Prefeitura de Natal adere à Campanha Janeiro Roxo da SBD sobre hanseníase
O Palácio Felipe Camarão recebeu iluminação no tom roxo em alusão à Campanha promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia sobre prevenção e tratamento da hanseníase.…
Durante o Janeiro Roxo (cor que simboliza a luta contra a hanseníase), os dermatologistas brasileiros divulgarão informações de utilidade pública preparadas para conscientizar a população.
Além das diversas peças gráficas veiculadas nas redes sociais da SBD e das entidades parceiras, serão divulgados vídeos e podcasts sobre o assunto e realizadas lives, nas quais tanto a população quanto os profissionais da saúde poderão encaminhar suas dúvidas. Os médicos também poderão participar de cursos de capacitação que ampliam o acesso ao diagnóstico e ao tratamento precoces.
A SBD lançará ainda, ao longo do mês, um Guia Ilustrado sobre a hanseníase, que terá como público alvo a população em geral e trará orientações sobre sinais, sintomas, diagnóstico e tratamento. Outra iniciativa é a distribuição de uma Nota Técnica destinada aos médicos e equipes de saúde, com orientações gerais sobre o esquema terapêutico para tratar essa doença.
Vários prédios e monumentos públicos também concordaram em iluminar suas instalações de roxo, como forma de adesão à iniciativa que terá como ponto alto em 30 de janeiro (último domingo do mês), quando se comemoram o Dia Mundial contra a Hanseníase; e o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, data instituída pela Lei nº 12.135/2.009.
A hanseníase é um problema de saúde antigo, com descrições em textos bíblicos. Muito já se falou sobre essa doença que, ainda hoje, continua a chamar a atenção de pesquisadores e de gestores da área da saúde. É uma busca pelo conhecimento que não tem fim.
Nesta área, abaixo, estão disponíveis para leitura e download alguns documentos de referência para médicos e outros profissionais da saúde. Trata-se de material de referência útil ao abordar o tema sob diferentes aspectos.
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No Brasil, foram 312 mil novos casos registrados nos últimos dez anos, o que coloca nosso país na segunda posição no ranking mundial da doença, atrás da Índia.
O mês de janeiro chama a atenção para a prevenção da hanseníase.
De todos os novos casos registrados na população geral pelo Sistema de Informação de Agravos e Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, um terço se concentra apenas no Pará.
A campanha Janeiro Roxo tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a prevenção à hanseníase.
O Maranhão ocupa o primeiro lugar no Brasil em número de casos novos de hanseníase. O alerta é da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Brasil é o foco da OMS, já que em números proporcionais à população somos o primeiro no ranking com a maior taxa de incidência mundial.
• Manchas (esbranquiçadas, amarronzadas e avermelhadas) na pele com mudanças na sensibilidade dolorosa, térmica e tátil. • Sensação de fisgada, choque, dormência e formigamento ao longo dos nervos dos membros • Perda de pelos em algumas áreas e redução da transpiração • Inchaço e dor nas mãos, pés e articulações • Dor e espessamento nos nervos periféricos • Redução da força muscular, sobretudo nas mãos e pés • Caroços no corpo • Pele seca • Olhos ressecados • Feridas, sangramento e ressecamento no nariz • Febre e mal-estar geral
Se apresentar um ou mais desses sinais e sintomas, procure ajuda médica. O posto de saúde mais próximo de sua casa ou uma equipe de saúde da família podem lhe ajudar. Neles, é possível fazer exames e receber orientações de como se tratar!
Em caso de diagnóstico confirmado para hanseníase, oriente as pessoas com as quais mantém contato próximo e regular (familiares, amigos, colegas de trabalho) a também irem ao médico para serem examinadas.
Quem tem diagnóstico para hanseníase deve começar a tomar os medicamentos prescritos de imediato. Ao fazer isso, o paciente deixa de ser transmissor da doença. E atenção: é importante não abandonar o tratamento ou deixar de tomar os remédios.
A hanseníase é uma doença que afeta primariamente a pele e os nervos. Ela é causada por uma bactéria que já está muito acostumada com o ser humano. Trata-se da Mycobacterium leprae.
