Regional Rio Grande do Sul




6 de agosto de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.03 – 04

No início do ano, a SBD-RS realizou a II Recepção aos Novos Residentes dos Serviços de Dermatologia do Rio Grande do Sul com um coquetel, apresentando aos estudantes o presidente da SBD, Sergio Palma, que palestrou sobre a organização e as ações da SBD Nacional.

No mesmo evento, o Prof. Dr. Renan Rangel Bonamigo ofereceu palestra sobre o Curso Preparatório para o Título de Especialista, que este ano está na nona edição. Sob coordenação de Bonamigo e Renata Heck, em 2018 a Regional retomou as atividades desse curso, que é gratuito e tem como público-alvo residentes e cursistas do último ano dos Serviços Credenciados do estado.

Realizadas aos sábados, as aulas abrangem temas do programa da prova e são ministradas de forma voluntária por professores e dermatologistas associados convidados, com discussão de todas as questões dos cinco últimos anos.

2º Simpósio Gaúcho de Terapêutica Dermatológica: Imunobiológicos na Dermatologia − do Básico ao Avançado

A SBD-RS realizou no dia 16 de agosto o 2º Simpósio Gaúcho de Terapêutica Dermatológica: Imunobiológicos na Dermatologia − do Básico ao Avançado, visando ao aprofundamento de conhecimentos para a prática diária do consultório. No dia seguinte, ocorreu a 3ª Jornada Multisserviços, com apresentação de casos trazidos por representantes dos Serviços Credenciados do estado. O caso vencedor recebeu o 3º Prêmio Dr. Roberto Gervini de Dermatologia.

A Diretoria da SBD-RS gestão 2019-2020 é assim composta: Dra. Taciana Dal’Forno Dini (presidente), Dra. Clarissa Prati (vice-presidente), Dr. André Avelino Costa Beber (secretário-geral), Dra. Juliana Catucci Boza (primeira secretária), Dra. Fernanda Magagnin Freitag (secretária científica) e Analupe Webber (tesoureira).

 

 


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JSBD – Ano 23 – N.03 – 04

A SBD Paraná possui vasto programa de educação e atualização médica continuada – presencial e online – de acesso gratuito, aberto aos médicos brasileiros e que aborda temas diversos, como “Emergências médicas em voo, como abordar”; “Hanseníase, grave epidemia silenciosa”; “Medicina e estilo de vida: a importância dos hábitos saudáveis”; “Aposentadoria para médicos”; “Conscientização de segurança”. Todo esse conteúdo, além de palestras, fóruns e outros eventos estão disponíveis no site do Conselho


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JSBD – Ano 23 – N.03 – 04

Com o tema "Imersão em cabelos", a reunião científica do mês de julho promovida pela SBD-PB contou com a presença da dermatologista Yanna Kelly, especialista na área capilar. Na ocasião, foram abordados aspectos teóricos relacionados à investigação diagnóstica e terapêutica das alopecias cicatriciais e difusas seguidos de discussão de casos clínicos ao vivo, prática de exames tricoscópicos e registros fotográficos.


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JSBD – Ano 23 – N.03 – 04

Na foto está a dermatologista Maria Helena Sandoval, da Comissão Científica da SBD-ES, Karina Demoner, presidente SBD-ES, e Gisele Petroni, do Rio de Janeiro, palestrante convidada na Jornada Capixaba de Dermatologia realizada em maio.


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JSBD – Ano 23 – N.03 – 04
Na foto, a chefe do Serviço de Residência Médica em Dermatologia do Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam), Lucia Martins Diniz, a presidente da SBD-ES, Karina Demoner, o membro da Comissão Científica da SBD-ES, Maria Helena Sandoval, e a vice-presidente da SBD-ES, Karla Spelta, durante a Jornada Capixaba de Dermatologia realizada em maio.


