Guia prático de manejo da psoríase e Covid-19 é lançado durante SBD Live



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23 de junho de 2020 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em parceria com a Novartis, lança nesta terça-feira (23/6), o “Guia prático de manejo da psoríase e Covid-19”. O documento foi elaborado pelos dermatologistas Ricardo Romiti, coordenador do Ambulatório de Psoríase do Hospital de Clínicas da Universidade de São Paulo; Paulo Oldani, coordenador dos Ambulatórios de Psoríase e Imunossupressores do Hospital Federal dos Servidores do Estado (RJ) e do Hospital Naval Marcílio Dias; e Gleison Duarte, membro do Group for Research and Assessment of Psoriasis and Psoriatic Arthritis.

Faça aqui o download do guia

O material será apresentado pelos especialistas durante a live com transmissão ao vivo, a partir das 19h de hoje (23 de junho), dentro do projeto SBD Live. Será a sexta edição de uma série de encontros virtuais organizados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, em que convidados abordam diferentes temas relacionados à Covid-19. Além dos autores do guia, participa do evento online o presidente da SBD, Sergio Palma, que será o moderador dos debates.

Recomendações – O “Guia prático de manejo da psoríase e Covid-19” é composto por 24 páginas. Desenvolvido na dinâmica de perguntas e respostas, aborda recomendações sobre os cuidados gerais com os pacientes com psoríase diante da pandemia do novo coronavírus. Dentre elas, estão aspectos como a avaliação do grau de imunossupressão (ausente, leve ou moderada a grave); a avaliação das características individuais e a atividade da doença; e a definição das estratégias de prevenção.

Outro tópico abordado no guia se refere às manifestações clínicas caso o paciente com psoríase adquira a infecção por SARS-Cov-2. O trabalho chama a atenção para a classificação que a Organização Mundial da Saúde (OMS) atribui à Covid-19, doença caracterizada de três formas: leve, pneumonia (sem sinais de gravidade ou necessidade de oxigênio) e pneumonia grave.

Diagnóstico – No material, também estão disponíveis tabelas, imagens e gráficos que facilitam a compreensão dos temas abordados e auxiliam os dermatologistas no diagnóstico da doença. O guia também traz uma abordagem sobre os pacientes com psoríase em uso de imunobiológicos. Estudos mostram que pacientes com psoríase apresentam mais chances de ser hospitalizados por eventos infecciosos, como infecções respiratórias, quando comparados com a população geral, porém tal risco está mais relacionado com a gravidade da psoríase do que com o uso de medicações sistêmicas para seu tratamento.

Manifestações – Com o aumento dos casos, outros sintomas começaram a ser observados nos pacientes com Covid-19, como anosmia e ageusia, quadros de dores abdominais, diarreia, eventos trombóticos e relatos de lesões cutâneas que poderiam estar relacionados à própria infecção ou a reações aos medicamentos utilizados para seu tratamento.

A OMS já incluiu manifestações cutâneas como sintomas menos frequentes da Covid-19. A Academia Americana de Dermatologia (AAD) recomendou que pacientes com lesões perniose-símiles sejam orientados conforme as recomendações da guia do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) para pacientes suspeitos de Covid-19, seja feito o autoisolamento e sejam coletados testes diagnósticos para Covid-1991.

“O reconhecimento desses sinais é de suma importância não só por muitas vezes serem manifestações iniciais da infecção, possibilitando o diagnóstico clínico precoce de Covid-19, principalmente em locais onde o acesso a testes diagnósticos é limitado, mas também pelo valor prognóstico de algumas lesões”, finaliza o guia.

Para o presidente da SBD, “com o guia e com a série SBD Live, procuramos oferecer aos nossos associados acesso à informações importantes nesse momento de pandemia. Apesar de ser um momento de crise, a Gestão 2019-2020 não se desviou de seu compromisso de apoiar iniciativas de qualificação dos especialistas”.

 

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11 de junho de 2020 0

O impacto da Covid-19 sobre a saúde da população, em especial seus efeitos na pele, cabelo e unhas. Esse foi o tema da apresentação virtual promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e transmitida gratuitamente, na terça-feira (9/6), por meio do canal oficial da entidade no YouTube. Durante o SBD Live – acompanhado por centenas de espectadores –, especialistas convidados orientaram o público em geral a respeito das manifestações clínicas relacionadas ao novo coronavírus, agente responsável pela contaminação de mais de 800 mil pessoas, até o momento, somente no Brasil.

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Conforme destacou Sérgio Palma, presidente da SBD e responsável pela mediação do encontro, essa quinta edição do SBD Live trouxe uma novidade relevante: os pacientes e a população em geral puderam acompanhar a atividade e encaminhar suas dúvidas. “É uma maneira de democratizar a informação e disseminar orientações importantes para todos”, disse. A gravação está disponível para os interessados no canal da SBD no YouTube.

Emocionais – Márcia Senra, coordenadora do Departamento Científico de Psicodermatologia da SBD, deu início às explanações, comentando a influência dos aspectos emocionais e sociais sobre a saúde física do corpo humano.  Conforme ressaltou a especialista, o alto nível de estresse ocasionado pela pandemia é um fator relevante para o agravamento de diferentes doenças, como vitiligo, queda de cabelo, psoríase, entre outras.

