Aprovada a incorporação pelo SUS de adalimumabe para o tratamento da hidradenite supurativa moderada a grave



Aprovada a incorporação pelo SUS de adalimumabe para o tratamento da hidradenite supurativa moderada a grave

17 de outubro de 2018
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Na terça-feira 16/10, a Conitec (MS) publicou no Diário Oficial da União (DOU) a decisão de incorporação do adalimumabe para o tratamento da hidradenite supurativa (HS) moderada a grave em pacientes adultos que não respondem adequadamente à terapia tradicional. O medicamento biológico reduz os sintomas da doença, incluindo as dores, e representa um avanço no tratamento da hidradenite supurativa no SUS. Também é consequência de trabalho ativo da SBD no encaminhamento da demanda do paciente por essa incorporação, que já havia sido aprovada pela Comissão Europeia desde 2015..

“A conquista é fundamental para o paciente, pois a doença gera importante impacto em sua vida, e um marco fundamental para a dermatologia, já que insere nossa especialidade no centro do tratamento dessa doença”, afirma a dermatologista Maria Cecília Rivitti.

O adalimumabe é medicação segura, eficaz, e cujo uso obedece a critérios clínicos já bastante estabelecidos pela literatura científica nacional e estrangeira.

A prescrição médica será liberada após a publicação da atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da hidradenite supurativa. A previsão é que após publicação do PCDT ainda seja necessário aguardar cerca de seis meses para que ocorra a distribuição de medicamentos.

Consenso da SBD de Hidradenite Supurativa

Com o objetivo de fornecer aos dermatologistas orientações atualizadas e baseadas nas melhores evidências científicas, a SBD elaborou um guia de recomendações de atendimento ao paciente com hidradenite supurativa. O consenso, produzido por um grupo de dermatologistas com experiência no tratamento clínico e cirúrgico da doença, sob a coordenação das dermatologistas Renata Magalhães e Maria Cecília Rivitti, é o primeiro da América Latina sobre a HS e poderá servir de fonte para a formulação do PCDT.

"Com base em evidências da literatura, foi organizado um texto sobre tratamentos disponíveis, sendo feita votação pelo sistema Delphi modificado entre os especialistas para validar as afirmações sugeridas. O consenso considera nível de evidência, grau de recomendação e concordância entre os especialistas acima de 70% para entrar como recomendação de tratamento. Esse documento pretende ajudar na condução dos casos de hidradenite, contribuindo para diagnóstico, classificação e tratamento mais adaptado às realidades brasileiras", considera a dermatologista Renata Magalhães.

De acordo com a médica, a proposta é que o consenso seja revisto e publicado em até dois anos, acrescido das atualizações da literatura.

No dia 29 de outubro, o documento será entregue ao Ministério da Saúde, em Brasília, pelos dermatologistas Claudia Maia e Paulo Oldani.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) publicará até o final do ano o consenso de hidradenite supurativa e também de outras doenças dermatológicas, projeto coordenado pelas dermatologistas Andrea Machado e Flávia Vasques Bittencourt.

 

 

 

 

 





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