Conheça os riscos das câmaras de bronzeamento artificial



Conheça os riscos das câmaras de bronzeamento artificial

20 de março de 2019 0

 


Operação feita em Porto Alegre fiscalizou locais que ofereciam esse serviço
Ronaldo Bernardi / Agencia RBS

Proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009, câmaras de bronzeamento artificial foram encontradas pela Polícia Civil em estabelecimentos comerciais de Porto Alegre, em operação que resultou na prisão de quatro pessoas nesta quarta-feira (20). A proibição dos equipamentos ocorre em função dos riscos que oferecem à saúde.

De acordo com nota da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), diversos estudos científicos comprovam os malefícios do uso desses equipamentos. A utilização aumenta o risco de câncer de pele – que é o campeão em ocorrências no Brasil –, incluindo o melanoma, que embora mais raro, é o que oferece risco maior de metástase e morte.

A presidente da regional do Rio Grande do Sul da SBD, Taciana Dal'Forno Dini, que também é coordenadora do Departamento de Laser da SBD nacional, explica que esses equipamentos funcionam por meio de luzes artificiais que emitem raios ultravioleta A (UVA).

— O sol emite UVA e ultravioleta B (UVB). O UVA é constante o dia todo, enquanto o UVB aumenta às 10h, tem pico ao meio-dia e vai até as 16h. É ele quem provoca as queimaduras. O UVA não queima, portanto, é mais silencioso e penetra mais profundamente na pele — alerta, acrescentando que fora o câncer, essas câmaras ainda provocam envelhecimento precoce.

Quanto mais cedo a pessoa se expuser a esses danos e quanto mais sessões fizer, maiores os riscos tanto de desenvolver câncer de pele quanto de acelerar o envelhecimento, diz a médica, pois, assim como o sol, eles provocam danos cumulativos.

— A SBD salienta que não existe melhor forma para realizar o bronzeamento artificial. É um procedimento proibido por lei e que envolve situação de risco à saúde — enfatiza Sergio Palma, presidente da SBD.

Alternativas que não trazem prejuízos são a exposição ao sol antes das 10h e depois das 16h, com filtro solar, e o uso de produtos autobronzeadores em gel ou loção.

Grupos de risco

Taciana lembra que no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina há maior suscetibilidade ao câncer de pele em função de uma população composta, majoritariamente, por pessoas claras, fator de risco para desenvolvimento da doença. Outros grupos de risco são olhos e cabelos claros, muitas pintas no corpo, histórico familiar de câncer de pele ou pessoas que já sofreram muitas queimaduras ao longo da vida. Essas pessoas devem ficar atentas para as pintas, seguindo a regra que a SBD chama de ABCD.

— Deve-se cuidar as pintas Assimétricas, com Bordas irregulares, Cores diferentes e que mudem de Diâmetro. Se tenho uma pinta que começa a crescer, é importante ir ao dermatologista fazer uma avaliação — recomenda a médica.

Fonte: Gaúcha ZH





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