Na sequência, a assessora do Departamento Científico de Cabelos e Unhas da SBD, Bruna Duque Estrada, alertou para a importância de se identificar os motivos para alterações capilares nesse momento de pandemia. “Pode ser uma queda aguda de cabelo, mas também apenas uma mudança na rotina, uma vez que a percepção sobre a perda de fios também está relacionada à frequência com a qual lavamos a cabeça. Além disso, pode existir uma doença de base associada. O mais indicado é entrar em contato com o dermatologista”, disse.

Prevalência – Outro ponto destacado no encontro foi o aumento da prevalência de acne, durante o isolamento social. Segundo a coordenadora do Departamento Científico de Cosmiatria da SBD, Alessandra Romiti, a dieta mais rica em açúcar e carboidratos é um fator determinante para essa mudança.

“As pessoas tendem a comer mais nesse momento de quarentena. O indicado é evitar o consumo de alimentos com alto índice glicêmico, como massas, bolos e pães, que aceleram o processo inflamatório do nosso organismo. Além disso, é fundamental manter uma rotina de limpeza adequada”, pontuou.

Gatilhos – Na ocasião, as especialistas abordaram também a possibilidade de agravamento da tricotilomania – ato de arrancar fios de cabelo por razões não cosméticas –, principalmente entre crianças e adolescentes. “Pequenos gatilhos podem ter uma repercussão importante na saúde infantil. A ausência dos amigos, aulas à distância, aquela festa de aniversário que não vai mais acontecer. Os dermatologistas devem ficar atentos e acompanhar de perto os aspectos emocionais desses casos”, afirmou a Bruna Duque Estrada.

Além disso, a coordenadora do Departamento Científico de Psicodermatologia da SBD alertou para a necessidade de acolher corretamente, nesse momento, pacientes com transtorno de imagem corporal. Devido ao alto nível estresse, algumas pessoas podem procurar solucionar problemas emocionais por meio de procedimentos estéticos. “É importante que o médico saiba reconhecer esses casos e realizar o encaminhamento adequado. Muitos não precisam de intervenção estética e sim de suporte emocional”, disse.

Tratamentos – Nesse contexto, a dermatologista Alessandra Romiti salientou a importância de os tratamentos cosméticos serem acompanhados por um dermatologista. “Muitos pacientes chegam ao consultório com uma ideia de procedimento em mente, mas antes de tudo, é preciso passar por uma avaliação profissional, baseada em rigor científico. Esse cuidado é imprescindível para garantir bons resultados tanto em termos estéticos quanto em bem-estar e qualidade de vida”, comentou.

Por fim, as especialistas responderam ainda algumas das questões enviadas pelos espectadores da live. O evento, coordenado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), contou com o patrocínio da Bayer e o apoio da Editora Manole. Além desse SBD Live, já ocorreram outros encontros que trataram sobre temas como telemedicina, manifestações cutâneas causadas pela Covid-19 e psoríase. “Daremos continuidade a este projeto de capacitação dos dermatologistas por meio de outros eventos desse tipo”, ressaltou Palma, ao sugerir que os médicos acompanhem o anúncio de novas edições nos próximos dias.

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27 de maio de 2020 0

Cerca de 1,5 mil inscritos acompanharam atividade online promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) durante a qual foram abordadas as manifestações cutâneas relacionadas à Covid-19. A transmissão contou com a participação dos professores Paulo Ricardo Criado, pesquisador Pleno da Pós-Graduação do Centro Universitário Saúde ABC (FMABC) e coordenador do Departamento de Medicina Interna da SBD, e Hélio Miot, professor da Unesp, em Botucatu, e coordenador científico da SBD. A moderação do debate foi de Sergio Palma, presidente da entidade.

“Desde que iniciamos este tipo de evento, o retorno tem sido muito positivo. Para os dermatologistas, esses espaços de debates têm ajudado a esclarecer dúvidas cotidianas. A resposta tem funcionado como um estímulo para a Gestão 2019-2020, que já prepara outros projetos, como elaboração de documentos com foco no período pós-pandemia”, disse Palma.

SBD Live – Durante o SBD Live, realizado na terça-feira (26/5), foram esclarecidas dúvidas sobre sinais e sintomas na pele relacionados ao novo coronavírus. Os especialistas trouxeram informações sobre as características do vírus Sars-CoV-2 e apresentaram achados relatados, até o momento, na literatura médica a respeito das manifestações dermatológicas referidas em associação com a doença. O evento, organizado pela SBD, contou com o patrocínio da Bayer e o apoio da Manole.

“Nosso objetivo foi demonstrar que essas manifestações existem, mas elas não têm uma frequência superior a 7,4% dos pacientes admitidos em ambiente hospitalar. Inclusive, algumas delas podem inferir gravidade, especialmente o livedo racemoso, a púrpura retiforme e necrose de extremidades. Essas doenças estão mais associadas a provável ativação do sistema complemento de forma generalizada e ao envolvimento multiorgânico grave”, destacou Paulo Criado.

