Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA) e Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)




10 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

A dermatologista Ana Elisa Kiszewski Bau acaba de assumir a chefia do Serviço de Dermatologia ISCMPA/UFCSPA. A Dra. Ana é professora-associada de dermatologia na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre e coordenadora da Unidade de Dermatologia Pediátrica da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.

O Serviço anuncia que a aluna de especialização em Dermatologia Letícia Dupont, com o trabalho "Celulite por Vibrio vulnificus", venceu o prêmio de melhor caso apresentado na 3ª Jornada Multisserviços e no 2o Simpósio Gaúcho de Terapêutica Dermatológica, nos dias 16 e 17 de agosto, em Porto Alegre.

 


10 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

No dia 10 de outubro foi realizada a 4ª edição do “Xô Coceira”, evento organizado pelos residentes do serviço, com o apoio do Laboratório Libbs. No dia, crianças portadoras de dermatite atópica e outras dermatoses crônicas se reuniram para participar de atividades educativas e brincadeiras, marcando a comemoração da semana da criança e, ao mesmo tempo, proporcionando mais interação entre nossos pequenos pacientes e seus familiares. 

 


10 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

Para marcar o Dia de Conscientização da Psoríase (29 de outubro), a Unidade de Dermatologia do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) realizou a I Jornada de Psoríase do HRAN, em seu grande auditório. A iniciativa visa capacitar os dermatologistas e reumatologistas para o diagnóstico e o tratamento adequado dos portadores de psoríase.

O Ambulatório de Psoríase do HRAN, coordenado pela dermatologista Leticia Oba Galvão, funciona às segundas-feiras, no período de 7h às 12h e de 13h às 18h. Iniciou suas atividades em 2008 e é referência, junto com o Hospital Universitário de Brasília (HUB), no tratamento da psoríase no Distrito Federal.
Os pacientes podem agendar suas consultas via sistema de regulação (SisReg).


10 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

A SBD-BA lançou uma campanha entre seus associados para arrecadação de protetores solares. A abertura foi realizada durante o 3o Simpósio de Tumores Cutâneos, ocorrido nos dias 25 e 26 de outubro.

No início de novembro, a Diretoria da SBD-BA fez a entrega dos filtros na praia do Buracão, no Rio Vermelho, ao Grupo dos Guardiões do Litoral, que tem ajudado a retirar o óleo das praias da costa baiana, em decorrência do recente e inédito desastre ambiental por petróleo no litoral nordestino.

De acordo com uma das lideranças do grupo Guardiões do Litoral, Miguel Sehbe Neto, é de grande importância a mobilização das empresas com a causa. “Eu agradeço à SBD Regional Bahia e a todas as marcas que contribuíram para a arrecadação de vários protetores solares. Essa doação é muito importante para realizarmos um trabalho de redução dos impactos causados pelo derramamento de óleo".

O grupo Guardiões do Litoral vem atuando intensamente em praias de Salvador e em outras praias do litoral norte do estado atingidas pelo óleo. Eles já lançaram campanhas de financiamento coletivo para cobrir custos durante a limpeza das praias e foram beneficiados com a campanha da SBD-BA.

Para a presidente da SBD-BA, Tais Valverde, essa campanha é muito importante porque a Regional se sentiu parte dessa luta pela limpeza das praias. “Nós nos sensibilizamos com os voluntários que se arriscam para limpar nossas praias e muitas vezes acabam se expondo tanto aos resíduos do petróleo quanto ao sol. A importância dessa campanha é justamente garantir que essas pessoas estejam protegidas”, ponderou a presidente.

Além da participação dos associados, a campanha também contou com grandes marcas da indústria farmacêutica: Vichy, La Roche Posay, FQM Melora e Mantecorp.

 

 


10 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) encaminhou nesta sexta-feira (11) ao Ministério da Saúde uma nota técnica com posicionamento da entidade com relação ao uso de medicamentos biossimilares no tratamento de pacientes com psoríase e hidroadenite. No ofício, direcionado ao ministro Luiz Henrique Mandetta, a entidade alerta para os riscos decorrentes de medida adotada pela pasta, a qual permite a “intercambialidade” na prescrição desses produtos.

Como forma de contribuir para a resolução do problema denunciado, a SBD encaminhou 11 sugestões para avaliação do gestor federal. Segundo o presidente da entidade, Sérgio Palma, são medidas de fácil implementação que podem trazer mais segurança e eficácia para o atendimento dos pacientes que utilizam os produtos. O documento também foi remetido a outras áreas do ministério − Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIES), Departamento de Assistência Farmacêutica (DAF) e Departamento de Logística e Saúde (DLOG).