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JSBD – Ano 23 – N.03 – 04


Os coordenadores do encontro Gleison Vieira Duarte (BA), André Vicente Esteves de Carvalho, Ricardo Romiti (SP), o presidente da SBD, Sérgio Palma, e o vice-presidente Mauro Enokihara

Imunobiológicos anti-interleucina, o melhor imunobiológico para psoríase; pitiríase rubra pilar e biológicos; imunizações; artrite psoriásica foram alguns temas discutidos durante o 3º Simpósio Nacional de Imunobiológicos e IX Simpósio Nacional de Psoríase da SBD, realizado nesta quinta-feira (4/7), em São Paulo. O encontro contou com a coordenação dos médicos Ricardo Romiti (SP), André Vicente Esteves de Carvalho (RS) (foto) e Gleison Vieira Duarte (BA). Aproximadamente 500 participantes estiveram presentes. Na abertura do encontro, o presidente da SBD, Sérgio Palma, comentou sobre o trabalho político da SBD realizado no Ministério da Saúde e Conitec para a incorporação de medicamentos imunobiológicos e a melhoria de acesso para pacientes. Também enfatizou a importância do envolvimento dos dermatologistas com as doenças crônicas e terapias mais complexas. 

O coordenador Ricardo Romiti ressaltou a qualidade científica do encontro, que trouxe para o debate tratamentos inovadores e clássicos da psoríase, comorbidades e aspectos atuais da doença. "Destaco o brilhantismo das palestras ministradas pelos dermatologistas jovens, a diversidade de temas abordados na sessão de imunobiológicos e o grande número de colegas presentes ao evento: cerca de 500 participantes”, declarou.

Além das aulas ministradas por especialistas brasileiros, os congressistas puderam desfrutar da participação de dois palestrantes internacionais que são referência na área: o espanhol Pablo de la Cueva falou sobre anti-IL23 no tratamento da psoríase e melhor tratamento sistêmico clássico para psoríase moderada a grave; e Enrique Rivas, da Guatemala, abordou utilização do secuquinumabe de acordo com o perfil do paciente e o melhor imunobiológicos para psoríase. 


Os palestrantes Renan Rangel Bonamigo e Paulo Criado com o presidente da SBD, Sérgio Palma (centro)

“Os convidados estrangeiros que deram aula no Simpósio Nacional de Psoríase participaram de uma interessante banca de discussão entre experts”, comentou o dermatologista Caio de Castro (PR), que apresentou aula “Vitiligo: manejo com imunobiológicos”.

A programação também contou com a participação de um profissional de outra área, como o oncologista Antonio Dal Pizzol Jr., que ministrou palestra sobre a correlação entre carcinoma basocelular metastático e Vismodegib.

Ao fazer uma avaliação do evento, a dermatologista e moderadora de uma das mesas Claudia Maia, destacou o elevado nível científico tanto das apresentações quanto dos debates. “Além disso, vimos um público interessado em aprender os novos tratamentos, bem como as dificuldades do manejo da psoríase”, destacou.


A dermatologista Ana Mósca e o presidente da SBD, Sérgio Palma, na abertura do encontro

1º Simpósio de Dermatologia Pediátrica da SBD: resultado positivo

Também realizado no dia 4 de julho, o 1º Simpósio de Dermatologia Pediátrica da SBD despertou grande interesse dos médicos dermatologistas. Coordenado pela dermatologista Ana Maria Mósca de Cerqueira, o encontro foi dividido nos módulos “Recém-nascidos e lactentes”; “Crianças da primeira infância”; “Crianças da segunda infância e adolescentes”, e enfocou temas que necessitam de constante atualização por parte dos médicos, como:  hemangioma; curativos e condutas nas doenças bolhosas neonatais; alergias alimentares; algoritmo da dermatite atópica e da psoríase; hidradenite supurativa; pequenos procedimentos de cirurgia dermatológica; entre outros. 

Em suas apresentações, os convidados ressaltaram achados terapêuticos e tratamentos diferenciados, em uma discussão voltada para a conduta médica.

“Tivemos palestrantes expressivos de vários estados brasileiros que enriqueceram o debate científico. Nosso maior destaque talvez foi conseguir fazer um simpósio de sucesso, no ponto de vista científico, e esse era o nosso principal objetivo nesta primeira edição do evento”, analisou Ana Mósca.

A médica ressaltou ainda que foi muito importante observar o interesse do dermatologista em participar do simpósio para se atualizar e oferecer um conhecimento mais apurado para tratar ainda melhor os pacientes pediátricos.