Para ele, o tema debatido tem extrema relevância, uma vez que, para esses casos, os dermatologistas são capazes de contribuir para o diagnóstico e uma possível tomada de decisão de medida terapêutica conjuntamente com um médico intensivista ou de emergências.

Levantamento – Helio Miot apresentou o resultado de levantamento feito com 1986 casos confirmados pelo novo coronavírus no Brasil. Os dados apontam que 30% deles tinham lesões de pele, sendo a mais comum o prurido e depois a descamação do couro cabeludo. Ele disse ainda que a Covid-19 pode apresentar manifestações cutâneas bastante inespecíficas, mas que diante da epidemiologia positiva é preciso suspeitar de infecção por coronavírus a partir dos achados.

Miot conta que em menos de 5% dos casos desse estudo houve lesão vesicular, lesão papulosa, erupção maculopapular, afta oral e as pápulas digitais (chamadas de perniose). “Os dermatologistas devem estar atentos a essas lesões, que são inespecíficas e presentes em várias outras condições. Num momento de pandemia têm que suspeitar da possibilidade de infecção pelo coronavírus”, ressaltou.

A repercussão da SBD Live entre os associados foi positiva. “Trabalho como médica dermatologista e clínica intensivista. Atendo casos de Covid-19 regularmente e é uma honra poder assistir às aulas sensacionais como essas. Elas não deixaram nada a desejar em relação às aulas dos colegas pneumologistas, infectologistas e intensivistas que estão no enfrentamento da pandemia”, ressaltou Ellene Papazis, de Volta Redonda. Segundo ela, atividades desse tipo mostram que o dermatologista desempenha papel importante no combate à pandemia.

Diante de percepções como a dela, a Gestão 2019-2020 reforça que, no momento atual, aumenta a importância do acesso ao conteúdo publicado na landing page da SBD com informações relacionadas ao coronavírus e a leitura do boletim eletrônico, site e Jornal da SBD, além das e-news enviadas aos associados por e-mail. Com a continuidade da série SBD Live, a entidade informa que a íntegra de todos os programas está no ambiente restrito aos associados, com o mesmo login e senha.

Análises – Para auxiliar os especialistas, a SBD tem publicado, periodicamente, artigos que fazem a revisão sistemática de estudos divulgados, inclusive no exterior. O trabalho, conduzido por Paulo Criado, está à disposição na plataforma criada pela Sociedade, na qual se encontram informações sobre a Covid-19.

Acesse a plataforma da SBD sobre Covid-19

No último artigo, publicado em 4 de maio, Paulo Criado analisou uma publicação do British Journal of Dermatology, assinado pela professora Cristina Galván Casas e sua equipe da Academia Espanhola de Dermatologia e Doenças Venéreas (AEDV). O trabalho sugere a associação do corononavírus com cinco tipos de manifestações cutâneas diferentes. Além disso, os pesquisadores apontam indícios da relação entre o tipo de complicação dermatológica e a gravidade da contaminação pela Covid-19.

Segundo Criado, esse trabalho constitui o estudo prospectivo e multicêntrico com a maior casuística até agora. No entanto, alerta, apesar da farta documentação fotográfica, não houve, estudo histopatológico, o que fragiliza suas conclusões.

Acesse a íntegra do artigo da SBD 

Além disso, ele prossegue: “se considerarmos, mesmo que subnotificados os casos diagnosticados com lesões na pele, a frequência destas alterações cutâneas na Covid-19 continua extremamente baixa (em torno de 0,1569% dos 239 mil doentes com esse diagnóstico naquele país). Assim, lesões na pele por essa doença existem, porém não devem criar ansiedade e expectativas de que sejam indicadoras precisas de sua ocorrência”.

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22 de maio de 2020 0

Como forma de esclarecer dúvidas sobre sinais e sintomas na pele e a Covid-19, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) organizará no próximo dia 26 de maio (terça-feira), a partir de 19h, uma atividade online voltada à discussão sobre possíveis manifestações cutâneas relacionadas à doença. Será mais uma Live SBD oferecendo aos associados informação e conhecimento úteis à atividade profissional.

Nesse encontro virtual, os participantes poderão interagir com os professores Paulo Ricardo Criado, pesquisador Pleno da Pós-Graduação do Centro Universitário Saúde ABC (FMABC) – SP e coordenador do Departamento de Medicina Interna da SBD, e Hélio Miot, professor da Unesp, em Botucatu, e coordenador Científico da SBD. A moderação do debate ficará sob a responsabilidade de Sergio Palma, presidente da entidade.

Desde o início da pandemia de Covid-19, a SBD tem estimulado suas diferentes áreas a produzirem trabalhos que auxiliem os dermatologistas na sua tomada de decisões. Além de documentos e notas informativas a respeito de outras temáticas, a Sociedade já produziu e encaminhou aos associados dois artigos de revisão de literatura científica sobre a possível relação de sintomas e sinais na pele com a contaminação pelo coronavírus.