CONFIRA A ÍNTEGRA DO OFÍCIO DA SBD 

De acordo com decisão do ministério, permite-se orientação “não médica” para a disponibilização nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) do biossimilar do etanercepte, isto é, a substituição automática, sem razão clínica, de um biológico originador por um biossimilar. 

Características – A decisão vai na contramão de posicionamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que entende ser essencial a avaliação e o acompanhamento pelo médico responsável no processo. É esse profissional que poderá decidir sobre o produto ideal a ser utilizado em cada situação, de acordo com as características do produto, a patologia existente, a resposta individual, o histórico de tratamento de cada paciente e demais diretrizes aplicáveis”, ressaltou Sérgio Palma. 

No texto, a Sociedade também manifesta sua preocupação com a fragilidade dos mecanismos de rastreamento de medicamentos no País, o que seria um fator agravante considerando-se a intercambialidade dos produtos. Na avaliação dos dermatologistas, a farmacovigilância é fundamental para avaliação de todo e qualquer tratamento, principalmente os inovadores. De acordo com Sérgio Palma, só mediante esse processo é possível detectar reações adversas raras ou reações imunogênicas inesperadas.

“É preciso reconhecer a existência de falhas na farmacovigilância no Brasil. Nossos profissionais nacionais de saúde não têm o hábito de informar eventos. Além disso, os sistemas de informações apresentam deficiências que dificultam essa tarefa”, reiterou Palma. O presidente da SBD acrescentou ainda que a Sociedade está à disposição do governo para colaborar com a construção de soluções para os problemas relacionados a essa questão.

 


10 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

Outubro, mês que marca o Dia Mundial de Conscientização da Psoríase (29/10), uma doença de pele inflamatória crônica, não contagiosa, que afeta diretamente milhares de pessoas no Brasil e pode atingir todas as idades, teve uma boa notícia. Recentemente, o Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou uma série de medicamentos imunobiológicos ao grupo de medicações oferecidas de forma gratuita pelo sistema para o tratamento da psoríase moderada a grave em adultos e crianças, que não respondem às terapias tradicionais. Uma vitória importante para pacientes de psoríase, profissionais da saúde e Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

O tratamento da psoríase depende essencialmente da forma da doença e da extensão do quadro. Casos leves são tratados com medicamentos tópicos, como cremes e xampus. Para o tratamento da psoríase moderada a grave são usados a fototerapia (banhos de luz ultravioleta) e medicações orais sistêmicas. Caso o paciente não melhore com as etapas de tratamentos anteriores ou apresentem alguma restrição a seu uso, indicam-se os medicamentos imunobiológicos.

“Os biológicos são uma nova geração de medicamentos para o tratamento da psoríase moderada a grave. São altamente específicos e eficazes no controle da enfermidade, quando o paciente já não responde às medicações tradicionais. O médico dermatologista precisa avaliar com atenção caso a caso para indicar o melhor tratamento”, explica a médica dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia Claudia Maia.

A característica mais marcante da psoríase é o impacto que a doença tem sobre o bem-estar físico e a qualidade de vida do paciente. “A psoríase é cercada de preconceito devido ao aspecto das lesões e o receio infundado de que possa ser contagiosa. Não se trata de uma doença contagiosa e, assim, não há nenhum risco para as pessoas que convivem com o paciente de psoríase”, destaca Palma.

A SBD reforça a luta contra o preconceito e a necessidade constante de esclarecimentos sobre as suas manifestações. “Essa situação delicada que leva a pessoa com psoríase ao isolamento social precisa ser mudada. A Campanha Nacional de Conscientização da Psoríase da SBD, veiculada nas redes sociais da Sociedade, tem um papel muito importante na luta contra o preconceito”, finaliza Ricardo Romiti.

Sobre a liberação dos imunobiológicos no SUS
Durante a 74ª edição do maior e mais importante evento da dermatologia brasileira, o Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia, em setembro, a SBD recebeu a notícia da liberação dos medicamentos imunobiológicos para tratamento da doença no SUS, uma luta dos pacientes com psoríase e dermatologistas ao longo de uma década. No entanto, a disponibilização dos medicamentos biológicos não ocorre de forma automática, demandando algumas burocracias do Ministério da Saúde para que os imunobiológicos possam finalmente ser prescritos pelo médico.

