CANDIDATURA PARA VAGAS NAS COMISSÕES PERMANENTES DA SBD



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13 de maio de 2025

Informamos que na próxima reunião do Conselho Deliberativo da SBD, que acontecerá no dia 14 de junho de 2025, haverá eleição para membros das Comissões Permanentes da SBD.

Comissão de Ética e Defesa Profissional  – 1 vaga

Comissão de Título de Especialista – 1 vaga

Comissão de Ensino  – 1 vaga

Comissão Científica – 1 vaga

Para se candidatar a qualquer vagas das Comissões é exigido que o candidato seja associado titular da SBD há mais de 5 (cinco) anos e quite com suas obrigações sociais.

Conforme disposto no art. 7° do Estatuto da SBD, “são associados titulares todos os médicos dermatologistas, residentes ou não no Brasil, inscrito para esse fim, portador de Título de Especialista em Dermatologia (TED) emitido pela Associação Médica Brasileira após aprovação no exame promovido pela SBD e que possui o registro da especialidade Dermatologia (RQE – Registro de Qualificação do Especialista) no Conselho Regional de Medicina competente”. Para o cargo de membro das Comissões de Título de Especialista, Científica e de Ensino é exigido, ainda, que os candidatos sejam professores titulares, livre-docentes ou doutores.

O associado da SBD que preencher os requisitos dos cargos acima mencionados e tiver interesse em se candidatar deverá encaminhar solicitação de inscrição de sua candidatura endereçada à Diretoria da SBD para o e-mail diretoria@sbd.org.br, impreterivelmente, até o dia 14/05/2025, contendo nome completo e o nome da Comissão de interesse. Os candidatos às vagas nas Comissões de Título, Científica e de Ensino deverão enviar, ainda, no mesmo e-mail, a comprovação de que são professores titulares, livre-docentes ou doutores. Não serão aceitas inscrições recebidas após o prazo acima mencionado, o que inclui a não aceitação de inscrições durante a reunião do Conselho Deliberativo.

Além disso, solicitamos que o candidato envie um mini-currículo no formato PDF, de no máximo 1 página, em letra Arial ou Times New Roman, tamanho 12, com informações sobre sua formação profissional e demais tópicos referentes à vaga pretendida.

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12 de maio de 2025

Na reunião ordinária do Conselho Deliberativo que ocorrerá no dia 14 de junho de 2025, no Hotel Inter Continental, localizado na Alameda Santos, 1123 – Jardim Paulista, São Paulo – SP, CEP: 01419-001, será escolhida a cidade sede e o Presidente do Congresso da SBD do ano de 2029.

As cidades candidatas para sediar o Congresso de 2029 são: Goiânia  (Regional Goiás), Belo Horizonte (Regional Minas Gerais) e Curitiba (Regional Paraná).

Os associados que preencherem os requisitos dispostos abaixo poderão inscrever sua candidatura para o cargo de Presidente do Congresso de 2029 através de correspondência eletrônica a ser enviada, impreterivelmente, até o dia 12 de junho de 2025 para o e-mail: diretoria@sbd.org.br.

São requisitos para o cargo de Presidente do Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia:

  • a Ser associado honorário ou titular com mais de 10 (dez) anos nessa categoria;
  • a Estar quite com suas obrigações sociais;
  • a Ter desempenhado cargos diretivos em Regional ou na SBD;
  • a Ser filiado à Regional sede do Congresso;
  • a Residir no Estado que sediará o Congresso.

Informamos, ainda, que serão concedidos 7 minutos durante a reunião do Conselho para que as Cidades candidatas, representada pela Regional, defendam a sua candidatura. É essencial que nessa apresentação a Regional comprove que a Cidade candidata possui condições de infraestrutura para sediar o Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Após a escolha da cidade sede serão concedidos 3 minutos para que cada candidato a Presidente do Congresso de 2029, residente no estado da cidade eleita defenda a sua candidatura. Em seguida será eleito o  Presidente do Congresso de 2029.

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1 de maio de 2025

Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) aproveita o Dia do Trabalhador, celebrado em 1º de maio, para lembrar que saúde ocupacional vai além dos exames periódicos. A pele, maior órgão do corpo humano, também precisa de atenção, especialmente para profissionais expostos ao sol ou em contato com substâncias químicas e irritantes. 