Médicos palestrantes com a coordenação do encontro


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JSBD – Ano 23 – N.03 – 04

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), por meio de seu presidente Sergio Palma e dos dermatologistas Cláudia Maia, Gladys Martins e Paulo Oldani (foto acima), participou ativamente dos debates realizados durante o 10º Fórum Latino-Americano de Biossimilares e Fórum Brasileiro de Biossimilares (FLAB 2019), que termina nesta quinta-feira (25/7), em Brasília (DF). O evento contou com palestras, mesas e encontros, que abordaram a comercialização de novos fármacos biossimilares, além de questões regulatórias, científicas, mercadológicas e educacionais.

De acordo com Sérgio Palma, “foram ainda abordadas outras questões relevantes, como a intercambialidade (dos aspectos clínicos a dados de vida real), a incorporação de biossimilares na América Latina e no Brasil, e o papel da farmacovigilância para segurança do paciente”. Na sua avaliação, a profundidade das abordagens ofereceu subsídios para o desenvolvimento de novas iniciativas. 

“Foi muito importante a SBD estar nesse espaço qualificado, onde pudemos apresentar a visão dos dermatologistas, contribuindo para que as conclusões contemplem nossas expectativas”, ressaltou. Além dos temas citados, também ocorreram explanações sobre uso de biossimilares em diferentes especialidades, a importância do sistema de nomenclatura no rastreamento de moléculas e diversos aspectos entre biológicos e biossimilares no sistema público e no privado. 

“A SBD continuará a acompanhar os desdobramentos propostos durante os fóruns, sempre dando retorno aos associados”, disse o presidente da Sociedade, entusiasmado com a qualidade das discussões e com as possibilidades decorrentes de diálogos com representantes do Ministério da Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e de outras sociedades de especialidades médicas. “Tudo isso ajuda a melhorar a atuação do dermatologista na assistência aos pacientes portadores de diversas doenças da pele, nos âmbitos público e privado”, frisou. 
 


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JSBD – Ano 23 – N.03 – 04

O Teraderm teve sua 11ª edição realizada nos dias 5 e 6 de julho, em São Paulo. Sob a coordenação dos médicos dermatologistas Clarisse Zaitz, Jayme de Oliveira Filho, John Verrinder Veasey e Ricardo Shiratsu, o evento voltou à capital paulista reunindo mais de 2.200 pessoas no Centro de Convenções Frei Caneca.

Em seu discurso de abertura, o presidente da SBD, Sérgio Palma, deu boas-vindas aos participantes e pontuou alguns trabalhos realizados durante os 180 dias de gestão, como o aperfeiçoamento dos fluxos administrativos; investimento em educação e capacitação médicas; defesa do Ato Médico no âmbito do Judiciário; reforço estratégico na comunicação institucional; defesa da dermatologia no Congresso Nacional; e reconhecimento de outras entidades. Em seguida, os coordenadores do encontro também agradeceram a participação maciça dos dermatologistas e reforçaram o quanto o evento é marcante pela organização, formato e conteúdo científico.

Muito bem recebida pelos congressistas, a programação dividida em 30 blocos, contemplou temas como, toxina botulínica, fotoprotetores, alopecia areata, balanopostites, nevo de Spitz, teledermatologia e inteligência artificial, antifúngicos, indicações de laser, melasma, entre outros. 

“Essa edição, especialmente, foi muito interessante porque mostrou a pluralidade da dermatologia e como a atuação do dermatologista é ampla, num programa que englobou desde os casos cirúrgicos a cosmiátricos, além de doenças”, avalia o coordenador John Verrinder Veasey. 

Segundo o coordenador Ricardo Shiratsu, o formato interativo de debate com opiniões dos experts foi projetado para promover um diálogo significativo sobre temas atuais e que possam ter aplicabilidade imediata no consultório. 

“Sem dúvida, essa é uma das marcas do evento. A excelente aceitação do público demonstra o prestígio que alcançamos ao longo desses últimos anos”, comenta. 

A dermatologista Taciana Dini corrobora: "O encontro me surpreendeu pelo ritmo dinâmico das apresentações e discussões. Os assuntos abordados foram muito atuais e de utilidade prática para o dermatologista no dia a dia do consultório, tanto para as condições clínicas quanto de cosmiatria e cirurgia dermatológica". A médica participou do bloco sobre luz intensa pulsada (LIP), que abordou a evolução da tecnologia no tratamento do fotorrejuvenescimento e outras condições inestéticas. "Foram comparados os resultados da LIP com outros equipamentos de lasers e tecnologias. Também foi discutido sobre as associações de tratamentos com a LIP e as vantagens desta tecnologia tão versátil", explica.