A hanseníase possui formas contagiosas, que são chamadas multibacilares, e não contagiosas, conhecidas como paucibacilares. A transmissão da doença acontece pelo ar, sobretudo em situações de contato próximo. Apesar disso, a maioria da população consegue se defender naturalmente da bactéria, no entanto, cerca de 10% da população não tem esses mecanismos de proteção e, por isso, pode adoecer. Mas há um ponto importante: ao iniciar o tratamento, esse paciente não transmite mais a doença.
A bactéria da hanseníase tem uma afinidade especial pela pele e nervos periféricos. Na pele, ela vai se apresentar com manchas que podem ser brancas, amarronzadas e vermelhas; também podem surgir caroços e infiltrações (áreas vermelhas elevadas). A característica mais importante destas lesões é a diminuição da sensibilidade ao frio, calor, dor e tato. Geralmente, os pacientes declaram que as áreas das lesões na pele são dormentes e apresentam formigamento. Além das lesões na pele, os pacientes podem apresentar queda dos pelos das sobrancelhas, sensação de nariz entupido e diminuição da sensibilidade e/ou perda da força muscular dos pés e mãos, justamente pelo acometimento dos nervos periféricos. A pele é acometida em cerca de 95% dos casos de hanseníase. Em um pequeno percentual de pacientes, pode haver apenas as lesões dos nervos periféricos – ou seja, o paciente pode manifestar diminuição de sensibilidade, dormência e formigamento nos pés e mãos, mas não terá lesões na pele.
O diagnóstico da hanseníase é essencialmente clínico. Ou seja, o médico capacitado consegue diagnosticar a doença apenas por meio do exame físico do paciente. Obviamente, sempre que possível, exames complementares como a baciloscopia – que mede a carga bacilar do paciente – e a biópsia da pele devem ser realizados, mas não são de extrema necessidade para o diagnóstico.
A questão mais importante que existe na hanseníase é que o tratamento com os antibióticos torna o paciente incapaz de transmitir a doença, o que significa que mata as bactérias e o paciente passa a ser não contagiante. Por outro lado, esse tratamento com antibióticos não tem a capacidade de reverter o dano neural, pois muitas vezes o paciente chega para tratamento já com muitas alterações de sensibilidade e motoras. Essas alterações não são revertidas pelo tratamento com antibióticos. Por isso, é crucial na hanseníase o diagnóstico precoce. Quanto mais precoce o diagnóstico, mais rapidamente o tratamento é instituído e menos sequela o paciente terá.
Além do pequeno número de casos nos quais não há lesões na pele, mas apenas dormência ou dor no trajeto dos nervos, a doença pode afetar os olhos e outros órgãos internos, como os testículos, no caso dos homens. Isso ocorre geralmente em pacientes que estão sem diagnóstico há muito tempo, o que faz com que a hanseníase acabe evoluindo e avançando. Algumas regiões, como as articulações e as juntas do corpo, como o cotovelo e o joelho, podem ser afetadas e apresentarem inflamação, e a pessoa acaba desenvolvendo uma artrite. Inclusive, alguns casos são, por isso, investigados como se fossem uma doença reumatológica.
Os pacientes afetados por uma forma mais branda de hanseníase podem não recuperar a sensibilidade na região das manchas, mesmo depois de medicados. Isso é considerado uma sequela pós-tratamento. Alguns pacientes, com hanseníase já avançada antes do tratamento, podem evoluir com sequelas mais graves, como a mão em formato de garra. Também há risco de apresentarem alguma limitação física, o que gera dificuldade e mesmo incapacidade para trabalhar e realizar atividades da vida diária.
O tratamento da hanseníase é feito com antibióticos. Os medicamentos são fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), normalmente nos postos da Atenção Básica. É importante que o paciente siga o tratamento de maneira regular até o fim para que se cure de forma definitiva, não permitindo o retorno da doença. Quanto antes o tratamento for iniciado, menor o risco de sequelas.
No país, são detectados todos os anos cerca de 30 mil casos novos. Esse quantitativo se acumula aos diagnósticos de anos anteriores. Provavelmente, muitos desses pacientes já estavam doentes e não sabiam que tinham a doença, o que sugere que a hanseníase seja bastante comum no Brasil. A detecção precoce da doença é fundamental para que o paciente evolua sem sequelas e para diminuir a chance de transmissão para outras pessoas, em especial aquelas com quem convive de maneira regular e próxima.
