Devido ao curso da doença com períodos de exacerbação e calmaria, somados aos de combate às causas da doença (problemas respiratórios, correção respiração bucal, hábitos de higiene inadequados, dentre outras), a dermatite costuma responder bem ao tratamento, sendo que algumas semanas podem ser necessárias para uma melhora. A suspensão do uso de cremes com corticosteroides é fundamental. Nos casos intensos e rebeldes, pode ser necessário recorrer a um “desmame” gradual, para evitar um efeito rebote com piora do quadro. Isso pode ser feito com profissional experiente, por meio do manejo da medicação, com troca para um esteroide diferente, não fluorado e de potência menor, aplicações cada vez menos frequentes até a total interrupção. O uso de imunomoduladores tópicos, como o Tacrolimus e Pimecrolimus, está indicado, principalmente quando se necessita de terapia coadjuvante e substituta ao corticoide. Como restabelecimento da flora cutânea, os pacientes devem evitar o uso de sabonetes agressivos e cosméticos até a descamação e a fase aguda cederem. Fazer compressas frias com chá de camomila gelado, água boricada ou água termal pode ser útil. Quanto à terapia específica, há inúmeros tratamentos que podem ser indicados pelo médico dermatologista, de acordo com cada caso. Alguns medicamentos tópicos poderão ser empregados como eritromicina, clindamicina, metronidazol, ivermectina tópica e ácido azelaíco. Nos quadros mais intensos, o médico pode prescrever também antibióticos por via oral, como a doxiciclina, amoxacilina com clavulanato e sulfas. A isotretinoina sistêmica também pode ser indicada em alguns casos mais resistentes.