Depois de 33 anos de considerações, a FDA (órgão responsável por regular alimentos e medicamentos nos Estados Unidos) anunciou novas regras para a comercialização de filtros solares no país. Expressões como ‘bloqueador solar’, ‘a prova d’água’ e ‘a prova de suor’ estão banidas. E só podem usar o termo ‘de amplo espectro’ os produtos que comprovarem proteção contra os raios UVA e UVB. Os primeiros são os responsáveis pelo envelhecimento e os outros pelas queimaduras. Ambos estão relacionados ao câncer de pele.
O Brasil, juntamente com os outros países do Mercosul, estuda também uma mudança em sua regulamentação, que deve entrar em vigor ainda este ano. As regras para comprovar proteção contra os raios UVA, por exemplo, vão ficar mais rígidas.
As novas regras americanas, que entram em vigor dentro de um ano, vão demandar dos produtores que informem nas embalagens o tempo durante o qual o seu protetor é resistente à água e ao suor.
ALERTA SOBRE RISCO DE CÂNCER E ENVELHECIMENTO É RESTRITO
E apenas loções que tenham fator de proteção solar (FPS) de 15 ou mais poderão manter a informação de que reduzem o risco de câncer e o envelhecimento precoce da pele.
– Com a nossa nova legislação, daremos um salto também considerável – acredita o dermatologista Sérgio Schalka, especialista em fotoproteção da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). – Os americanos avançam mais nessa rotulagem sobre o risco de câncer e envelhecimento da pele. Mas nós estamos propondo regras mais rígidas que as dele para medição de proteção para raios UVA.
Pelas regras americanas, qualquer produto que tiver o FPS de 2 a 14 deve incluir o aviso de que o produto não ajuda a prevenir contra câncer de pele ou envelhecimento solar.
A agência dos EUA tinha proposto permitir aos fabricantes usarem números de FPS maiores que 50, mas a FDA ainda está recolhendo informações sobre isso. O governo quer saber se há grupos especiais de pessoas que, de alguma forma, se beneficiariam de ter um produto com FPS de mais de 50. Alguns especialistas dizem que a diferença de proteção alcançada pelo uso de um produto com FPS 50 e outro com FPS 100 seria mínima. No Brasil, atualmente, não há limitação, mas caso a nova regulamentação seja aprovada, ela deverá ficar em 100.
– Existe muita confusão, sobretudo devido ao grande número de apresentações dos produtos – afirma a presidente da SBD, Bogdana Victória Kadunc. – Acho que as regras vão fa…