Sim, é importante ter o hábito de examinar a pele para, em caso de alteração, procurar ajuda médica, principalmente se houver dormência nas mãos, pés, olhos e nas regiões das manchas. Como já foi dito, a detecção e o tratamento precoces evitam sequelas. O diagnóstico pode ser feito em qualquer posto de saúde que tenha um profissional treinado para detectar a doença. A maioria dos especialistas em hanseníase é dermatologista, mas existem vários médicos capacitados e treinados para cuidar desses casos.
A hanseníase possui um tempo de incubação longo, ou seja, a partir do momento que a pessoa entra em contato com outra que tem a doença, se ela for susceptível, não vai adoecer imediatamente. Isso pode levar de três a sete anos, ou até mais. Dessa forma, aqueles que tiveram contato com a pessoa com hanseníase, além de serem submetidos a um exame físico dermato-neurológico para o rastreio de lesões precoces da doença e tomarem a vacina BCG, devem ser esclarecidos sobre este fato e ficarem atentos a esses sinais, que podem surgir no exame seguinte. Caso surjam sinais da doença, essa pessoa deve procurar uma unidade de saúde.
É importante esclarecer que não há necessidade de nenhuma medida higiênica em relação à doença. Antigamente, os pacientes ficavam reclusos em leprosários, mas, hoje em dia, o tratamento é muito mais eficaz e isso não é necessário. A partir do momento em que o paciente começa o tratamento, a partir da primeira dose ele já é praticamente não contagiante. Então, não é necessário separar talheres e outros objetos da casa. As pessoas que conviveram com o paciente antes do tratamento devem ser examinadas para ver se já existe alguma lesão que elas não notaram. Elas são examinadas e as que não têm a doença recebem uma dose da vacina BCG, que é a mesma utilizada para a prevenção da tuberculose. Assim como na tuberculose, ela não impede que a pessoa tenha a doença, mas diminui a possibilidade de casos mais graves.
A hanseníase é uma doença que carrega um grande estigma pelo seu alto potencial de causar incapacidades e deformidades físicas. Isso ocorre justamente pela lesão do nervo periférico, que deixa a pessoa mais suscetível a se ferir. A partir do momento que o paciente não tem a capacidade de sentir uma panela quente ou uma pedrinha no sapato, um machucado pode levar a complicações. Uma panela quente pode causar uma queimadura, a partir dessa lesão, é possível surgir uma infecção secundária da pele. A infecção pode se espalhar para o osso e causar uma osteomielite e assim, provocar a perda das extremidades, como os dedos dos pés e das mãos.
A hanseníase está classificada entre as doenças ditas negligenciadas, que atingem populações com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O Brasil, apesar de estar entre as grandes economias mundiais, apresenta grande desigualdade social. Nas periferias de suas metrópoles, existem grandes bolsões de pobreza caracterizados por habitações insalubres e difícil acesso aos serviços de saúde. No entanto, por se tratar de doença endêmica, a rigor toda a população está exposta e pessoas de maior poder aquisitivo também podem adoecer. O Brasil é o segundo lugar em casos de hanseníase no mundo, mas o Ministério da Saúde, com o apoio da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), tem se esforçado para melhorar essa situação.
De alguns anos para cá, houve um processo de descentralização do atendimento, ou seja, os pacientes que antes eram acolhidos em unidades de especialistas em dermatologia e neurologia passaram a ser atendidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e pelas equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF). Para isso ser possível, os dermatologistas trabalham incessantemente na capacitação dos médicos da Atenção Básica para que estejam aptos na realização do diagnóstico e prescrição de tratamento da hanseníase. Isso é algo que melhorou muito. Além disso, o Ministério da Saúde lançou a campanha do Janeiro Roxo, que conta com a colaboração da Sociedade Brasileira de Dermatologia com seus departamentos e Serviços Credenciados, que participam ativamente desta iniciativa, que visa conscientizar a população sobre os riscos dessa doença.
A hanseníase é uma doença que afeta primariamente a pele e os nervos. Ela é causada por uma bactéria que já está muito acostumada com o ser humano. Trata-se da Mycobacterium leprae.