“Ao que tudo indica a espera não será longa, pois há poucos dias saiu o Sigtap para psoríase, que é o código do Ministério da Saúde, para começar a liberar as medicações. Agora só estamos aguardando a adequação das Secretarias estaduais de saúde para começar o fluxo de fornecimento”, explica Claudia Maia.

A partir de agora, portanto, de forma resumida, com o novo protocolo de tratamento da doença, passam a ser regulados a forma de acesso dos pacientes à medicação gratuita na rede pública, os critérios para fechamento de diagnóstico, a exigência de que gestores do SUS observem as normas e a obrigação de que os médicos informem ao paciente, ou seu responsável legal, sobre os potenciais riscos, benefícios e efeitos adversos relacionados ao uso das medicações citadas. Entenda mais sobre o assunto aqui.

 


10 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

Development and validation of an instrument to assess the knowledge of general practitioners and pediatricians about photoprotection and solar radiation

https://doi.org/10.1016/j.abd.2019.09.011

Fernanda MendesAraújoa,b; Julliana Andrade do Carmoc; Letícia Diniz Cunhac; Igor Monteiro Lima Martinsb; Airton dos Santos Gond; Antônio Prates Caldeirab,e

a Department of Clinical Medicine, Dermatology, Universidade Estadual de Montes Claros, Montes Claros, MG, Brazil
b Postgraduate Program in Health Sciences, Universidade Estadual de Montes Claros, Montes Claros, MG, Brazil
c School of Medicine, Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, Montes Claros, MG, Brazil
d Department of Clinical Medicine, Dermatology, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, Brazil
e Department of Pediatrics, Universidade Estadual de Montes Claros, Montes Claros, MG, Brazil

Abstract

Background
The knowledge of general practitioners about photoprotection is unknown.

Objectives
To develop and validate an instrument to evaluate the knowledge of general practitioners and pediatricians about photoprotection, gauging the knowledge of these professionals.

Methods
The study followed the steps: (1) Literature identification and item elaboration related to the theme; (2) Content validation; (3) Apparent validation; (4) Construct validation: internal consistency analysis and discriminatory analysis; (5) Reliability analysis. In Step 4, the instrument was applied to 217 general practitioners and pediatricians who worked in the host city of the study; the scores were compared with dermatologists scores.

Results
The final instrument had 41 items and showed satisfactory internal consistency (Cronbach's alpha = 0.780), satisfactory reproducibility and good test–retest reliability (good-to-excellent kappa statistic in more than 60% of items). The discriminatory analysis registered a mean score of 54.1 points for dermatologists and 31.1 points for generalists and pediatricians, from a total of 82 possible points, representing a statistically significant difference (p < 0.001). Generalists and pediatricians demonstrated an understanding of the relationship between excessive sun exposure and skin cancer, but they revealed lack of technical information necessary for their professional practice.

Study limitations
The instrument evaluates only knowledge, without evaluating the conduct of the participants.

Conclusion
The results show that the instrument has good internal consistency and good reproducibility. It could be useful in the identification of general practitioners and pediatricians knowledge gaps on the subject, for the subsequent development of training and educational strategies.

Keywords
Health education; Skin neoplasms; Solar radiation; Sunscreening agents; Ultraviolet rays; Validation studies


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JSBD – Ano 23 – N.05

Relatos de casos

http://www.doi.org/10.5935/scd1984-8773.2018102936    

Retalho A-T para reconstrução de ferida operatória na ponta nasal

A-T flap for reconstruction of surgical wound in the nasal tip

 

Théo Nicolacópulos; Rogério Nabor Kondo
Serviço de Dermatologia, Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina (PR), Brasil
Trabalho realizado no Serviço de Dermatologia do Hospital Universitário do Norte do Paraná, Universidade Estadual de Londrina (UEL) – Londrina (PR), Brasil.