No ano que vem, o Teraderm também ocorrerá em São Paulo: “Vamos manter o local e reforçamos aos especialistas que se programem e se inscrevam com antecedência para garantir suas vagas com tranquilidade. Inclusive, já temos a definição das datas: dias 3 e 4 de julho de 2020”, adiantou o presidente Sérgio Palma. 

A opinião de quem foi

“Foi um congresso muito rico tanto na parte prática quanto teórica e que cumpriu o objetivo de manter atualizado o dermatologista. O debate sobre nutracêuticos foi um dos destaques.” Rebeca Rinaldi, SP


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JSBD – Ano 23 – N.03 – 04

Por Daniel Houthausen Nunes
 

A revolução dos meios de comunicação, especialmente pela Internet, contribuiu para a ágil disseminação de informações nas mais variadas áreas, incluindo a medicina. A facilidade de comunicação obtida por essas inovações levou ao desenvolvimento da chamada telemedicina, que propõe assistência remota à saúde (teleconsultoria e telediagnóstico), utilizando-se de meios de comunicação e recursos tecnológicos, sem que haja necessidade de consulta na modalidade presencial. As trocas de informação e de conhecimento médico proporcionadas pela telemedicina são capazes de ampliar o acesso à saúde para populações com as mais diversas características, em especial aquelas de localidades remotas. Essa característica de inclusão é vantajosa sobretudo no contexto de distribuição demográfica desigual das especialidades médicas em nosso país.  

A telemedicina tem revolucionado o acesso a diversas especialidades nas quais a interpretação de imagens configura etapa imprescindível para o raciocínio diagnóstico, a exemplo da radiologia, cardiologia, patologia, dermatologia, e mesmo da cirurgia. Vários países, como Holanda, Nova Zelândia, Estados Unidos, Suíça e Chile, têm testado a telemedicina, principalmente no contexto da atenção primária à saúde (APS). Diversas outras vantagens desse recurso têm sido apontadas, incluindo redução de custos e otimização de custo/efetividade quando utilizada como sistema de triagem visando à diminuição do número de referenciamentos para consultas presenciais.

A dermatologia é uma área da medicina que tem como base de seus diagnósticos, além da história clínica e do exame físico geral, o aspecto visual de suas doenças. Essa característica a torna um excelente campo de experimentação para a telemedicina, sendo, até o momento, alvo do maior número de estudos e publicações nesse campo desde 1995. Além do conhecimento acerca de condições médicas que afetam essencialmente a pele, a dermatologia tem vital importância no diagnóstico de inúmeras doenças sistêmicas que apresentam manifestações cutâneas. O manejo de alguns tipos de afecções de pele por profissionais não especialistas pode atrasar diagnósticos e até mesmo levar a terapêuticas inapropriadas, resultando em prejuízo global para o paciente e financeiro para o sistema de saúde.

A transmissão de informações utilizando a teledermatologia pode ser feita por meio de duas modalidades. A primeira é a vídeoconferência (VC), também chamada de real-time ou live interactive, na qual as imagens são transmitidas em tempo real, permitindo a interação entre paciente, médico assistente e dermatologista. Na segunda, tipo store and forward (SAF), as informações são transmitidas de forma assíncrona, ou seja, as lesões são fotografadas e enviadas para uma plataforma online, juntamente com relevantes dados clínicos do paciente. As informações serão então acessadas pelo dermatologista responsável por analisar as imagens. Por ter custo global mais baixo e menor exigência de velocidade de transmissão via internet, a modalidade SAF é a mais amplamente utilizada, tendo sido também a escolhida para a implantação da teledermatologia em Santa Catarina (SC).

No contexto da saúde pública brasileira, o acesso a profissionais especialistas em dermatologia pode ser considerado bastante precário, a despeito da importância e da crescente procura de assistência médica nesse segmento. De acordo com estimativa feita pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em 2018 apenas cerca de 3,6% dos especialistas em dermatologia concentravam-se na região Norte do país. A região Sudeste reúne cerca de 58,7% desses profissionais, enquanto a região Sul conta com cerca de 15,8% do total de dermatologistas do país.