Entre os problemas dermatológicos mais frequentes nos ambientes de trabalho está a dermatite de contato ocupacional, uma inflamação cutânea provocada por agentes irritantes ou alérgenos presentes em produtos como detergentes, solventes, graxas, cimento, cosméticos, tintas, entre outros. 

“A dermatite de contato é muito comum entre profissões como cabeleireiros, auxiliares de limpeza, trabalhadores da construção civil e até profissionais da saúde. A exposição constante a substâncias agressivas ou o uso inadequado de equipamentos de proteção contribui diretamente para o surgimento do problema”, explica a dermatologista Dra. Rosana Lazzarini, membro da diretoria da SBD. 

Os sintomas variam conforme o tipo, podendo ser dermatite irritativa ou alérgica, mas incluem vermelhidão, coceira, ardor, descamação e bolhas. O diagnóstico deve ser feito por um dermatologista, que poderá solicitar testes de contato para identificar a substância causadora da reação, e o tratamento dependerá da gravidade do quadro, podendo incluir desde tratamentos tópicos até medicamentos orais ou eventualmente internação hospitalar, nos casos de maior gravidade. 

“É preciso que empresas e empregadores reconheçam a importância da proteção da pele como parte dos cuidados com a saúde do trabalhador. Muitas vezes, pequenas mudanças no ambiente ou no uso de equipamentos de proteção mais adequados podem prevenir doenças crônicas. É preciso identificar os agentes irritantes e os alérgenos e tentar evitá-los, utilizar os EPI (Equipamentos de Proteção Individual) quando indicados, higienizar corretamente a pele”, diz Dra. Lazzarini. 

Sol e trabalho: como se prevenir? 

Outro fator de risco para a saúde da pele no ambiente de trabalho é a exposição solar, especialmente entre profissionais que atuam ao ar livre, como agricultores, operários da construção civil, carteiros, entre outros são vulneráveis aos danos provocados pela radiação ultravioleta.  

De acordo com a Dra. Bianca Costa Soares de Sá, coordenadora do Departamento de Oncologia Cutânea da SBD, a exposição solar intensa pode induzir a ativação de doenças autoimunes da pele, infecções e reações medicamentosas. Além disso, a exposição crônica ao sol não apenas acelera o envelhecimento da pele e favorece o surgimento de manchas, como também está relacionada ao aumento significativo de risco de câncer da pele. 

“A exposição intensa, prolongada e cumulativa é o que mais preocupa. Ela está diretamente ligada ao surgimento de tumores cutâneos, especialmente entre trabalhadores que atuam em ambientes externos”, destaca a especialista. 

Para reduzir os riscos, a dermatologista reforça a importância da combinação entre proteção física e o uso de loções com filtro solar, que deve ser reaplicada a cada duas horas. “O ideal é evitar a exposição, principalmente entre 10h e 15h, quando a intensidade da radiação ultravioleta é mais alta. Se não for possível, é fundamental o uso de chapéus, roupas adequadas, preferencialmente com proteção UV, óculos escuros e protetor solar”, orienta a médica dermatologista. 

Bianca lembra ainda que o protetor solar não bloqueia toda a radiação, e que chapéus e roupas atuam apenas nas áreas de contato direto, uma vez que a radiação é refletida pelas superfícies ao nosso redor, reforçando a necessidade do uso conjunto dessas medidas. 

“Cuidar da saúde do trabalhador é um compromisso que vai além das estruturas físicas e inclui também a proteção contra riscos invisíveis, como a radiação ultravioleta. A adoção de medidas simples pode evitar doenças graves e garantir qualidade de vida de quem passa boa parte do dia exposto ao sol”, alerta ela.  

Nesse contexto, iniciativas legislativas desempenham um papel essencial, como a Lei 8.231/91, que atribui a todas as empresas a responsabilidade pela adoção de medidas de proteção e segurança à saúde do trabalhador, é um marco importante e merece maior notoriedade na luta contra o câncer de pele.  

A SBD reforça que a proteção solar deve ser uma prioridade nas práticas de segurança do trabalho quando a atividade laboral acontece em ambientes com exposição ao sol, para que a causa da prevenção ao câncer de pele ganhe força como um conjunto de medidas públicas e privadas.   

Outro avanço importante foi a Lei 14.758/2023, que institui a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC) no SUS. A PNPCC promove diretrizes de saúde para a prevenção, rastreamento, tratamento e reabilitação do câncer, além de estabelecer cuidados paliativos para pacientes em fase terminal e apoio psicológico para pacientes e familiares.