Suporte Financeiro: Nenhum
Conflito de Interesses: Nenhum

Correspondência:

Rogério Nabor Kondo
Hospital das Clínicas de Londrina (AEHU) Rodovia PR 445, km 179 − Campus Universitário (UEL)
Londrina-PR – 86051990

E-mail: kondo.dermato@gmail.com

 
Resumo

A região nasal é local frequente de tumores cutâneos, e reparar defeitos nessa região pode ser um grande desafio cirúrgico devido à necessidade do restabelecimento de suas propriedades estrutural, funcional e estética. Este estudo descreve a aplicação de um retalho A-T como opção para reconstrução de ferida operatória secundária à excisão de carcinoma basocelular na ponta nasal.
Palavras-chave: Carcinoma basocelular ; Nariz; Retalhos cirúrgicos

INTRODUÇÃO

A reconstrução de defeitos cirúrgicos decorrentes da excisão de neoplasias na região nasal é um grande desafio devido a características locais, como sua estrutura rígida e de pouca mobilidade.
Descrevemos a utilização de um retalho A-T como opção para o fechamento de ferida operatória na ponta nasal.

 
RELATO DE CASO

Paciente do sexo feminino, 76 anos, caucasiana, apresentando há oito meses placa eritematosa e infiltrativa na ponta nasal, com biópsia incisional prévia compatível com carcinoma basocelular nodular. Foi realizada marcação de margens cirúrgicas de 3mm para a reconstrução com retalho A-T, utilizando-se incisão nos sulcos alares para o avanço bilateral (Figura 1). O defeito cirúrgico resultante da excisão do tumor não foi passível de fechamento primário (Figura 2A), e as incisões programadas para o retalho A-T foram então realizadas (Figura 2B). O retalho foi posicionado e suturado com fio mononáilon 5-0, alternado com mononáilon 6-0 (Figura 3). Após seis meses, a paciente se apresenta sem sinais de recidiva tumoral e com ótimo resultado estético (Figura 4).

 
DISCUSSÃO

Retalhos cutâneos são recursos que podem ser necessários para o fechamento de excisões de tumores da pele na face.1-4 Na região nasal, as reconstruções podem ser um verdadeiro desafio para o cirurgião dermatológico, devido ao apelo ao bom resultado estético e funcional. As alternativas incluem fechamento primário, cicatrização por segunda intenção, enxertos ou retalhos cutâneos. Entretanto, diversos fatores norteiam a escolha cirúrgica, sendo os retalhos cutâneos uma ótima opção devido à similaridade da pele utilizada para o fechamento, quanto à textura, cor e espessura. Ademais, especificamente na subunidade da ponta nasal, deve-se atentar para a manutenção da forma, posição, contorno e cicatriz.5,6

O retalho A-T é classificado como de avançamento bilateral, de acordo com seu movimento principal em direção à área do defeito.2,4 É um excelente método para solucionar um defeito amplo e profundo cujo tecido adjacente não permite fechamento direto. Possui as vantagens de poder ser realizado sob anestesia local e com resolução num único tempo cirúrgico.4

No presente caso, a lesão da ponta nasal corresponderia ao “A” e a incisão nos sulcos alares nasais bilateralmente, ao teto do “T”, permitindo o avanço bilateral. Tal modalidade respeita os princípios fundamentais cosméticos, de forma que as incisões foram estrategicamente posicionadas na junção das subunidades nasais, maximizando a camuflagem de cicatrizes. Houve boa integração do retalho à área receptora e ótimo aspecto cosmético (Figura 4).

 
CONCLUSÃO

A utilização de retalho A-T para correção de defeitos cirúrgicos em ponta nasal, seguindo princípios fundamentais cosméticos, torna-se opção cirúrgica com ótimo resultado estético e funcional.

 
CONTRIBUIÇÃO DOS AUTORES:

Théo Nicolacópulos | ORCID 0000-0001-7672-4337
Concepção e planejamento do estudo, elaboração e redação do manuscrito, cirurgião dermatológico do caso.

Rogério Nabor Kondo | ORCID 0000-0003-1848-3314
Orientação, concepção e planejamento do estudo, elaboração e redação do manuscrito, cirurgião dermatológico do caso.

 
REFERÊNCIAS

1. Hassan MI, Hassan DAE. Reconstruction after removal of basal cell carcinoma. J Am Sci. 2012;8(7):42-9.

2. Baker SR. Advancement flaps. In: Baker SR, editor. Local flaps in facial reconstruction. 2th Ed. Philadelphia: Elservier; 2007. p.415-74.

3. Camacho-Martinez FM, Rollón A, Salazar C, Rodriguez-Rey EM, Moreno D. Free flaps in Surgical Dermatology. Comparison between fasciocutaneous and myocutaneous free flaps in facial reconstructions. An Bras Dermatol. 2011; 86(6):1145-50.