Frente à disparidade de acesso a essa especialidade, a teledermatologia busca oferecer assistência remota a médicos não especialistas na área, ampliando o acesso à dermatologia em áreas que dela carecem. Condições clínicas de baixa complexidade podem ser particularmente favorecidas, de forma a ser manejadas com mais segurança pelos próprios médicos da APS. Assim, permite-se beneficiar um maior número de pacientes de acordo com suas necessidades de saúde, garantir a integralidade proposta pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e facilitar o acesso a centros de referência em dermatologia. Isso ampliaria a resolutividade da atenção básica ao prevenir encaminhamentos evitáveis que dificultam o acesso a níveis de maior complexidade de assistência à saúde. Desse modo, a ferramenta parece agilizar diagnósticos, ao passo que reduz o tempo de espera para atendimento nos casos em que o acompanhamento e o manejo dermatológico na modalidade presencial se façam necessários. A teledermatologia contribui também para a qualificação dos profissionais que atuam na APS por promover intercâmbio de informações entre os médicos, melhorando a eficiência e a qualidade da assistência à saúde.

Embora haja necessidade de investimento inicial para sua implantação e para a manutenção dessa modalidade de telediagnóstico, pesquisas têm demonstrado que o estabelecimento da telemedicina na triagem de pacientes da APS é potencialmente capaz de propiciar economia ao sistema de saúde.

A acurácia e a utilidade clínica da teledermatologia são apontadas pela literatura. Apesar de haver evidências de que essa modalidade de telediagnóstico representa considerável benefício econômico para o sistema de saúde, estudos em relação a essa possível vantagem são escassos em contexto mundial, quase inexistentes nacionalmente e carecem de protagonismo de nossas instituições no sentido de tomar para si essa responsabilidade da regulamentação.

Sobre o tema o CFM publicou a resolução 2.227/2018,revogada em seguida por pressão dos próprios médicos, inseguros a respeito. O ponto é que a tecnologia existe, está cada vez mais disseminada, “democrática" e é uma ferramenta excepcional se usada corretamente; porém, se nós, médicos, não formos os definidores das regras, seremos, mais uma vez submetidos a regulações externas impostas por algum burocrata.

 


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JSBD – Ano 23 – N.03 – 04

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) emitiu nesta segunda-feira (8/7) uma nota informativa a respeito da decisão liminar da 2º Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal (SJDF) que libera a divulgação de imagens de pacientes do tipo antes e depois. Na publicação, a entidade informa que já acionou o seu Departamento Jurídico para considerar todos os desdobramentos relacionados.

Segundo indica o texto, nesse primeiro momento, o parecer da Justiça tem implicação específica sobre o pedido de concessão impetrado por especialista do Estado de Minas Gerais, sem efeito extensivo a outros médicos. 

No informativo, a SBD ressalta compreender a importância do tema para os dermatologistas brasileiros, mas explica que é necessário, acima de tudo, manter o padrão de exercício ético da medicina, sem colocar pacientes e profissionais em situação de vulnerabilidade.

Leia a seguir a íntegra da nota da SBD:

INFORME AOS DERMATOLOGISTAS

Com relação a informações que têm circulado em grupos de WhatsApp e redes sociais sobre decisão liminar da justiça que libera a divulgação de imagens de pacientes do tipo antes e depois, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) informa aos seus associados que: 

1)  Já acionou seu Departamento Jurídico para analisar essa liminar com o objetivo de compreender as implicações relacionadas ao tema e se pronunciar sobre o assunto; 
2)  No entanto, num primeiro momento, já se identificou que a decisão é especifica para um único caso, ou seja, ela não é extensiva a todos os outros médicos; 
3) Considerando que se trata de questão polêmica e complexa, que merece ser discutida com profundidade, aguarda-se manifestação do Conselho Federal de Medicina (CFM), o qual não foi citado no processo que resultou na decisão.

A SBD compreende a relevância desse tema para os especialistas, mas ressalta a importância de que, acima de tudo, seja promovido o ético exercício da medicina sem colocar pacientes e profissionais em situação de vulnerabilidade. 

Rio de Janeiro, 8 de julho de 2019.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA (SBD)
Gestão 2019/2020

 





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