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30 de abril de 2025

A esporotricose, uma infecção causada por fungos do gênero Sporothrix, antes rara e associada ao contato com o solo, tornou-se um problema de saúde pública nas grandes cidades brasileiras. O tema foi um dos assuntos do Dermatrop – Simpósio de Dermatologia Tropical e Doenças Negligenciadas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que ocorreu neste mês de abril em São Paulo. O médico dermatologista Dr. Dayvison Freitas, que esteve em uma das mesas sobre o assunto, explica que a doença se manifesta principalmente na pele, mas pode atingir outros órgãos em casos mais graves.  

“As lesões normalmente começam como umas bolinhas pequenas, conhecidas como pápulas, que aumentam de tamanho e viram nódulos, que estouram. Além disso, outros começam a surgir no trajeto dos vasos linfáticos”, descreve o médico.  

Segundo Dr. Freitas, a forma mais comum da doença é a linfocutânea, mas também existe a forma fixa, em que a lesão não se espalha, e formas mais raras e graves que atingem os olhos, ossos, pulmões e até o sistema nervoso central. “Menos de 10% dos casos têm apresentação diferente. Em raras situações, pode ocorrer até pneumonia ou meningite”, alerta ele.  

A mudança na cadeia de transmissão  

Até o final da década de 1990, a esporotricose era adquirida, principalmente, por contato com espinhos e gravetos contaminados. Mas tudo mudou a partir de uma alteração de padrão detectada no Rio de Janeiro e posteriormente em outras regiões do país.   

Embora sejam apontados como a principal fonte de transmissão, os gatos também são as maiores vítimas da negligência humana, especialmente pela falta de cuidados. O médico chama atenção para o papel do abandono animal na disseminação da doença.   

Diagnóstico e tratamento ainda enfrentam desafios  

Na rede pública, o diagnóstico é feito, em geral, de forma clínico-epidemiológica. No entanto, a confirmação micológica (detectar o fungo a partir de amostra da lesão), apesar de relativamente simples, exige coleta de material da lesão e cultivo em laboratório especializado, o que pode levar semanas.  

O tratamento padrão dura de três a quatro meses, mas pode se estender. O principal remédio é administrado por via oral. Para casos especiais, como grávidas, existem alternativas como criocirurgia e termoterapia (compressas mornas). Para pacientes polimedicados, estas também são alternativas válidas e existem outras poucas opções de medicamentos, de acordo com o médico.  

Ainda não existe vacina para a esporotricose. A prevenção passa, sobretudo, pelo controle da doença nos animais infectados.   

Avanços recentes  

Uma conquista importante veio no início de 2025. De acordo com o médico, o Ministério da Saúde publicou uma portaria em março de 2025, tornando a esporotricose uma doença de notificação compulsória. “Só assim o Governo vai conseguir enxergar qual o real número de casos e recalcular o investimento necessário para combater a doença”, enfatiza Dr. Freitas.  

A ciência também avança em busca de novas soluções. “Estudos com laser de baixa potência têm mostrado bons resultados na cicatrização e alguns medicamentos estão em estudo, mas ainda precisamos de mais evidências”, ressalta.  

Enquanto isso, o melhor remédio continua sendo a informação, o cuidado com os animais e a vigilância ativa sobre os sinais da doença.  

Sobre o Dermatrop:   

O Dermatrop é um evento anual que reúne especialistas da dermatologia para discutir as mais recentes descobertas, tratamentos e abordagens das doenças tropicais e infecciosas que afetam a pele. A edição de 2025 foi dedicada a promover a atualização científica e a conscientização sobre condições como a Esporotricose, que impacta milhares de brasileiros.   

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17 de abril de 2025

Com a chegada da Páscoa, o consumo de chocolate se torna quase inevitável e, junto com ele, também surgem velhas dúvidas. Uma das mais comuns é se o chocolate realmente provoca ou piora a acne. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o consumo excessivo de alimentos ricos em açúcares e alguns derivados de leite está associado ao agravamento da acne — mas isso não significa que o chocolate, por si só, seja um vilão. 