4. Kondo RN, Pontello Junior R. A-T flap for the reconstruction of an operative wound in the malar region. Surg Cosmetic Dermatol. 2015; 7(3):272-74.

5. Faris C, Vuyk HD. Reconstruction of nasal tip and columella. Facial Plast Surg Clin North Am. 2011;19(1):25-62.

6. Lohuis PJFM, Godefroy WP, Baker SR, Tasman AJ. Transposition Flaps in Nasal Reconstruction. Facial Plast Surg Clin N Am. 2011;19(1):85-106.

 

 

 


10 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

O Termo de Consentimento Informado é um documento que presta esclarecimentos ao paciente ou a seus responsáveis sobre a realização de procedimentos com segurança. Nele, são apresentados por meio de escrita simples e linguagem acessível a proposta terapêutica e os procedimentos a utilizar, assim como possíveis complicações ou riscos da assistência prestada. Deve possuir dados de identificação do paciente, de seu responsável e do médico, bem como a assinatura dos envolvidos; emitido em duas vias, uma delas fica com o paciente. 

Para o presidente da SBD, Sérgio Palma, é fundamental que o médico ofereça todas as orientações relativas aos cuidados que prestará, bem como aos procedimentos e possibilidade de efeitos colaterais e intercorrências.

“É primordial manter a comunicação efetiva com o paciente. Dessa maneira, não se deve apenas pedir que o paciente ou seu responsável assine um papel para cumprimento das exigências, mas sim informá-lo detalhadamente sobre todo o tratamento/procedimento”, frisa, lembrando a sugestão de deixar um espaço no termo para que o paciente escreva do próprio punho suas observações.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia disponibiliza sugestão de documento a fim de auxiliar o médico dermatologista em sua missão de agir com o máximo de atenção e zelo, em benefício da saúde de seus pacientes, conforme determinam os Princípios Fundamentais do Código de Ética Médica. A entidade ressalta que o presente modelo é uma sugestão e não isenta o profissional de sua responsabilidade sobre o Ato Médico.

Clique para ver sugestão de modelo do formulário para futuras reproduções. O profissional é livre para adaptar ao termo o que achar mais adequado.


10 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

A tecnologia está cada vez mais presente no mundo contemporâneo. Desde compras on-line a pesquisas sobre diferentes assuntos, a rede também tem mudado a forma como as pessoas se relacionam. E na medicina essa realidade não é diferente. De um lado, os pacientes que podem acessar aplicativos específicos e outros dispositivos para controlar e acompanhar suas funções vitais, atividades esportivas, sono e cuidados com alimentação. De outro, médicos que utilizam diferentes ferramentas para os auxiliar no cuidado com a saúde de seus pacientes, usando, por exemplo, prontuários eletrônicos que facilitam o registro padronizado das informações; o armazenamento de imagens para documentação da evolução das doenças; o acesso aos dados de onde quer que esteja; e a emissão de receitas sem o risco de caligrafias ilegíveis.
 
O dermatologista Pedro Dantas é um entusiasta da tecnologia. Para ele, novas tecnologias devem ser vistas como ferramentas de auxílio no cuidado com a saúde, e não como empecilho à sua promoção. Lembra, aliás, que antes da internet o acesso à informação confiável era muito mais difícil. Além dos livros, tratados e eventualmente revistas científicas assinadas – que deveriam ser devidamente catalogadas e guardadas –, era primordial participar de eventos científicos, pois constituíam as principais oportunidades de atualização.

“Os recursos diagnósticos eram mais escassos, assim como o arsenal terapêutico, com alguns medicamentos de difícil aquisição. Hoje em dia, temos rápido acesso a um conteúdo imensurável e com grandes chances de tratar nossos pacientes com terapias atualizadas e baseadas em evidências. Os recursos diagnósticos têm-se mostrado cada vez mais precisos. Na dermatologia, especificamente, já existem algoritmos de análises de imagens de lesões pigmentadas com acurácia superior à de dermatologistas (Esteva et al. Nature, 2017)”, pontua.
 
O médico, entretanto, tem ressalvas sobre o uso indiscriminado da tecnologia para tudo.

