26 de julho, Dia dos Avós: o envelhecimento além das rugas



26 de julho, Dia dos Avós: o envelhecimento além das rugas

25 de julho de 2017 0

   Female doctor examining a mole in the patient

Maior e mais visível órgão do corpo humano, a pele é o limite entre uma pessoa e o mundo. É ela que garante a percepção de tato, temperatura, pressão, calor e dor. É por meio desse órgão que podemos distinguir texturas e manifestar carinho tocando outro ser. Para compreender determinadas emoções, dizem que é preciso “sentir na pele”, esse órgão vital sem o qual seria impossível sobreviver. “A pele reveste todo o nosso corpo atuando com uma eficaz barreira de proteção contra as agressões externas. É uma grande capa de proteção contra fungos, bactérias, produtos químicos, físicos e fatores ambientais, como o sol, por exemplo. A pele, como qualquer órgão, sofre modificações com o passar do tempo, e essas alterações ocorrem de forma variável em todas as estruturas provocando a aparência de envelhecida. O envelhecimento cutâneo se traduz principalmente por perda da hidratação, diminuição da oleosidade, diminuição da defesa imunológica contra agressores e, além disso, se torna mais frágil perdendo a capacidade de atuar como barreira protetora. Medidas simples diárias como limpeza, uso de protetor solar e hidratação podem garantir o envelhecimento com uma pele mais saudável”, destaca coordenadora do Departamento de Dermatologia Geriátrica da SBD, Silvia Marcondes Pereira.

A pele do idoso apresenta uma menor atividade das glândulas produtoras de sebo e de suor, por isso é uma pele mais ressecada e desidratada. Além disso, a menor atividade de células produtoras de colágeno e elastina, as fibras que dão firmeza e sustentação à pele, deixam a pele mais fina, mais flácida e com sulcos, e linhas de expressão, mais marcadas. Uma pele muito fina e ressecada costuma causar coceira. Não é incomum que os idosos sofram com esse tipo de problema. Outra coisa que pode piorar o quadro de secura e coceira é o uso de algumas medicações, o uso inadequado de produtos na pele e o hábito de banhos quentes, demorados e com buchas.

Entre os cuidados diários da pele envelhecida, a médica recomenda banhos mornos, com sabonetes delicados que não façam tanta espuma, e hidratação com cremes emolientes.

“Esses cremes devem ser passados, de preferência, com a pele ainda úmida, logo após o banho. Dependendo da característica de cada um, é possível utilizar hidratantes a base de glicerina, ureia ou mesmo alguns mais sofisticados, que contêm as gorduras normalmente encontradas na pele humana. Isso ajuda a manter a pele hidratada e evita a coceira. Também a torna mais resistente a infecções oportunistas, por diminuir o trauma e, portanto, reduzir microlesões que facilitariam a penetração de agentes infecciosos”, disse a médica dermatologista.

Atenção ao câncer da pele

A diminuição da atividade imunológica, comum na pele do idoso, torna a pele mais suscetível a infecções como micoses e viroses, tipo herpes zoster – que é, em geral, uma lesão que surge de repente, sendo muito dolorida e podendo apresentar bolhas ou manchas vermelhas, normalmente apenas de um lado do corpo. O excesso de sol tomado a vida toda também pode acarretar o câncer da pele em idosos. Qualquer lesão persistente na pele, que não esteja cicatrizando, ou pinta ou mancha que se modificam, devem ser examinadas por um dermatologista para descartar ou confirmar esses diagnósticos.

É importante que a pele do idoso seja examinada ativamente, uma vez por ano, em busca de lesões malignas e pré-malignas, para que haja diagnóstico e tratamento precoces, evitando assim, cirurgias maiores e mais traumáticas.

Leia mais sobre o envelhecimento cutâneo.

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