Segundo o coordenador do Departamento de Cosmiatria da SBD, Dr. Daniel Coimbra, a acne é uma condição multifatorial, geralmente relacionada à predisposição genética, alterações hormonais e aumento da produção de sebo pelas glândulas da pele. 

“Não é o chocolate em si que causa acne, mas o consumo excessivo de alimentos ricos em açúcares simples e, em alguns casos, laticínios, pode agravar o quadro em pessoas predispostas. Quem percebe piora na pele após ingerir determinados alimentos deve observá-los com atenção e conversar com seu dermatologista, mas isso não significa que esses itens causarão acne em todas as pessoas”, explica Dr. Coimbra. 

A SBD reforça que a acne é uma condição comum, especialmente na adolescência, fase em que há estímulo hormonal importante sobre as glândulas sebáceas. Esse aumento de oleosidade associado à obstrução dos poros, leva à formação de cravos e, em casos inflamatórios, às espinhas. 

“É possível controlar e até prevenir a acne com medidas simples, como higienização adequada da pele duas a três vezes por dia, e evitando o uso de produtos cosméticos comedogênicos ou muito oleosos”, orienta Dr. Daniel. 

O dermatologista ainda acrescenta: 

“Nesta Páscoa, o chocolate pode — e deve — ser saboreado com prazer e moderação. O verdadeiro inimigo da pele não está no ovo de Páscoa, mas na desinformação. Cuidados diários e informação correta são os melhores aliados da saúde cutânea.” 

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16 de abril de 2025

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), dando continuidade ao seu papel de orientação técnica à comunidade médica e zelando pela segurança dos pacientes, atualiza sua posição sobre a formulação sublingual manipulada de minoxidil.

Na nota técnica anterior, emitida em [25/03/2025], a SBD alertou para a ausência, até aquele momento, de metodologias validadas no Brasil para realização do teste de perfil de dissolução específico para a forma sublingual do minoxidil, uma exigência da Resolução RDC nº 67/2007 da Anvisa, considerando que essa substância é classificada como de baixo índice terapêutico (SBIT).

Após a divulgação da referida nota, a SBD foi oficialmente informada pela Anfarmag (Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais), por meio do Ofício nº 0021-2025, que existem no Brasil laboratórios habilitados para a realização dos estudos exigidos para formas farmacêuticas sublinguais e orodispersíveis contendo SBIT, incluindo o perfil de dissolução e o subsequente ensaio de dissolução como teste de controle de qualidade.

Segundo a Anfarmag, os laboratórios contratados para esses estudos seguem metodologias validadas de acordo com farmacopeias reconhecidas (Brasileira, USP, Britânica e Europeia), abrangendo a padronização da farmacotécnica, definição dos excipientes e validação dos métodos utilizados. As farmácias que contratam esses serviços e seguem os protocolos estabelecidos estão, assim, em conformidade com as exigências regulatórias.

Diante disso, a SBD reconhece a viabilidade da manipulação do minoxidil sublingual, desde que realizada exclusivamente por farmácias que comprovem, documentalmente, a realização dos estudos exigidos, incluindo:

  • Estudo de perfil de dissolução específico da formulação manipulada;
  • Validação farmacotécnica e padronização da manipulação;
  • Ensaio de dissolução como controle de qualidade do lote;
  • Monitoramento contínuo conforme estabelecido nos estudos.

A prescrição médica da formulação sublingual deve ser feita com base na individualização terapêutica, com acompanhamento criterioso quanto à eficácia e à segurança.

A SBD reforça seu compromisso com a prática médica baseada em evidências e com a atualização constante de suas recomendações técnicas, sempre com foco na proteção da saúde e na segurança dos pacientes.

Diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia

 

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16 de abril de 2025

A Hanseníase foi um dos principais temas discutidos no 47º Dermatrop – Simpósio de Dermatologia Tropical e Doenças Negligenciadas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que reuniu especialistas de todo o país, em São Paulo, no último final de semana (11 e 12/04). A iniciativa viabilizou o compartilhamento dos mais recentes avanços no diagnóstico, tratamento e manejo da doença. Embora essa seja uma condição tratável, o estigma ainda envolve os pacientes, o que torna a disseminação de informações corretas e o enfrentamento do preconceito medidas essenciais.   