Diagnóstico – “Neste momento, o estimulo à pesquisa e à investigação científica, conduzidas com rigor e método, é fundamental. Somente, assim poderemos ter a percepção clara do que é Covid-19 e de seu impacto sobre a saúde dos indivíduos. Inclusive, no que se refere às manifestações cutâneas, com a avaliação da existência ou não de associação e de relação causal entre coronavírus e lesões dermatológicas”, disse Sergio Palma.

Nesse sentido, o presidente da SBD estimula os dermatologistas a documentarem com fotos, exames, biópsias e relatos – peças importantes para a elucidação diagnóstica – todos os casos de pacientes com manifestações cutâneas, independentemente de estarem em unidades de atendimento específico para Covid-19. Assim, lembra, será possível produzir conteúdo útil ao aperfeiçoamento da assistência e ao avanço científico.

Com a interação, durante a Live SBD, um grupo maior de especialistas se familiarizará com questões como a prevalência das lesões cutâneas e sua associação com gravidade e temporalidade da doença, levando-se em conta diferentes grupos populacionais, no Brasil e no mundo.

Essa será a terceira live realizada pela SBD em maio. No dia 7 de maio, a entidade convidou o 1º vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Donizetti Giamberardino, para falar sobre os desafios no uso dos recursos da telemedicina durante a pandemia. Também foram abordadas as perspectivas de regulamentação da norma do conselho que trata sobre o assunto. “A partir de agora, ofereceremos esse recurso interativo com mais frequência”, afirmou Sergio Palma, indicando a ação como um compromisso da Gestão 2019-2020.

Para participar do webinar gratuito, acesse: https://sbd.manoleeducacao.com.br/.

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18 de maio de 2020 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) lança nesta segunda-feira (17/5) uma cartilha com foco nos profissionais da saúde que atuam na linha de frente de combate à Covid-19. Trata-se de um conjunto de orientações para que médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e equipes de apoio reforcem seus cuidados com o manuseio de equipamentos de proteção individual (EPIs) e com o próprio corpo, evitando-se, assim, o risco de contaminação pelo coronavírus e aumentando a percepção de bem-estar individual.

O documento, que já se encontra disponível para download no site da SBD, será encaminhado para todos os conselhos profissionais e sociedades de especialistas para que façam a distribuição entre seus membros. Por uma questão de agilidade e economia, optou-se pela divulgação do trabalho em formato digital, o que permitirá que mesmo por plataformas de troca de mensagens chegue às equipes que estão nos serviços de saúde.

Acesse a íntegra da cartilha da SBD

O texto apresenta uma série de recomendações e ações preventivas para médicos e trabalhadores da saúde no que se refere ao uso adequado de máscaras e óculos de proteção, entre outros. Também destaca cuidados que cada profissional deve adotar para evitar a contaminação pelo coronavírus e para preservar a pele, cabelos e unhas de desgastes devidos ao uso recorrente de EPIs e mesmo de produtos de higiene e limpeza.

Números – A iniciativa da SBD tem pertinência no contexto de aumento significativo do número de contaminados pelo novo coronavírus nas equipes. Dados do Ministério da Saúde, anunciados na quinta-feira (14/5), informavam a existência de 31.790 profissionais de saúde infectados. Além deles, 114.301 testes para a doença aguardavam resultados.

O levantamento tem sido feito por meio de um sistema específico, em que as unidades de saúde, notificam casos de profissionais com quaisquer sintomas de gripe. De acordo com os registros, técnicos e auxiliares de enfermagem lideram a lista das categorias com mais contaminados (68.250). Em seguida, aparecem enfermeiros, 33.733; médicos, 26.546; recepcionistas, 8.610; outros agentes de saúde, 5.013; agentes comunitários, 4.917, entre outras profissões.

São Paulo, epicentro da doença no país, está no topo da lista de estados com mais profissionais com suspeita (65.507) e infectados (14.831). No Rio de Janeiro, há 29.413 casos em investigação e 4.451 confirmados. Além dos times em atuação, o Ministério da Saúde informa que o programa Brasil Conta Comigo, que capacita profissionais para o enfrentamento à pandemia e identifica voluntários para irem a campo, já recebeu cerca de 500 mil inscrições das 14 áreas da saúde. Dentre eles, estão cerca de 30 mil médicos.

Rotinas – As orientações – elaboradas pelo coordenador do Departamento de Medicina Interna da SBD, Paulo Ricardo Criado – são úteis na medida em que ajudam médicos e outros profissionais da saúde a incorporarem em suas rotinas atitudes que estimulam o autocuidado, amplificam a percepção de conforto e evitam o surgimento de sinais e sintomas indesejados, além de reforçar a prevenção contra a Covid-19. Com o documento, a SBD se solidariza com as equipes, oferecendo-lhes informação e compartilhando conhecimento, destaca o autor.

“As sugestões englobam questões relacionadas à higiene pessoal, como o uso de aplicação de álcool em gel (65%-70%) nas mãos. Também são reforçadas recomendações sobre a etiqueta adequada ao espirrar ou tossir (colocar a parte interna do cotovelo ou um tecido na frente das vias aéreas – nariz e boca) e sobre a necessidade de manter distância de pelo menos de um metro de pessoas com sintomas respiratórios”, destacou Cláudia Alcantara, secretária da SBD, que acompanhou a elaboração do documento.