A hanseníase possui formas contagiosas, que são chamadas multibacilares, e não contagiosas, conhecidas como paucibacilares. A transmissão da doença acontece pelo ar, sobretudo em situações de contato próximo. Apesar disso, a maioria da população consegue se defender naturalmente da bactéria, no entanto, cerca de 10% da população não tem esses mecanismos de proteção e, por isso, pode adoecer. Mas há um ponto importante: ao iniciar o tratamento, esse paciente não transmite mais a doença.
A bactéria da hanseníase tem uma afinidade especial pela pele e nervos periféricos. Na pele, ela vai se apresentar com manchas que podem ser brancas, amarronzadas e vermelhas; também podem surgir caroços e infiltrações (áreas vermelhas elevadas). A característica mais importante destas lesões é a diminuição da sensibilidade ao frio, calor, dor e tato. Geralmente, os pacientes declaram que as áreas das lesões na pele são dormentes e apresentam formigamento. Além das lesões na pele, os pacientes podem apresentar queda dos pelos das sobrancelhas, sensação de nariz entupido e diminuição da sensibilidade e/ou perda da força muscular dos pés e mãos, justamente pelo acometimento dos nervos periféricos. A pele é acometida em cerca de 95% dos casos de hanseníase. Em um pequeno percentual de pacientes, pode haver apenas as lesões dos nervos periféricos – ou seja, o paciente pode manifestar diminuição de sensibilidade, dormência e formigamento nos pés e mãos, mas não terá lesões na pele.
O diagnóstico da hanseníase é essencialmente clínico. Ou seja, o médico capacitado consegue diagnosticar a doença apenas por meio do exame físico do paciente. Obviamente, sempre que possível, exames complementares como a baciloscopia – que mede a carga bacilar do paciente – e a biópsia da pele devem ser realizados, mas não são de extrema necessidade para o diagnóstico.
A questão mais importante que existe na hanseníase é que o tratamento com os antibióticos torna o paciente incapaz de transmitir a doença, o que significa que mata as bactérias e o paciente passa a ser não contagiante. Por outro lado, esse tratamento com antibióticos não tem a capacidade de reverter o dano neural, pois muitas vezes o paciente chega para tratamento já com muitas alterações de sensibilidade e motoras. Essas alterações não são revertidas pelo tratamento com antibióticos. Por isso, é crucial na hanseníase o diagnóstico precoce. Quanto mais precoce o diagnóstico, mais rapidamente o tratamento é instituído e menos sequela o paciente terá.
Além do pequeno número de casos nos quais não há lesões na pele, mas apenas dormência ou dor no trajeto dos nervos, a doença pode afetar os olhos e outros órgãos internos, como os testículos, no caso dos homens. Isso ocorre geralmente em pacientes que estão sem diagnóstico há muito tempo, o que faz com que a hanseníase acabe evoluindo e avançando. Algumas regiões, como as articulações e as juntas do corpo, como o cotovelo e o joelho, podem ser afetadas e apresentarem inflamação, e a pessoa acaba desenvolvendo uma artrite. Inclusive, alguns casos são, por isso, investigados como se fossem uma doença reumatológica.
Os pacientes afetados por uma forma mais branda de hanseníase podem não recuperar a sensibilidade na região das manchas, mesmo depois de medicados. Isso é considerado uma sequela pós-tratamento. Alguns pacientes, com hanseníase já avançada antes do tratamento, podem evoluir com sequelas mais graves, como a mão em formato de garra. Também há risco de apresentarem alguma limitação física, o que gera dificuldade e mesmo incapacidade para trabalhar e realizar atividades da vida diária.
O tratamento da hanseníase é feito com antibióticos. Os medicamentos são fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), normalmente nos postos da Atenção Básica. É importante que o paciente siga o tratamento de maneira regular até o fim para que se cure de forma definitiva, não permitindo o retorno da doença. Quanto antes o tratamento for iniciado, menor o risco de sequelas.