“A Hanseníase pode acometer principalmente a pele e os nervos, mas também pode afetar alguns órgãos internos. Os primeiros sinais incluem manchas claras ou avermelhadas na pele, perda de sensibilidade em lesões, ou pele sem lesão; e dor em trajeto de nervos. Identificar esses sintomas precocemente é essencial para evitar complicações”, explicou Dr. Heitor de Sá Gonçalves, que coordenou a mesa sobre o tema e mediou as discussões.  

O diagnóstico da doença é principalmente clínico e pode ser confirmado por exames como a baciloscopia ou biópsia de pele. “Hoje, temos exames mais precisos, como PCR, exames de imagem e eletroneuromiografia para os casos de Hanseníase neural pura, que ajudam a identificar a presença do bacilo e as possíveis complicações neurológicas. Um dado importante é o cuidado com a interpretação dos testes imunológicos (os testes rápidos), os quais não indicam doença, mas, se positivos, podem indicar que o indivíduo entrou em contato com o bacilo e, se negativos, não indicam ausência de doença”, acrescentou Dr. Heitor.  

Em relação ao estigma, de acordo com ele, a principal ferramenta é a educação para mudar a percepção popular. “A Hanseníase tem cura e, com diagnóstico precoce, as sequelas físicas podem ser prevenidas ou minimizadas. É fundamental educar tanto a população quanto os profissionais de saúde sobre o verdadeiro impacto da doença, desfazendo mitos históricos e mostrando, por exemplo que a mesma não é tão transmissível quanto se pensava”, ressaltou o médico dermatologista.  

Já Dra. Carla Andrea Avelar Pires, coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD, enfatizou a importância da atuação dos dermatologistas no cuidado aos pacientes.  

“O dermatologista tem um papel essencial no diagnóstico e acompanhamento da doença, especialmente nos casos mais complexos. Eles são fundamentais para diferenciar a Hanseníase de outras doenças de pele e para guiar o tratamento adequado”, afirmou a médica.  

Ela também destacou o tratamento gratuito oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que combina antibióticos para eliminar o bacilo causador da doença. “A poliquimioterapia é eficaz, com duração variando entre 6 meses nos casos menos graves e 12 meses para casos mais avançados”, explicou Dra. Carla.  

Além disso, a dermatologista abordou os cuidados diários que os pacientes devem ter para evitar sequelas permanentes, como perda de sensibilidade e enfraquecimento muscular. “Hidratar a pele, inspecionar pés e mãos todos os dias e usar calçados adequados são práticas essenciais. Também é importante procurar atendimento médico imediato ao notar qualquer alteração nos olhos, músculos ou pele, sinais de possível reação hansênica”, orienta ela.  

O presidente da SBD, Dr. Carlos Barcaui enfatiza que a Hanseníase é uma doença curável, mas que exige o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.   

“O evento Dermatrop 2025 foi um espaço essencial para oferecer aos dermatologistas mais ferramentas para um diagnóstico eficaz e sensível, com foco na melhoria da qualidade de vida dos pacientes. Também reforçamos a necessidade de educação contínua, tanto no meio médico quanto na sociedade em geral, para garantir que as pessoas afetadas por doenças tropicais e negligenciadas não sejam mais vítimas de preconceito e, sim, recebedoras de cuidado e respeito”, conclui Dr. Barcaui.  

Sobre o Dermatrop:  

O Dermatrop é um evento anual que reúne especialistas da dermatologia para discutir as mais recentes descobertas, tratamentos e abordagens das doenças tropicais e infecciosas que afetam a pele. A edição de 2025 foi dedicada a promover a atualização científica e a conscientização sobre condições como a hanseníase, que ainda impacta milhares de brasileiros.  

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11 de abril de 2025

Comemorado em 13 de abril, o Dia do Beijo é uma data que celebra o gesto de afeto que une pessoas ao redor do mundo, porém, além de um símbolo de carinho, pode também representar um risco à saúde, especialmente quando há lesões na boca ou sintomas visíveis de infecções. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) dá orientações sobre os cuidados necessários para evitar complicações. 

“Se estamos falando de um beijo, com letras maiúsculas, demorado e com troca de secreções, várias infecções podem ser transmitidas. Isso inclui doenças como a mononucleose, influenza e outras infecções respiratórias, que são transmitidas pela via respiratória, ou seja, pela saliva”, explica Dr. André Costa Beber, coordenador do Departamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) da SBD. 

