SBD Live promove debate sobre os cuidados com pacientes de psoríase durante a pandemia Covid-19



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SBD Live promove debate sobre os cuidados com pacientes de psoríase durante a pandemia Covid-19

3 de junho de 2021
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Centenas de especialistas acompanharam webinar que debateu o tema Covid-19: conduta e cuidados em pacientes com psoríase, promovido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Com o intuito de discutir o manejo de pacientes em uso de imunossupressores, fototerapia e imunobiológicos durante a pandemia, o encontro foi transmitido por meio de plataforma virtual exclusiva, na terça-feira (2/5).

Foram feitas considerações sobre o estado imunológico de pacientes com psoríase, a necessidade do isolamento social e ressalvas à prescrição de cloroquina e hidroxicloroquina. Esse é o quarto evento consecutivo, nesse formato, organizado pela SBD com foco na qualificação do dermatologista frente à Covid-19, sendo que todos estão disponíveis para o associado.

O presidente da SBD, Sergio Palma, ao mediar as apresentações, lembrou ainda os expectadores sobre a página especial “SBD Coronavírus”, na qual estão reunidas informações relevantes para os dermatologistas quanto ao manejo clínico e à prevenção de contágio no atendimento de pessoas com suspeita ou diagnóstico positivo para a Covid-19.

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“A SBD Coronavírus é mais uma ação elaborada pela atual Gestão 2019-2020 com foco na educação científica. É um repositório de textos e documentos sobre Covid-19 de interesse da nossa especialidade. Nessa página, já é possível acessar inclusive documento da SBD com recomendações para atendimento de pacientes que utilizam imunossupressores e biológicos, no período de pandemia”, afirmou.

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Aspectos genéticos – Em seguida, Renata Magalhães, coordenadora dos Ambulatórios de Psoríase e Biológicos do Hospital das Clínicas da Unicamp, em Campinas (SP), ministrou aula sobre os novos conceitos da psoríase, com ênfase em aspectos genéticos, imunopatogênese e tratamento. Segundo ressaltou, no Brasil, aproximadamente 1,3% da população é acometida pela doença, sendo que cerca de 20% desse total tende a evoluir para as formas graves.

Ela lembrou que alguns fatores ambientais e hábitos do paciente contribuem para o agravamento, principalmente: estresse, consumo de álcool e tabaco e uso de determinados medicamentos. Renata pontuou ainda os imunobiológicos atualmente aprovados para administração no Brasil.

Infecções – Na sequência, o coordenador de Ações para Psoríase na SBD e do Ambulatório de Psoríase do Hospital de Clínicas da USP, Ricardo Romiti, discutiu o risco de infecções em paciente com psoríase. Na sua avaliação, os casos mais graves da doença, como a forma eritrodérmica e pustulosa generalizada, necessitam de atenção especial, uma vez que existe risco aumentado para infecções sistêmicas independentemente do tratamento realizado. A recomendação de isolamento social deve ser reforçada e o tratamento mantido, disse.

“Se o paciente é grave e está evoluindo bem, sem sinais de infecção, o ideal é continuar com a terapêutica para evitar uma recidiva, com o retorno dos sintomas. Da mesma forma, para aqueles com psoríase em placas. No entanto, se o paciente possui um quadro mais leve e estável da doença e ainda não iniciou o tratamento, na atual situação de pandemia, a indicação é aguardar. Isso porque a introdução de novos tratamentos necessita de exames laboratoriais frequentes e pode estar associada a eventuais efeitos adversos, motivo este de apreensão na atual crise do novo coronavírus”, declarou.

Pandemia – Na oportunidade, Renata Magalhães detalhou também sugestões de seguimento de pacientes graves e leves com psoríase que adquirem Covid-19. De acordo com a especialista, estudos observacionais de países que já enfrentaram a fase mais aguda da pandemia demonstram que o uso de determinados imunossupressores e imunobiológicos não está associada a formas mais graves de Covid-19.

“Segundo o International Psoriasis Council (IPC), integrado por Ricardo Romiti e outros especialistas internacionais, os pacientes com diagnóstico de Covid-19 devem suspender o tratamento imunossupressor. A situação daqueles com teste positivo, mas que pertencem ao grupo de risco – como idosos e portadores de comorbidades –, deve ser avaliada com mais cuidado”, ponderou Renata Magalhães.

Estresse – Ricardo Romiti destacou ainda que o alto nível de estresse, que atualmente atinge toda população, constitui um fator de risco para a piora da psoríase. Além disso, o uso de medicamentos antimaláricos, como a cloroquina, também deve ser avaliado caso a caso em função dos efeitos adversos dermatológicos associados ao remédio.

“Classicamente a cloroquina está relacionada a reações gastrointestinais. Mas é importante evidenciar as erupções agudas, pois relatos de urticária, exantemas e farmacodermias graves têm sido cada vez mais frequentes na literatura médica”, disse.

Por fim, o webinar da SBD contou ainda com uma sessão de perguntas e respostas, em que os especialistas esclareceram dúvidas dos espectadores a respeito da utilização de fototerapia; reintrodução de imunobiológicos após a Covid-19; manifestações dermatológicas associadas ao novo coronavírus; e mais.

Nesta edição, o encontro organizado pela SBD conta com o patrocínio da ABBVIE e o apoio da Editora Manole.





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