Nenhuma terapêutica isolada foi determinada experimentalmente como sendo a mais eficaz no tratamento dos queloides. Eles não aparecem em animais, tornando difíceis os estudos experimentais isolados desses tratamentos. Na grande maioria dos casos, os tratamentos são associados para evitar as recidivas. O tratamento pode ajudar a reduzir os sintomas, como dor e coceira. Se a cicatriz torna difícil algum movimento, o tratamento pode ajudar o paciente a recuperar a movimentação normal, mesmo sem conseguir o resultado cosmético ideal. Entre os tratamentos usados, temos a infiltração de medicamentos como triancinolona, bleomicina, 5 fluoracil e novas drogas, ainda não usuais no país, como INF-alpha, INF-beta e INF-gama. A grande maioria dessas drogas age reduzindo a síntese de fibroblastos, resultando em uma formação anormal do colágeno, além do aumento da ação da enzima que os degrada, a colagenase. Às vezes, a remoção cirúrgica é a única possibilidade, mas deve-se levar em conta que os fatores que originaram o primeiro queloide ainda estão ativos e, portanto, a recidiva é um fato a ser considerado. Os melhores resultados em cirurgia ocorrem quando se remove parte do queloide, uma técnica chamada de “debuking”, e as incisões são realizadas não atingindo a pele normal ao redor. Assim, se tenta evitar estímulos de um novo queloide. Em seguida, ainda na sala de cirurgia, se utilizam os medicamentos injetáveis como medidas de controle de recidiva, seguidos de curativos oclusivos e compressivos. A compressão ajuda a diminuir a vascularização e inibir o seu crescimento. Por isso, são indicados em pacientes com lesões extensas, as chamadas roupas de compressão. Folhas de gel de silicone e curativos oclusivos de silicone foram utilizadas com sucesso variado no tratamento de queloides, e hoje são vendidas em fitas de uso diário e até associadas às placas de compressão. Estas podem ser usadas juntamente com a pressão para evitar que um queloide recidive. Às vezes, o silicone é usado sozinho para achatar um queloide. Já os curativos de compressão mecânica também têm sido usados como uma forma eficaz de tratamento de cicatrizes queloides, especialmente naqueles de lóbulo da orelha. Tratamento com laser pode reduzir a altura e fazer com que a cor de um queloide desapareça, mas deve ser utilizado conjuntamente com outra terapia, como uma série de injeções de corticosteróide ou compressão. A crioterapia usa nitrogênio líquido para congelar o queloide de dentro para fora. É usada para reduzir a dureza e o tamanho de um queloide. A crioterapia funciona melhor em queloides pequenos e deve ser realizado em sessões. Tratamentos isolados de radiação têm pouco resultado, mas se usados logo após a remoção cirúrgica do queloide ajudam a evitar que volte. Os pacientes podem iniciar tratamentos de radiação imediatamente após a cirurgia, no dia seguinte ou uma semana depois. A radiação também pode ser usada isoladamente para reduzir o tamanho de um queloide, no entanto, tende a ser melhor quando realizada após a cirurgia.