O especialista também aborda o risco relacionado ao famoso “selinho”, mais comum entre os jovens. “O risco de transmissão é bem menor nesse tipo de beijo, mas ainda assim pode haver transmissão de doenças da pele dos lábios, como o herpes labial, além de verrugas causadas pelo HPV”, diz. 

Dr. Beber alerta ainda sobre os cuidados que devem ser tomados ao beijar alguém quando há lesões visíveis na boca, como feridas, aftas ou herpes labial. “A presença de lesões nos lábios, mesmo que pequenas, favorece tanto a transmissão quanto o contágio de doenças. Essas lesões expõem os micro-organismos, tornando o ato de beijar um caminho para a transmissão”, afirma. 

É preciso de cuidados extras ao beijar crianças, bebês ou pessoas imunodeprimidas. “O herpes labial pode causar doenças graves nesses indivíduos, como a meningite herpética, ou até mesmo transmitir infecções oculares graves, como a ceratoconjuntivite herpética, que pode levar à perda da visão”, diz o médico dermatologista. 

Prevenção de condições dermatológicas  

Além das ISTs, o beijo pode agravar ou até mesmo transmitir outras condições dermatológicas, como o impetigo bacteriano. “O impetigo, que é uma infecção bacteriana comum na região perioral, pode ser facilmente transmitido pelo beijo. Se houver vesículas ou crostas na região, é essencial evitar o contato até que a lesão esteja completamente curada“, explica Dr. Beber. 

Ele também destaca outros cuidados relacionados ao uso de medicamentos, que podem influenciar a saúde da pele e aumentar o risco de complicações.  

“Tratamentos como isotretinoína para acne podem causar ressecamento nos lábios, tornando-os mais suscetíveis ao herpes labial. Além disso, terapias como peelings profundos ou laser podem desencadear surtos de herpes. Nesses casos, é importante seguir as orientações médicas e usar lubrificantes labiais para proteger a pele”, recomenda. 

Portanto, a SBD alerta que no Dia do Beijo é importante lembrar que, embora seja um gesto de carinho e afeto, também exige cuidados para evitar a transmissão de doenças. “Seja por um beijo demorado ou um simples “selinho”, a higiene e a atenção a lesões e sintomas são fundamentais para a prevenção. Afinal, a saúde também faz parte do cuidado com quem se ama”, conclui o médico dermatologista. 

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4 de abril de 2025

No Dia Mundial da Saúde, celebrado anualmente em 7 de abril, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promove uma reflexão sobre os diversos aspectos que envolvem a saúde integral do ser humano. A entidade alerta que entre os diferentes campos da medicina, a dermatologia desempenha um papel essencial, não apenas no cuidado da pele, mas também na promoção do bem-estar geral do paciente. 

De acordo com Dr. Carlos Barcaui, presidente da SBD, a data é uma oportunidade para reforçar a importância da saúde da pele, o maior órgão do corpo humano. “A pele desempenha funções essenciais e pode refletir precocemente sinais de doenças sistêmicas. Associar a dermatologia à saúde integral significa reforçar nosso compromisso com a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado das doenças dermatológicas”, afirma o médico dermatologista. 

A especialidade não trata apenas condições como acne, eczema, psoríase e câncer de pele, mas também atua como ferramenta de medicina preventiva, identificando doenças que se manifestam na pele, unhas e cabelos antes que sintomas sistêmicos apareçam. “Do rastreamento do câncer de pele à detecção de sinais cutâneos de doenças metabólicas, infecciosas e autoimunes, o dermatologista é um aliado estratégico na promoção da saúde”, completa Dr. Barcaui. 

A observação atenta da pele é crucial para a detecção precoce de câncer de pele e outras condições. Alterações como manchas que coçam, descamam ou sangram; feridas que não cicatrizam; e mudanças em pintas ou sinais existentes devem ser investigadas. A identificação precoce e tratamento eficaz, aumentam significativamente as chances de cura, especialmente no caso do câncer de pele. 

Além disso, o uso de alguns medicamentos pode provocar reações alérgicas na pele, causando desde manchas vermelhas até bolhas e feridas graves, que podem necessitar de internação hospitalar. “O dermatologista diagnostica e trata essas reações, muitas vezes provocadas por medicamentos prescritos por outras especialidades, mostrando a importância de uma atuação integrada,” explica Dra. Juliana Kida, membro da diretoria da SBD. 