No país, são detectados todos os anos cerca de 30 mil casos novos. Esse quantitativo se acumula aos diagnósticos de anos anteriores. Provavelmente, muitos desses pacientes já estavam doentes e não sabiam que tinham a doença, o que sugere que a hanseníase seja bastante comum no Brasil. A detecção precoce da doença é fundamental para que o paciente evolua sem sequelas e para diminuir a chance de transmissão para outras pessoas, em especial aquelas com quem convive de maneira regular e próxima.
Sim, é importante ter o hábito de examinar a pele para, em caso de alteração, procurar ajuda médica, principalmente se houver dormência nas mãos, pés, olhos e nas regiões das manchas. Como já foi dito, a detecção e o tratamento precoces evitam sequelas. O diagnóstico pode ser feito em qualquer posto de saúde que tenha um profissional treinado para detectar a doença. A maioria dos especialistas em hanseníase é dermatologista, mas existem vários médicos capacitados e treinados para cuidar desses casos.
A hanseníase possui um tempo de incubação longo, ou seja, a partir do momento que a pessoa entra em contato com outra que tem a doença, se ela for susceptível, não vai adoecer imediatamente. Isso pode levar de três a sete anos, ou até mais. Dessa forma, aqueles que tiveram contato com a pessoa com hanseníase, além de serem submetidos a um exame físico dermato-neurológico para o rastreio de lesões precoces da doença e tomarem a vacina BCG, devem ser esclarecidos sobre este fato e ficarem atentos a esses sinais, que podem surgir no exame seguinte. Caso surjam sinais da doença, essa pessoa deve procurar uma unidade de saúde.
É importante esclarecer que não há necessidade de nenhuma medida higiênica em relação à doença. Antigamente, os pacientes ficavam reclusos em leprosários, mas, hoje em dia, o tratamento é muito mais eficaz e isso não é necessário. A partir do momento em que o paciente começa o tratamento, a partir da primeira dose ele já é praticamente não contagiante. Então, não é necessário separar talheres e outros objetos da casa. As pessoas que conviveram com o paciente antes do tratamento devem ser examinadas para ver se já existe alguma lesão que elas não notaram. Elas são examinadas e as que não têm a doença recebem uma dose da vacina BCG, que é a mesma utilizada para a prevenção da tuberculose. Assim como na tuberculose, ela não impede que a pessoa tenha a doença, mas diminui a possibilidade de casos mais graves.
A hanseníase é uma doença que carrega um grande estigma pelo seu alto potencial de causar incapacidades e deformidades físicas. Isso ocorre justamente pela lesão do nervo periférico, que deixa a pessoa mais suscetível a se ferir. A partir do momento que o paciente não tem a capacidade de sentir uma panela quente ou uma pedrinha no sapato, um machucado pode levar a complicações. Uma panela quente pode causar uma queimadura, a partir dessa lesão, é possível surgir uma infecção secundária da pele. A infecção pode se espalhar para o osso e causar uma osteomielite e assim, provocar a perda das extremidades, como os dedos dos pés e das mãos.
A hanseníase está classificada entre as doenças ditas negligenciadas, que atingem populações com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O Brasil, apesar de estar entre as grandes economias mundiais, apresenta grande desigualdade social. Nas periferias de suas metrópoles, existem grandes bolsões de pobreza caracterizados por habitações insalubres e difícil acesso aos serviços de saúde. No entanto, por se tratar de doença endêmica, a rigor toda a população está exposta e pessoas de maior poder aquisitivo também podem adoecer. O Brasil é o segundo lugar em casos de hanseníase no mundo, mas o Ministério da Saúde, com o apoio da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), tem se esforçado para melhorar essa situação.
De alguns anos para cá, houve um processo de descentralização do atendimento, ou seja, os pacientes que antes eram acolhidos em unidades de especialistas em dermatologia e neurologia passaram a ser atendidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e pelas equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF). Para isso ser possível, os dermatologistas trabalham incessantemente na capacitação dos médicos da Atenção Básica para que estejam aptos na realização do diagnóstico e prescrição de tratamento da hanseníase. Isso é algo que melhorou muito. Além disso, o Ministério da Saúde lançou a campanha do Janeiro Roxo, que conta com a colaboração da Sociedade Brasileira de Dermatologia com seus departamentos e Serviços Credenciados, que participam ativamente desta iniciativa, que visa conscientizar a população sobre os riscos dessa doença.
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