Belo Horizonte sedia evento com expoentes da oncologia no Brasil e exterior
Trezentos e cinquenta congressistas lotaram as salas do Teatro Bradesco, em Belo Horizonte, onde ocorreu de quinta a domingo (28 a 31/5) o I Simpósio de Oncologia Cutânea da SBD.
No segundo dia de encontro, as atividades científicas englobaram cerca de 40 cursos e seminários sobre diversos temas, com destaque para os avanços nos fotoprotetores, novos recursos tecnológicos para o diagnóstico precoce do melanoma, cirurgia micrográfica de Mohs como padrão ouro para o tratamento de neoplasias cutâneas (carcinoma basocelular, espinocelular, dermatofibrosarcoma) de alto risco e novas drogas para o tratamento de neoplasias cutâneas inoperáveis.
O aumento da incidência e da sobrevivência de câncer em todo mundo foi um dos assuntos mais relevantes abordados na parte da tarde. A cada ano, mais de 12, 7 milhões de pessoas no mundo são diagnosticadas com câncer. Novos medicamentos estão surgindo para o tratamento desses pacientes, trazendo, consequentemente, novos efeitos colaterais para a pele, como pruridos, escoriações, rash, piodermites, paroniquia, xerose, onicólise, síndrome mão-pé (infecções, dor, limitação de movimento), hiperpigmentação, fotossensibilidade, radiodermite, alopecia, entre outros.
O presidente da SBD, Gabriel Gontijo, que na abertura do evento prestou uma homenagem especial ao cirurgião dermatológico Dr. Eugenio Raul de Almeida Pimentel (SP), comenta sobre o Simpósio:
“Foi um evento extremamente produtivo, com aulas de alta qualidade científica e que promoveu uma excelente troca de experiência entre todos”, comentou.
Às 19h, finalizou a programação de sexta, a conferência “A pele do paciente com neoplasias sistêmicas: o que muda?”, ministrada por Mario Lacouture (EUA), e com a ex-presidente Denise Steiner (SP) como presidente de mesa e moderadora da discussão. A sessão abordou a identificação precoce das dermatoses paraneoplásicas, incluindo as neoplasias genitourinárias e os riscos dos pacientes transplantados, bem como o aumento da capacidade do dermatologista na identificação das manifestações cutâneas das neoplasias sistêmicas, os efeitos colaterais cutâneos dos quimioterápicos e terapias alvo utilizados nas neoplasias sistêmicas e, por fim, a xerose cutânea e do prurido nos pacientes com neoplasias cutâneas.
No sábado, 30, os participantes fizeram uma pausa no aprendizado para uma visita ao Centro Cultural Inhotim, na cidade mineira de Brumadinho. O último dia de evento teve como destaques a conferência “Atualização do melanoma” e os simpósios “Pérolas cirúrgicas e critérios de indicação”, além das “Campanhas de detecção precoce e prevenção do câncer cutâneo” promovidas há 16 anos pela SBD. Em 2015, a campanha incluirá vasta programação de atividades mensais, que irá culminar na participação de dermatologistas de todas as Regionais da SBD em ação voluntária de orientações sobre a doença e a sua prevenção, o Dia Nacional de Combate ao Câncer da Pele, em 7 de novembro.