A área também contribui para o envelhecimento saudável. Dra. Juliana destaca a importância da hidratação da pele, fotoproteção e tratamentos antienvelhecimento para minimizar os efeitos do tempo. “Hoje, com as tecnologias disponíveis, o dermatologista pode melhorar rugas, manchas senis e estimular a produção de colágeno, retardando os efeitos do envelhecimento e promovendo a autoestima e o bem-estar do paciente”, afirma. 

Saúde mental e a dermatologia 

Doenças dermatológicas podem afetar a autoestima e causar transtornos emocionais. Dra. Regina Carneiro, secretária-geral da SBD, aponta que condições como acne, rosácea e psoríase muitas vezes levam a ansiedade e depressão devido ao impacto na aparência. “Isso pode fazer com que pacientes com doenças dermatológicas enfrentem desafios emocionais significativos”, destaca ela. 

O tratamento dermatológico, ao aliviar esses sintomas tem um impacto direto na saúde psicológica. “Quando o paciente melhora fisicamente, há um reflexo positivo em sua saúde mental. O cuidado com a pele também está ligado à autoestima e ao autocuidado, fatores essenciais para o bem-estar emocional”, explica Dra. Regina. 

Pele como indicativo de doenças sistêmicas 

A pele, além de sua função de proteção, pode refletir o estado geral de saúde do corpo. Segundo Dr. Sérgio Palma, membro da diretoria da SBD, problemas dermatológicos podem ser sinais de doenças internas, como distúrbios hormonais, autoimunes e metabólicos. 

“A pele é a maior barreira física e imunológica do organismo. Sua camada mais externa impede a entrada de microrganismos e a perda de água. O pH da pele é levemente ácido (4,6 a 5,8), o que é importante para adequadas atividades antibacteriana, fungicida, constituição da função de barreira, bem como estruturação e maturação do estrato córneo. Células imunológicas na pele, como os linfócitos T e os mastócitos, atuam na defesa do corpo, enquanto a melanina protege contra a radiação UV”, explica. 

Doenças autoimunes, como lúpus, esclerodermia e dermatomiosite, podem se manifestar na pele com erupções cutâneas e alterações visíveis. Distúrbios hormonais, como hipotireoidismo e diabetes, também geram sinais cutâneos que demandam atenção. A detecção precoce desses sinais é fundamental para um diagnóstico rápido e tratamento adequado. 

“O acompanhamento dermatológico adequado previne complicações, melhora a qualidade de vida e contribui para o bem-estar físico e emocional. No Dia Mundial da Saúde, é fundamental refletir sobre a importância dessa especialidade para a promoção da saúde global”, diz Dr. Sérgio. 

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3 de abril de 2025

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) manifesta seu apoio à Anvisa que decidiu proibir o armazenamento, comercialização, distribuição, fabricação, importação, propaganda e uso de lâmpadas fluorescentes de alta potência utilizadas em equipamentos de bronzeamento artificial. 

A SBD já havia manifestado repúdio aos projetos de lei criados em alguns municípios brasileiros, que autoriza o uso de câmaras de bronzeamento para fins estéticos, e acredita que a proibição pela Anvisa pode ser uma forma eficaz de coibir a prática, considerada extremamente preocupante e que vai na contramão das políticas de saúde pública. 

A entidade alerta que diversos estudos científicos demonstraram que a utilização das câmaras de bronzeamento artificial aumenta o risco de câncer de pele – que é o campeão em ocorrências no Brasil, incluindo o melanoma, que é o que oferece risco maior de metástases e morte; pois esses equipamentos funcionam por meio de luzes artificiais que emitem radiação ultravioleta.  

A radiação ultravioleta danifica o DNA das células da pele, e a exposição excessiva durante o bronzeamento artificial leva ao envelhecimento precoce, pode causar câncer de pele dos tipos Melanoma, Carcinoma Basocelular e Carcinoma Epidermoide, além de imunossupressão; e danos oculares, incluindo catarata e Melanoma ocular. 

Devido a esses riscos, o Brasil, seguindo o exemplo de países como a Austrália e o Irã, foi pioneiro ao proibir o uso de câmeras de bronzeamento artificial em todo o território nacional em 2009, por meio da Resolução nº 56 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). 

A SBD continuará empenhada na luta pela proibição das câmeras de bronzeamento artificial e na promoção de ações de saúde pública que priorizem o bem-estar da população. 





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