De modo específico, aos profissionais que trabalham na linha de frente de combate à Covid-19, a SBD recomenda que o uso das máscaras deve ser precedido de cuidados na hora de colocá-las. O artigo adverte ainda que o uso de máscaras do tipo N95 ou FFP2 por períodos maiores que quatro horas pode causar desconforto e deve ser evitado.

Pesquisas realizadas na China mostram que médicos e profissionais da saúde relatam sintomas como queimação, prurido ou pinicação na pele após o uso prolongado de EPI, no contexto de combate à Covid-19. Os padrões mais relatados de erupções foram ressecamento da pele ou descamação, pápulas e eritema (vermelhidão), além de maceração.

Cuidados específicos – Para reduzir o desgaste decorrente do uso de EPIs e de álcool na desinfecção das mãos, a SBD sugere que os profissionais façam, por exemplo, a aplicação de cremes específicos após cada higienização. Em caso de permanecer com luvas por tempo prolongado, deve-se aplicar emolientes contendo ácido hialurônico, ceramida, vitamina E ou outros ingredientes reparadores.

Com relação ao uso de máscaras faciais e óculos de proteção por tempo prolongado, sugere-se a aplicação de hidratantes, loções cremosas, cremes em peles secas ou géis em peles acneicas ou oleosas antes de colocar o EPI. “Milhares de médicos e demais profissionais da saúde estarão diretamente envolvidos no atendimento das vítimas de Covid-19. Cuidar para que esse grupo saiba como se proteger e ter maior bem-estar é fundamental. Com esse documento, que faremos chegar aos nossos colegas de todo o país, a SBD reforça seu papel nesta batalha contra o coronavírus”, disse o presidente da SBD, Sérgio Palma.

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8 de maio de 2020 0

“Alta qualidade técnica e sucesso de audiência”. Com essas palavras, o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Sergio Palma, definiu o webinar realizado pela entidade, em parceria com a Manole Educação, na noite de quinta-feira (7). O encontro virtual, que reuniu centenas de especialistas, teve como objetivo esclarecer dúvidas a respeito da telemedicina em tempos de pandemia.

Durante mais de duas horas de debate, diferentes especialistas atualizaram os dermatologistas sobre os tópicos centrais que permeiam essa nova modalidade de atendimento. O 1º vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Donizetti Giamberardino, abriu o bate-papo com um breve histórico sobre o processo de regulamentação da telemedicina no Brasil.

Segundo informou, a consulta à distância, mediada por instrumentos de tecnologia, teve sua autorização possível, nos moldes em vigor, por meio da sanção da Lei nº 13.989/2020, aprovada nas últimas semanas em função da atual pandemia de Covid-19. No entanto, ressaltou o 1º vice-presidente do CFM, a adequada implementação dessa prática já vinha sendo amplamente discutida entre os médicos brasileiros.

Princípios – Na avaliação de Donizetti Giamberardino, apesar do detalhamento previsto na Lei nº 13.989/2020, a utilização da telemedicina exige que o médico esteja atento a princípios éticos fundamentais. Um deles, conforme destacou, é a preservação de uma correta relação interpessoal médico-paciente. “O elo de confiança, baseado num acordo transparente entre essas duas partes, não pode nunca ser desfeito. Todo paciente deve ter seu médico e conhecê-lo pelo nome”, disse.

ACESSE A ÍNTEGRA DA LEI Nº 13.989/ 2020

Para mediar o acordo e as disposições entre as partes, a SBD e o CFM recomendam a assinatura de um Termo de Consentimento Informado. Com base nesse documento, é possível orientar o paciente ou responsável sobre todas as condições relacionadas ao procedimento, garantindo a segurança de ambos.

Outro tópico destacado pelo 1º vice-presidente do CFM foi o princípio da autonomia, representado pela liberdade do indivíduo em optar entre o atendimento presencial ou aquele por meio de telemedicina.

Para Donizetti Giamberardino, do mesmo modo, também é fundamental que possibilidade de livre escolha seja considerada em toda consulta pelo próprio dermatologista, inclusive indicando ao paciente uma possível mudança de método em função das características observadas no seu caso. “O discernimento médico e a análise de cada caso é que apontará ao especialista se aquele atendimento à distancia será seguro e eficaz”.

Remuneração – Na sequência, o presidente da SBD, Sergio Palma, enfatizou aos participantes aspectos relacionados ao honorário médico por meio dessa modalidade de atendimento. De acordo com ele, muitas operadoras de saúde têm pressionado os credenciados a reduzir seus honorários, quando a consulta é por telemedicina. Para tanto, tentam impor tabelas específicas e ajustes em contratos em andamento.

“Pelas normas legais, não precisa ocorrer nenhum aditivo contratual, pois permanecem os valores previstos no Rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Nesse momento de pandemia, a mesma consulta que ocorreria presencialmente tem a autorização para ocorrer por telemedicina. Não muda o procedimento, do mesmo modo, não muda o honorário. Não há nenhuma coerência no pagamento de valores diferentes para um mesmo ato”, sublinhou.

