SBD Live promove debate sobre dermatoscopia, com foco no diagnóstico do câncer de pele, mas não exclusivamente



SBD Live promove debate sobre dermatoscopia, com foco no diagnóstico do câncer de pele, mas não exclusivamente

3 de julho de 2020
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Uma audiência de 450 espectadores acompanhou a conferência virtual “Dermatoscopia: casos clínicos desafiadores”, promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), com apoio da Manole, no dia 30 de junho (terça-feira). O encontro, transmitido por meio de plataforma exclusiva para associados, teve como foco a discussão de aspectos diagnósticos do câncer de pele, com base na utilização de ferramentas ópticas, mas não exclusivamente, pois a utilização é muito mais ampla. 

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A atividade marcou a oitava edição do projeto SBD Live, organizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. Todos os conteúdos das aulas ficam disponíveis para consulta em área de acesso restrito aos associados da entidade. Dessa forma, os especialistas contam com um banco de dados e informações ao seu alcance para melhorar sua performance no atendimento de seus pacientes.

Novo projeto – O vice-presidente da SBD, Mauro Enokihara, foi o responsável por mediar as apresentações. Ele destacou o desenvolvimento de um novo projeto da atual gestão, denominado “Temas em Dermatoscopia”, sob coordenação da professora  Flávia Vasques Bittencourt, que deve trazer, a partir de agosto, diferentes aulas de curta duração para aprimorar a qualificação técnica dos associados na área. 

“Os Serviços atualmente credenciados possuem conteúdos e formatos de ensino bastante heterogêneos sobre a Dermatoscopia. Essa nova iniciativa da SBD tem justamente o intuito de ampliar o acesso à informação para aperfeiçoar a capacitação de um assunto tão presente no dia a dia do consultório dermatológico”, disse.

Casos clínicos – O professor associado da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Carlos Barcaui, iniciou as explanações abordando dilemas dermatoscópicos baseados em casos clínicos. As situações foram acompanhadas pelo próprio expositor ao longo de sua carreira e que demonstraram fatores de diferenciação diagnóstica entre ceratose liquenóide e melanoma regredido. 

Além disso, o especialista também enfatizou a dificuldade encontrada pelos métodos disponíveis para distinguir melanomas em lesões de coloração rosa. “Nessas situações, a chave para o diagnóstico é o padrão vascular. Vasos multiformes – ou em pontos – têm valor preditivo para lesão melanocítica em 90%. Por isso, os dermatologistas devem estar atentos a esse tipo de manifestação”, pontuou.

Exame completo – Na sequência, a dermatologista do Núcleo de Câncer de Pele do Hospital A. C. Camargo Center, Bianca Costa Soares de Sá, discorreu a respeito do acompanhamento corporal de pacientes com características fenotípicas de alto risco para câncer de pele, com ênfase no seguimento em curto e longo prazo. As explanações da médica foram direcionadas aos casos clínicos caracterizados pela síndrome do nevo atípico.

Por sua vez, a professora associada da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e chefe do Serviço de Dermatologia do Hospital das Clínicas (HC-UFMG), Flávia Bittencourt, ressaltou a importância do exame completo de pele, mesmo naqueles indivíduos que buscam o consultório em função de uma queixa ou lesão específica. 

Segundo relatou a especialista, é significativo o número de vezes em que a presença de um melanoma está associada a outras lesões melanocíticas. “Algumas vezes, o paciente não percebe a existência de manchas menores ou em locais menos visíveis, como o couro cabeludo. Ao se deparar com uma manifestação provável para melanoma, devemos redobrar a atenção e investigar mais detalhadamente as outras manchas do paciente”, afirmou Flávia Bittencourt, que também responde pela 1ª Secretaria da SBD. 

Manifestações – Finalmente, o professor associado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e chefe do Serviço de Dermatologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Renato Bakos, destacou a possibilidade de que manifestações inflamatórias alterarem a aparência de melanomas e outras lesões, sendo relevante a investigação e escuta do paciente, com ênfase em análise ampla. Conforme apontou o médico, a presença de ácaros de escabiose é um exemplo de situação com potencial para modificar as lesões e produzir diagnósticos inconclusivos. 

Os especialistas convidados responderam ainda uma série de questionamentos dos espectadores a respeito do atendimento em consultório em meio à pandemia de Covid-19, critérios de classificação de síndromes dermatológicas, intervalo entre mapeamentos, interface de trabalho com o patologista, achados suspeitos em lesões papulosas e naquelas não pigmentadas, entre outras. 





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