dermatologistas e anatomistas experientes, como Alfredo Jacomo (RJ), para discussões ao vivo. O curso ocorrerá na manhã do dia 28.

“Nesse mesmo dia, mas na parte da tarde, ocorrerão cursos práticos de preenchimento de terço superior, médio e inferior, além de bioestimuladores, todos com transmissão ao vivo. Após esse bloco, no segundo dia, os dermatologistas coordenadores do curso estarão à disposição para esclarecimento de dúvidas ao vivo”, adianta Alessandra Romiti, coordenadora do Departamento de Cosmiatria da SBD. Toxina botulínica será tema do terceiro bloco de Cosmiatria, na tarde do dia 29 de março. No dia 30 haverá mais dois blocos; um deles enfocará os principais tratamentos corporais, como o ácido poli-l-láctico e hidroxiapatita de cálcio.

No caso da programação de laser, o primeiro bloco abrangerá o curso básico, trazendo os princípios gerais das tecnologias, que a cada ano se modernizam e exigem a reciclagem do médico. “No censo sobre laser e tecnologias realizado com o associado, identificou-se que muitos deles não começaram ainda a fazer os tratamentos com essas tecnologias por falta de contato básico. Nesse curso selecionamos as tecnologias mais utilizadas e modernas pensando em atender a essa demanda do associado”, enfatiza a coordenadora do Departamento de Laser da SBD, Taciana Del Forno. O destaque desse bloco, segundo a médica, é a apresentação sobre biossegurança desses procedimentos e manejo de complicações ministrado pelo dermatologista Beni Moreinas Grinblat (SP).

Em seguida, haverá outros quatro blocos: Lasers e outras tecnologias no tratamento de doenças dermatológicas (teórico e prático com vídeo); Lasers e tecnologias na face: como associar com segurança e eficácia? (teórico e prático com vídeo); Controvérsias e novidades em lasers e tecnologias, com o destaque para a aula “Marketing digital: como fazer de forma ética”, a ser ministrada pelo presidente da SBD, Sérgio Palma; e, por fim, Outras tecnologias nos tratamentos corporais (teórico e prático com vídeo).

Envelhecimento – A segunda edição do Simpósio de Envelhecimento da SBD traz novidade para os médicos com o módulo interativo baseado em metodologia de aprendizagem ativa, similar ao modelo PBL (Problem Based-Learning) para abordar as úlceras em idosos. Seguindo esse método, o moderador iniciará a sessão com a apresentação de casos clínicos ou temas polêmicos/desafiadores a fim de gerar debate e troca de experiências. A programação também contará com o curso para leigos Cuidados da pele do idoso – o que é importante saber, sob a coordenação de Silvia Marcondes Pereira, do Departamento de Dermatologia Geriátrica da SBD, além dos blocos Envelhecimento além das rugas; Dermatoses frequentes; Tumores, e o módulo final sobre assuntos diversos, que tratará de temas como uso de vitaminas e suplementos no processo de envelhecimento.

Para inscrições e outras informações, acesse a página do evento no site da SBD.


26 de fevereiro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.01 – JANEIRO-FEVEREIRO

Atendendo a uma tendência cada vez mais forte na área de comunicação, a divulgação do Congresso Mundial de Dermatologia Rio 2023 está sendo realizada maciçamente pelas redes sociais. Além do site oficial (https://wcd2023rio.com/), foram criadas as páginas no Facebook (https://www.facebook.com/WCD2023Rio/) e Instagram (https://www.instagram.com/wcd2023rio/) para alavancar a candidatura do Mundial e mostrar um pouco do trabalho realizado pela Comissão, coordenada por Marcia Ramos-e-Silva e Dóris Hexsel.

Com o tema "Next Stop: Brazil", o Rio de Janeiro concorre com Beijing (China), Singapura (Singapura), Dubai (Emirados Árabes), Guadalajara (México) e Sidney (Austrália) e conta com o apoio oficial da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A eleição ocorrerá em junho de 2019 durante o WCD em Milão.





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