O assessor jurídico da SBD, Alberthy Ogliari, ainda recomendou aos dermatologistas que verifiquem seus contratos e denunciem eventuais irregularidades às entidades competentes, uma vez que individualmente os credenciados ficam vulneráveis e têm poucas chances de mudar as cláusulas oferecidas pelas operadoras.

“A lei estabelece a remuneração de forma clara. O valor tem que ser mantido. Quem sofrer redução em função da telemedicina pode entrar em contato com a SBD. Nesse momento, são as entidades de classe que terão força nacional para denunciar e lutar pelos direitos dos médicos”, disse.

Viabilidade técnica – Na sequência, o coordenador de Tecnologia da Informação do CFM, Gleidson Porto Batista, comentou aspectos sobre a segurança de dados e privacidade fornecida pelas autoridades certificadoras (AC), credenciadas junto ao CFM para a realização da telemedicina. Até o momento, a entidade mantém parcerias com três empresas que fornecem este tipo de serviço aos médicos com condições especiais.

“Numa consulta, há diversos dados sensíveis que precisam ser protegidos: imagens do paciente, história clínica, prescrição de medicamentos e várias outras. Por isso, as plataformas credenciadas seguem um padrão rígido de segurança. Somente nesse formato é viável realizar a consulta e garantir sigilo e respaldo jurídico para médico e paciente”, pontuou.

Conforme explicou aos participantes, a consulta online ocorre por meio de um processo de certificação digital, mediada pela AC, em que o médico consegue realizar a prescrição de receitas, solicitar exames e preencher o prontuário, com total privacidade e autenticidade garantidas. Todas as instruções para utilização da telemedicina como instrumento de trabalho em consonância com o padrão recomendado pelo CFM estão disponíveis no site www.portal.cfm.org.br/crmdigital/

Após a fala do coordenador de Tecnologia da Informação do CFM, todos os especialistas responderam inúmeros questionamentos selecionados pelo diretor financeiro da SBD, Egon Daxbacher, a respeito de operacionalização necessária para o funcionamento das teleconsultas.
“Foi um encontro marcado pela interação. Com a ajuda de nossos convidados conseguimos esclarecer muitas dúvidas. Se forem necessários outros fóruns desse tipo, serão organizados. O compromisso da Gestão 2019-2020 é oferecer todo o suporte demandado pelos dermatologistas associados”, disse Egon Daxbacher.  De acordo com o que informou, interessados em assistir ou rever esse debate podem assisti-lo na íntegra, em breve, no site da Manole Educação.

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6 de maio de 2020 0

No momento em que o país atravessa uma situação de pandemia e precisa se adaptar em curto prazo a novas realidades, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) oferece aos seus associados um importante benefício para que o exercício da especialidade possa acontecer sem interrupções e com qualidade. A partir de entendimentos com parceiros institucionais, a entidade obteve apoio para que dermatologistas possam usar, a custo reduzido, uma plataforma para realização de teleconsultas, incluindo a emissão de prescrições eletrônicas.

A parceria com o laboratório TheraSkin e a empresa iClinic – permitirá que o associado, com situação em dia com a SBD, possa atender seus pacientes a distância, mediados por uma ferramenta moderna, que atende requisitos de qualidade na transmissão de dados e imagens, assim como garante respeito ao sigilo das informações trocadas entre médicos e pacientes.

Após fazer a adesão, o associado poderá realizar até dez teleconsultas, utilizando essa plataforma, sem custos. A partir da décima primeira, ele paga um valor acordado, por atendimento. Além dessa ferramenta, todos os associados terão o direito de utilizar, gratuitamente e por dois meses, sistema de prontuário eletrônico oferecido por esses parceiros.

Para mais informações acesse aqui

Consultas – Dessa forma, dermatologistas que estão com consultórios fechados ou têm dificuldades em realizar consultas presenciais, poderão usar recursos de telemedicina com segurança. Após esses dois meses, o associado poderá dar continuidade ao uso da ferramenta ou optar por outras soluções, de acordo com o que for mais conveniente. De acordo com as empresas, a plataforma tem como características principais sua segurança na transmissão e manuseio de dados e usabilidade, podendo ser auxiliar estratégico para os consultórios e clínicas. A parceria foi alinhavada pela Gestão 2019-2020 que, desde o início da pandemia, tem buscado alternativas para facilitar a vida de dermatologistas que integram os quadros da SBD. Também foi implementada mudança no calendário de pagamento das anuidades, dando maior fôlego para sua quitação.

Informações – Outra frente tem sido tornar disponíveis, de modo ágil e didático, informações de interesse da especialidade e da medicina em geral vinculadas ao coronavírus. A SBD criou em seu site uma área específica para agrupar dados, notícias, artigos e protocolos sobre a Covid-19 e temas relacionados. Também tem encaminhado e-mails marketing e boletins focados na atualização dos dermatologistas.