“Atualmente, resolvemos quase tudo pelos aplicativos de mensagens e redes sociais. Mas é preciso cautela para que a relação humana entre médico e paciente não seja deixada de lado”, comenta e faz um alerta sobre consultas não presenciais: “Essa aparente facilidade esconde algumas armadilhas que devem ser consideradas em uma consulta médica. A consulta virtual reduziria o processo de maneira significativa. A anamnese se resumiria a um preenchimento de formulário; o exame físico se basearia em fotos ou vídeos enquadrados a critério dos pacientes; o diagnóstico baseado em algoritmos; e a conduta em consensos e protocolos preestabelecidos. Transformaríamos o cuidado à saúde em uma ciência exata, absoluta, cartesiana. O que faltaria nesse processo? A interação real entre médico e paciente, que é primordial para o acolhimento, direcionamento, gestão e compreensão de fatores que perpassam os formulários e fotos”, avalia, enfatizando, ainda, que, apesar de ferramentas diagnósticas com base em inteligência artificial se tornarem uma realidade acessível, elas demandam que os médicos reconheçam seu papel como gestores da saúde de seus pacientes, como os médicos de família faziam no passado.
 
Outro ponto importante sobre o tema e que muitas vezes pode ser prejudicial no tratamento de pacientes diz respeito ao fato de o acesso à informação estar facilitado para todos. Isso pode gerar uma sensação de que as pessoas são experts em assuntos relacionados à saúde na busca de tratamento pelas redes. “Apesar de muito do que há na internet não ter respaldo científico, existe também conteúdo disponível de origem confiável. O problema é que o discernimento entre o conteúdo de qualidade ou não e, principalmente, se aquele conteúdo se aplica à situação do paciente é subestimado pelo público, gerando uma falsa sensação de total conhecimento sob sua condição de saúde. Nesse contexto, o médico muitas vezes é visto como mero ‘controle de qualidade’ do autodiagnóstico e com papel secundário no acompanhamento dos pacientes. Essa percepção equivocada pode levar a sérios problemas de saúde, principalmente quando ocorrer em grande escala. Além disso, o médico também deixa de ser uma figura de respeito e é considerado com contínua desconfiança por parte do paciente, que passa também a ser um constante questionador da atitude médica, o que dificulta uma postura empática pelo profissional de saúde”, enfatiza.

O médico afirma que não há como interferir no acesso a essas informações. Por isso, ele diz que é importante estar atualizado continuamente do que é divulgado na mídia e nos sites para poder argumentar com os pacientes ‘convictos e antenados’. “Devemos discutir de maneira coerente e embasada o porquê das desconfianças dessas novidades ou, até mesmo, estar aberto e disposto a aprender com os pacientes, nos comprometendo a estudar sobre o assunto e dar um feedback posterior sobre nossa opinião embasada em nossa formação e experiência”, salienta.
 
Além da veracidade ou não do que é encontrado na internet, as redes sociais trouxeram outro problema para dentro dos consultórios dermatológicos. Na cultura digital, existe uma falsa noção de que ser perfeito está ao alcance de todos. Além dos filtros que mascaram fotos reais, inúmeros procedimentos estéticos são anunciados por não médicos como a solução para a aparência dos sonhos.

“A questão estética, nessa nova realidade, vem como catalisador de uma frustração em massa e uma sociedade baseada em truques para só mostrar o melhor ângulo. Uma tendência desenfreada de busca por rosto e corpo perfeitos em uma competição subliminar de quem ficará mais parecido com seus ídolos, resumindo a importância da pessoa à aparência. Uma legião de pessoas saudáveis buscando médicos, dentistas, esteticistas ou quem quer que as possa ajudar a chegar mais perto desse objetivo”, enfatiza.

Nesses casos, Dantas reforça a postura que dermatologistas devem ter com pacientes que chegam com opinião formada sobre a realização desses procedimentos. “Acredito que temos sempre que agir com cautela, ética e firmeza. Modismos, por sua própria definição, têm caráter efêmero, e isso tem que ser ratificado com os pacientes. Nada vai ser melhor do que o tempo e a história para consolidar técnicas e procedimentos. A busca infindável pelo mais atual e moderno, pelo tratamento recém-lançado, sempre vai haver, e cabe a nós agir com parcimônia e não nos deixar levar exclusivamente pela indústria e pelos desejos dos pacientes. Vale ressaltar que, por se tratar de procedimentos invasivos, podem ocorrer complicações e que, porque conhecemos outros aspectos patológicos e fisiológicos da pele, estamos mais aptos a preveni-las e tratá-las. Devemos aderir ao novo quando houver embasamento científico, regulamentação, treinamento adequado e segurança para fazê-lo”, reforça.
 

 

 





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