“A Diretoria da SBD, na Gestão 2019-2020, tem como prioridade buscar soluções que atendam os interesses dos associados. Todos nós entendemos as angústias de quem está na ponta. Por isso, o trabalho tem sido voltado em oferecer respostas a problemas concretos. Podem contar conosco”, ressaltou o presidente da entidade, Sérgio Palma.

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23 de abril de 2020 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) divulgou nessa quinta-feira (23/4) estudo sobre o uso de antimaláricos aminoquinolínicos na prática dermatológica. No momento em que se discute a prescrição da hidroxicloroquina e da cloroquina no tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus, a entidade oferece uma nova contribuição científica esclarecendo aspectos e efeitos do uso dessa substância pela dermatologia, colocando à disposição das autoridades sanitárias o conhecimento acumulado pela especialidade.

O trabalho foi enviado ao Ministério da Saúde no mesmo dia, atendendo solicitação do diretor do Departamento de Atenção Especializada e Temática (DAET/MS), Marcelo Campos Oliveira. Na mensagem de encaminhamento, a SBD ressaltou que sua nota técnica foi preparada após análise de extensa literatura científica e da longa experiência de seus especialistas, os quais têm atuado no intuito de oferecer aos pacientes segurança e eficácia em suas orientações.

Leia aqui a íntegra do documento

No contexto da pandemia de Covid-19, esse documento apresentado pela SBD, em sua Gestão 2019 -2020, torna-se uma relevante contribuição para as autoridades sanitárias. Por serem reconhecidamente adotados com frequência em tratamentos dermatológicos, as descrições sobre seus mecanismos de ação, interações medicamentosas, posologia e efeitos adversos serão úteis na medida que se discute o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no tratamento de pacientes diagnosticados com Covid-19.

“A SBD está à disposição para contribuir na construção de soluções com base científica sólidas, que sejam de amplo interesse social e coletivo dentro do esforço para superação dessa grave crise epidemiológica”, diz a entidade no documento entregue ao Ministério da Saúde.

O estudo percorre a origem e a linha do tempo dos antimaláricos aminoquinolínicos, cuja descoberta remonta do século XVII. A SBD esclarece, ainda, aspectos da farmacologia, mecanismos de ação, posologia, interações medicamentosas, uso por gestantes e lactantes, efeitos adversos e outros; trazendo referências técnico-científicas importantes do uso desses medicamentos pela dermatologia. “Esse é apenas um exemplo das contribuições possíveis de nossa especialidade na implementação de políticas públicas de saúde”, disse o presidente da SBD, Sérgio Palma.

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23 de abril de 2020 0

O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nesta quinta-feira (23/4) o Parecer nº 04/2020 no qual estabelece critérios e condições para a prescrição de cloroquina e de hidroxicloroquina em pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19. O documento foi entregue ao presidente da República, Jair Bolsonaro, pelo presidente do CFM, Mauro Ribeiro, em audiência no Palácio do Planalto. No encontro, também estava o ministro da Saúde, Nelson Teich.

Confira aqui a íntegra do parecer do CFM n. 04/2020

Após analisar extensa literatura científica, a autarquia reforçou seu entendimento de que não há evidências sólidas de que essas drogas tenham efeito confirmado na prevenção e tratamento dessa doença. Porém, diante da excepcionalidade da situação e durante o período declarado da pandemia de Covid-19, o CFM entende ser possível a prescrição desses medicamentos em três situações específicas.

Hipóteses – Na visão do CFM, a primeira possibilidade em que pode ser considerado o uso cloroquina e da hidroxicloroquina é no caso de paciente com sintomas leves, em início de quadro clínico, em que tenham sido descartadas outras viroses (como influenza, H1N1, dengue) e exista diagnóstico confirmado de Covid-19. A segunda hipótese é em paciente com sintomas importantes, mas ainda sem necessidade de cuidados intensivos, com ou sem recomendação de internação.

O terceiro cenário possível é em paciente crítico recebendo cuidados intensivos, incluindo ventilação mecânica. Porém, ressalta o Parecer, é “difícil imaginar que em pacientes com lesão pulmonar grave estabelecida e, na maioria das vezes, com resposta inflamatória sistêmica e outras insuficiências orgânicas, a hidroxicloroquina ou a cloroquina possam ter um efeito clinicamente importante”.

Em todos os contextos, a prescrição das drogas caberá ao médico assistente, em decisão compartilhada com o paciente. O documento do CFM ressalta que o profissional fica obrigado a explicar ao doente que não existe, até o momento, nenhum trabalho científico, com ensaio clínico adequado, feito por pesquisadores reconhecidos e publicado em revistas científicas de alto nível, que comprove qualquer benefício do uso das drogas para o tratamento da Covid-19. Ele também deverá explicar os efeitos colaterais possíveis, obtendo o Consentimento Livre e Esclarecido do paciente ou dos familiares, quando for o caso.

Infração ética – Observados esses aspectos, não cometerá infração ética o médico que utilizar a cloroquina ou hidroxicloroquina em pacientes portadores da doença. Em seu parecer, o CFM aponta ainda a necessidade de acompanhamento constante dos avanços científicos no enfrentamento da Covid-19.

“Essas considerações que serviram de base para as decisões do CFM basearam-se nos conhecimentos atuais, podendo ser modificadas a qualquer tempo pelo Conselho Federal de Medicina à medida que resultados de novas pesquisas de qualidade forem divulgados na literatura”, ressalta o texto.

Para chegar a essas conclusões, o CFM promoveu reuniões com representantes de diferentes sociedades de especialidades médicas, além de pesquisadores convidados. O grupo fez uma extensa revisão da literatura científica disponível sobre o tema.  Ao final do trabalho, concluiu-se que “não existem evidências robustas de alta qualidade que possibilitem a indicação de uma terapia farmacológica específica para a Covid-19”.

Para o CFM, agora, o constante acompanhamento dos resultados dos estudos com medicamentos é de extrema relevância para atualizar, periodicamente, as recomendações sobre o tratamento da Covid-19. Segundo o documento, existe consenso entre os pesquisadores de diferentes países de que ensaios clínicos, com desenho adequado do ponto de vista científico, são urgentes para orientar os médicos sobre qual o melhor tratamento para essa doença.

Prevenção – No que se refere às estratégias e métodos de prevenção à Covid-19, o documento do CFM ressalta que as únicas reconhecidas, até o momento, para prevenir a infecção, são o reforço à higienização e se evitar a exposição ao vírus. Não há menção a qualquer medicamento ou substância com essa finalidade.

“As medidas de isolamento social têm sido recomendadas em todo o mundo como a única estratégia eficaz para impedir a disseminação rápida do coronavírus”. Com isso, impede-se a sobrecarga dos sistemas de saúde, permitindo cuidados aos pacientes com Covid-19, em especial os mais graves, que necessitam de internação hospitalar e UTIs.

A autarquia também afirma que medidas focadas na higienização também são altamente recomendadas, como lavar frequentemente as mãos; não tocar os olhos, o nariz e a boca com as mãos não lavadas; evitar contato próximo com as pessoas; e cobrir a boca e o nariz com o antebraço ao tossir ou espirrar ou com lenços descartáveis.

Ainda se recomenda a procura de atendimento médico, imediatamente, se a pessoa tiver febre, tosse e dificuldade em respirar. “O reconhecimento precoce de novos casos é primordial para a prevenção da transmissão. Atualmente, sabe-se que os casos não detectados e assintomáticos são os maiores responsáveis pela elevada taxa de transmissão de SARS-CoV2”.

No caso de pacientes com quadros graves, o parecer do CFM aponta que a literatura científica indica que há evidências fortes de que o cuidado efetivo aos pacientes com Covid-19, com diminuição da mortalidade, está relacionado à oferta de infraestrutura adequada. Assim, a presença de médicos e equipes de saúde com preparo adequado e com equipamentos de proteção individual em número suficiente; a existência de leitos de internação e de UTI; a presença de equipamentos de ventilação mecânica de boa qualidade e em número suficiente; assim como o encaminhamento para cuidados intensivos, quando indicado, são listados entre as ações recomendadas

Com informações do CFM.

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21 de abril de 2020 0

Mapeamento em estudos científicos publicados por especialistas sinaliza que ainda não há evidências de que a Covid-19 produza manifestações dermatológicas nos pacientes infectados pelo novo coronavírus. A análise, atualizada por Paulo Ricardo Criado, coordenador do Departamento de Medicina Interna da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), faz a compilação do conhecimento produzido nos últimos meses, acompanhando a evolução da pandemia mundial. Trata-se de mais nova contribuição da entidade na orientação dos médicos dermatologistas brasileiros.

Leia a íntegra do artigo publicado pela SBD

No artigo “Manifestações na pele devido à Covid-19 causadas pelo vírus SARS-CoV-2: fatos e fotos até 17 de abril de 2020”, Criado acrescenta dados conhecidos após 28 de março, quando publicou a primeira avaliação de estudos científicos. Segundo ele, os trabalhos publicados, até o momento, não permitem à comunidade médica ter fonte de informação relevante e sólida que embase o reconhecimento de manifestação dermatológica específica ou mesmo inespecífica decorrente da doença Covid-19”.

Ausência – Dentre os aspectos citados pelo coordenador do Departamento de Medicina Interna da SBD que comprometem os resultados apresentados está a ausência de imagens ou biopsias que comprovem a interface da Covid-19 com manifestações cutâneas. Paulo Criado reitera que o dermatologista dará grande contribuição fazendo relatos específicos sobre esse tema. |

“O atual momento e os próximos meses necessitam de colaboração, coordenação e resiliência. Recomenda-se aos médicos, em particular os dermatologistas que estão habituados ao reconhecimento de lesões cutâneas elementares, descreverem as tegumentares da maneira mais precisa possível”, afirma o especialista.

Na avaliação do especialista, “deve-se estar atento à oferta de dados epidemiológicos, clínicos e laboratoriais dos pacientes de forma cronológica, exercendo ativamente o atendimento com equipamentos de proteção individual, procurando registrar com fotografias de qualidade as lesões e, se possível, realizarem biópsias para documentação científica e estabelecimento da diagnose correta”.





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